sábado, junho 30, 2012

Wimbledon (Dia 6): Williams quase ficava de olhos em bico


RESULTADOS WTA - 3.ª RONDA (DESTAQUES):
Serena Williams (EUA/6) - Jie Zheng (CHI/25), 6-7, 6-2 e 9-7
Varvara Lepchenko (EUA) - Petra Kvitova (RCH/4), 1-6 e 0-6
Ana Ivanovic (SER/14) - Julia Goerges (ALE/22), 3-6, 6-3 e 6-4
Victoria Azarenka (BIE/2) - Jana Cepelova (ESV), 6-3 e 6-3
Sara Errani (ITA/10) - Yaroslava Shvedova (CAZ), 0-6 e 4-6

Serena Williams precisou de escavar um difícil triunfo sobre a chinesa Jie Zheng (campeã do Estoril Open de 2006): a campeoníssima norte-americana, a mais cotada jogadora em actividade e uma das melhores tenistas de todos os tempos com os seus 13 títulos do Grand Slam, impôs-se ao cabo de duas horas e meia pelos parciais de 6-7 (7/5), 6-2 e 9-7… recuperando miraculosamente da desvantagem de 0-40 no seu serviço que poderia ser fatal quando o resultado estava em 2-1 para a tenista asiática na partida decisiva. Williams acabou por triunfar por 9-7 (relembre-se que no quinto set não há tie-break) e selou assim um suado apuramento para os oitavos-de-final do torneio britânico.
Williams sofreu mas acabou por qualificar-se para os "oitavos".
Em dia movimentado, a cazaque Yaroslava Shvedova alcançou um feito raríssimo no circuito profissional de ténis, na vitória sobre Sara Errani na 3.ª ronda de Wimbledon. Shvedova venceu o primeiro set por 6-0, tendo ganho todos os pontos deste parcial (24-0) ao cabo de apenas 17 minutos. A italiana ainda tentou responder mas acabou por perder o segundo set, agora por 3-6. Shvedova segue assim para a 4.ª ronda da prova, algo inédito no seu percurso em Grand Slams. No entanto, apesar da carreira modesta, a jogadora cazaque (65.ª do ranking WTA) tem queda para surpreender. Na última edição de Roland Garros, tornou-se a primeira tenista vinda do qualifying a derrotar uma campeã em título, no caso Li Na.

RESULTADOS ATP - 3.ª RONDA (DESTAQUES):
Marcos Baghdatis (CHI) - Andy Murray (GBR/4), 5-7, 6-3, 5-7 e 1-6
David Ferrer (ESP/7) - Andy Roddick (EUA/30), 2-6, 7-6, 6-4 e 6-3
Juan Martin del Potro (ARG/9) - Kei Nishikori (JAP/19), 6-3, 7-6 e 6-1
Jo-Wilfried Tsonga (FRA/5) - Lukas Lacko (ESV), 6-4, 6-3 e 6-3
Marin Cilic (CRO/16) - Sam Querrey (EUA), 7-6, 6-4, 6-7, 6-7 e 17-15

Andy Murray qualificou-se para os oitavos-de-final do "seu" torneio, após vencer Marcos Baghdatis por 7-5, 3-6, 7-5 e 6-1. O encontro esteve interrompido alguns minutos para que a organização fechasse o amovível tecto do Centre Court e assim terminou bem perto da hora limite imposta pelo All England Club (23H). Nos "oitavos" vai defrontar Marin Cilic, vencedor do segundo encontro mais longo da história de Wimbledon (5H31), onde derrotou o norte-americano Sam Querrey por 7-6, 6-4, 6-7, 6-7 e 17-15.
O britânico triunfou perante Marcos Baghdatis já em horas tardias.
O argentino Juan Martin del Potro também garantiu presença na 4.ª ronda, após ter derrotado o japonês Kei Nishikori. O nono pré-designado, derrotou o adversário nipónico em três sets, com os parciais de 6-3, 7-6 (7/3) e 6-1. Até agora este foi o encontro mais tranquilo para Del Potro, que nas rondas anteriores tinha sido obrigado a disputar quatro partidas para carimbar o apuramento. Nos oitavos-de-final vai encontrar o espanhol David Ferrer, sétimo cabeça-de-série, que venceu Andy Roddick, 30.º pré-designado, em quatro sets, com os parciais de 2-6, 7-6 (10/8), 6-4 e 6-3.

Já o francês Jo-Wilfried Tsonga derrotou Lukas Lacko em três partidas, com parciais de 6-4, 6-3 e 6-3. Na 4.ª ronda, Tsonga irá jogar com o norte-americano Mardy Fish, 10.º cabeça-de-série. Dois duelos que prometem ser muito interessantes.

