Primeira Vitória
O primeiro jogo referenciado nos registos do Club Sport Marítimo dá conta de uma vitória, por duas bolas a uma, sobre o ‘Santa Clara’, a formação constituída pelos funcionários ingleses da já nossa conhecida Western Telegraph Company. Não há confirmação da data deste jogo. É provável que ele tenha acontecido um pouco antes da data da fundação do clube. Mas mais importante que isso é a certeza de que foi claramente identificado como uma vitória do novo Marítimo – a primeira.A partir dessa vitória expandiu-se o entusiasmo que rodeava a equipa dos marítimos, tanto mais que vencer os ingleses da ‘Casa da Linha’ era um feito notável. Então, era ou não uma proeza e um ‘atrevimento’ vencer os ‘senhores ingleses’, eles que sendo donos de quase tudo, tinham também sido ‘donos’ do futebol durante anos e anos?
Responsáveis
A primeira Direcção, ao que consta nos arquivos do Clube, é constituída por Joaquim de Pontes (Ventania), que é o Presidente; João Rodrigues (Minha-Velha),vice-presidente; Venâncio de Freitas, Tesoureiro; José Olavo Rodrigues, Secretário; João da Costa (Meliça), Capitão-Geral.São todos indivíduos ligados ao mar. Fazem a sua vida na zona velha da cidade. Labutam em actividades relacionadas com o comércio e os serviços marítimos, e gozam de prestígio suficiente para serem os ‘eleitos’, a quem é confiada a missão de conduzir os destinos do clube representativo da classe. Joaquim Pontes é chefe de bomboteiros. Estabelece relações privilegiadas com os comandos dos barcos que vão passando pelo Funchal, o que lhe permite organizar jogos com as respectivas tripulações. João Rodrigues é o arrais da lancha do Reid´s, que serve os hóspedes da unidade hoteleira. É um indivíduo com bons relacionamentos na cidade. O Secretário da Direcção, José Olavo Rodrigues, é seu filho. João da Costa, o Capitão-Geral ou de jôgo, é o já nosso conhecido Meliça, que foi um dos líderes das equipas primitivas dos marítimos.
"Candinho" Ausente
Registe-se o facto de Cândido Gouveia não figurar neste elenco. Tudo leva a crer que ele se mantinha numa posição de apoio às actividades do Clube sem precisar ou querer deter qualquer cargo directivo.Esta é uma explicação possível para o facto de, apesar desta ausência do seu nome entre os primeiros eleitos para dirigir a colectividade, a sua foto surgir em lugar de destaque, como que a encimar os pares, no quadro que nos apresenta os primeiros responsáveis pelo destino do Club Sport Marítimo.De resto, apesar dos Estatutos do Clube, aprovados em Assembleia Geral de 28 de Novembro de 1910 e posteriormente sancionados pelo Governo Civil do Distrito, preverem três corpos sociais (Direcção, Conselho Fiscal e Assembleia Geral), muito do funcionamento do clube contará com a participação de elementos que não pertenciam a estes órgãos.As competências normalmente atribuídas aos dirigentes acabam ‘distribuídas’ por todos quantos seguem de perto a vida da colectividade, fazendo letra morta do emaranhado de normas estatutárias espalhadas por oitenta e seis artigos.
Responsáveis
A primeira Direcção, ao que consta nos arquivos do Clube, é constituída por Joaquim de Pontes (Ventania), que é o Presidente; João Rodrigues (Minha-Velha),vice-presidente; Venâncio de Freitas, Tesoureiro; José Olavo Rodrigues, Secretário; João da Costa (Meliça), Capitão-Geral.São todos indivíduos ligados ao mar. Fazem a sua vida na zona velha da cidade. Labutam em actividades relacionadas com o comércio e os serviços marítimos, e gozam de prestígio suficiente para serem os ‘eleitos’, a quem é confiada a missão de conduzir os destinos do clube representativo da classe. Joaquim Pontes é chefe de bomboteiros. Estabelece relações privilegiadas com os comandos dos barcos que vão passando pelo Funchal, o que lhe permite organizar jogos com as respectivas tripulações. João Rodrigues é o arrais da lancha do Reid´s, que serve os hóspedes da unidade hoteleira. É um indivíduo com bons relacionamentos na cidade. O Secretário da Direcção, José Olavo Rodrigues, é seu filho. João da Costa, o Capitão-Geral ou de jôgo, é o já nosso conhecido Meliça, que foi um dos líderes das equipas primitivas dos marítimos.
"Candinho" Ausente
Registe-se o facto de Cândido Gouveia não figurar neste elenco. Tudo leva a crer que ele se mantinha numa posição de apoio às actividades do Clube sem precisar ou querer deter qualquer cargo directivo.Esta é uma explicação possível para o facto de, apesar desta ausência do seu nome entre os primeiros eleitos para dirigir a colectividade, a sua foto surgir em lugar de destaque, como que a encimar os pares, no quadro que nos apresenta os primeiros responsáveis pelo destino do Club Sport Marítimo.De resto, apesar dos Estatutos do Clube, aprovados em Assembleia Geral de 28 de Novembro de 1910 e posteriormente sancionados pelo Governo Civil do Distrito, preverem três corpos sociais (Direcção, Conselho Fiscal e Assembleia Geral), muito do funcionamento do clube contará com a participação de elementos que não pertenciam a estes órgãos.As competências normalmente atribuídas aos dirigentes acabam ‘distribuídas’ por todos quantos seguem de perto a vida da colectividade, fazendo letra morta do emaranhado de normas estatutárias espalhadas por oitenta e seis artigos.
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