Fonte: wimbledon.com

Tour de France (Prólogo): Cancellara de amarelo em Liège


O suíço Fabian Cancellara (RadioShack) é o primeiro maillot jaune da 99.ª edição do Tour de France, ao concluir o prólogo de 6,4 quilómetros em 7.13 minutos. Bradley Wiggins (Sky) e Sylvain Chavanel (Omega) fecharam o pódio.
Cancellara parte de amarelo na primeira etapa do Tour.
O vencedor do Tour no ano passado, o australiano Cadel Evans (BMC), fez o 13.º tempo, a 17 segundos do vencedor. Já Tony Martin (Omega), campeão do mundo de contrarrelógio, teve um furo que o impediu de lutar pelo triunfo. No que diz respeito aos portugueses, Sérgio Paulinho (Saxo Bank) foi 54.º classificado, a 24 segundos de Cancellara, menos um segundo que Rui Costa (Movistar), que ficou com o 59.º registo do dia.

Classificação Prólogo / Geral (Top 10):
1.º Fabian Cancellara (SUI) / RadioShack, 7.13 minutos
2.º Bradley Wiggins (GBR) / Sky, +7 segundos
3.º Sylvain Chavanel (FRA) / Omega Pharma, +7s
4.º Tejay van Garderen (EUA) / BMC, +10s
5.º Edvald Boasson Hagen (NOR) / Sky, +11s
6.º Daniel Lancaster (AUS) / Orica, +11s
7.º Patrick Gretsch (ALE) / Argos-Shimano, +12s
8.º Denis Menchov (RUS) / Katusha, +13s
9.º Philippe Gilbert (BEL) / BMC, +13s
10.º Andriy Grivko (UCR) / Astana, +15s
(...)
54.º Sérgio Paulinho (POR) / Saxo Bank, +24s
59.º Rui Costa (POR) / Movistar, +25s

Classificação por Equipas (Líder): Sky Procycling (GBR), 22.13 minutos
Classificação de Montanha (Líder): -
Classificação por Pontos (Líder): Fabian Cancellara (SUI) / RadioShack, 20 Pontos
Classificação da Juventude (Líder): Tejay van Garderen (EUA) / BMC, 7.23 minutos

DIA 2 - Etapa 1 (perfil):
Fonte: letour.fr

Wimbledon (Dia 5): Federer apanha susto no Centre Court


RESULTADOS ATP - 3.ª RONDA (DESTAQUES):
Novak Djokovic (SER/1) - Radek Stepanek (RCH), 4-6, 6-2, 6-2 e 6-2
Roger Federer (SUI/3) - Julien Benneteau (FRA/29), 4-6, 6-7, 6-2, 7-6 e 6-1
Nicolas Almagro (ESP/12) - Richard Gasquet (FRA/18), 3-6, 4-6 e 4-6
Mikhail Youzhny (RUS/26) - Janko Tipsarevic (SER/8), 6-3, 6-4, 3-6 e 6-3
Sam Querrey (EUA) - Milos Raonic (CAN/21), 6-7, 7-6, 7-6 e 6-4

Costuma dizer-se que após a tempestade vem a bonança, mas quase houve borrasca nos dias seguintes à estrondosa vitória do checo número 100 mundial Lukas Rosol sobre Rafael Nadal, já considerada pelos "bookmakers" londrinos como a maior surpresa de sempre na história das apostas desportivas (sobretudo após o espanhol ter ganho a primeira partida).

Ontem esperava-se uma jornada tranquila em Wimbledon mas a surpresa voltou a pairar no ar e quase se dava outra eliminação precoce de grande magnitude: Roger Federer, sêxtuplo campeão no All England Club, esteve por cinco vezes a dois pontos da derrota no seu compromisso com o francês Julien Benneteau! No entanto, o suíço recuperou e aproveitou uma quebra física do adversário no quinto set para qualificar-se para a 4.ª ronda.
O suíço saiu a sorrir, mas não se livrou de um valente susto frente a Benneteau.
Quem também foi obrigado a esforços suplementares foi Novak Djokovic, número um mundial, que entrou mal na partida com o checo Radek Stepanek, perdendo o primeiro set por 4-6. Djokovic conseguiu, no entanto, reagir a grande nível, vencendo as três partidas seguintes por 6-2. Na próxima ronda, terá pela frente o compatriota Viktor Troicki, que afastou o argentino Juan Mónaco em três sets: 7-5, 7-5 e 6-3. Outro dos conterrâneos do líder do ranking ATP, Janko Tipsarevic, teve menos sorte e foi eliminado pelo russo Mikhail Youzhny em quatro partidas.

RESULTADOS WTA - 3.ª RONDA (DESTAQUES):
Maria Sharapova (RUS/1) - Su-Wei Hsieh (TAI), 6-1 e 6-4
Agnieszka Radwanska (POL/3) - Heather Watson (GBR), 6-0 e 6-2
Vera Zvonareva (RUS/12) - Kim Clijsters (BEL), 3-6 e 3-4 (des.)
Christina McHale (EUA/28) - Angelique Kerber (ALE/8), 2-6 e 3-6
Sabine Lisicki (ALE/15) - Sloane Stephens (EUA), 7-6, 1-6 e 6-2

Maria Sharapova não facilitou no encontro frente a Su-Wei Hsieh, de Taiwan, número 63 do mundo, vencendo por 6-1 e 6-4. Nem o vento que se fez sentir quebrou a concentração da tenista líder do ranking, que garantiu tranquilamente a presença nos oitavos-de-final de Wimbledon. Com este triunfo, Sharapova leva 22 vitórias nos últimos 21 jogos e apenas Serena Williams, em Maio, conseguiu bater a russa. Sabine Lisicki é a adversária que se segue. A alemã ainda sentiu algumas dificuldades perante Sloane Stephens, mas acabou por fazer valer a sua experiência para marcar encontro com a número um mundial, reeditando assim o duelo das meias-finais da edição de 2011 de Wimbledon.
Lisicki vai voltar a encontrar Sharapova, a sua carrasca na edição anterior.
Já a belga Kim Clijsters beneficiou do abandono de Vera Zvonareva para qualificar-se para a 4.ª ronda. A russa, 12.ª cabeça-de-série, teve que ser assistida em court devido a dificuldades respiratórias, ao que tudo indica provocadas por uma gripe. Nos oitavos-de-final de Wimbledon, a belga terá como oponente a alemã Angelique Kerber, oitava cabeça-de-série. Agnieszka Radwanska também apurou-se após aplicar um correctivo na jovem britânica Heather Watson. 

Fonte: wimbledon.com

sexta-feira, junho 29, 2012

Tour de France 2012: Evans favorito num Tour orfão de Contador e Schleck


Tem início já este sábado a 99.ª edição da Volta a França em bicicleta. A maior prova do calendário velocipédico internacional arranca este ano na cidade belga de Liège e termina, como é habitual, nos Campos Elíseos, em Paris. Pese embora o Tour seja inquestionavelmente a competição por etapas mais mediática do mundo, a edição de 2012 perde algum protagonismo para... a Volta a Espanha, graças às ausências das duas figuras maiores do pelotão internacional.

Alberto Contador (Saxo Bank), vencedor da Grande Boucle em 2007 e 2009, falha a prova gaulesa por estar suspenso até 6 de Agosto, devido a um controlo antidoping positivo (acusou clembuterol), e Andy Schleck (RadioShack), que triunfou na edição de 2010, após a desqualificação do ciclista espanhol, fraturou a bacia no contrarrelógio do Dauphiné Liberé e também não figura na lista de participantes. O aguardado duelo está, por isso, reservado para a Vuelta 2012.
O australiano, vencedor em 2011, é quem mais 'beneficia'
com as ausências de Contador e Andy Schleck.
O principal 'beneficiado' deste cenário pode vir a ser Cadel Evans (BMC), que conquistou o Tour 2011, e procura em 2012 a dobradinha nas estradas francesas. O australiano de 35 anos tem a vantagem de ser dos melhores contrarrelogistas entre o lote de favoritos e de muita montanha ter sido excluída do percurso deste ano, pouco talhado para os puros trepadores. A vida do dorsal n.º 1 parece facilitada, mas as restantes formações que vão disputar a Volta a França apresentam nomes com qualidade e experiência para combater o favoritismo do maillot jaune do ano passado.

O primogénito do clã Schleck, Frank, quer provar que a ausência do irmão mais novo, Andy, não deixa a RadioShack sem argumentos na luta pelo triunfo. O britânico Bradley Wiggins, que já conquistou o Paris-Nice, a Volta à Romandia e o Dauphiné Liberé esta temporada, quer assumir definitivamente, para dentro e para fora da Sky, que é homem para provas de três semanas. O espanhol Samuel Sánchez (Euskaltel-Euskadi) vai tentar dar continuidade aos lugares cimeiros que alcançou noutras edições e Vicenzo Nibali (Liquigas) é o italiano que gera maior dose de otimismo. A Movistar aposta forte no regresso de Alejandro Valverde e o russo Denis Menchov (Katusha) quer fazer o 'grand slam' do ciclismo, juntando o Tour a um currículo onde já constam as Vueltas de 2005 e 2007 e o Giro de 2009.

Para as chegadas em pelotão compacto, o campeão do mundo Mark Cavendish (Sky) é, uma vez mais, o homem a abater. Mark Renshaw (Rabobank), seu antigo lançador na HTC, Peter Sagan (Liquigas), que é o ciclista com mais triunfos na presente temporada, Tyler Farrar (Garmin-Barracuda), André Greipel (Lotto-Belisol), Oscar Freire (Katusha) e Matthew Goss (Orica GreenEdge) serão os principais opositores do 'Expresso da Ilha de Man'.
Rui Costa, que recentemente venceu a Volta à Suíça,
entra com o objetivo de ajudar o líder Valverde.
Portugal faz-se representar por Rui Costa (Movistar) que, aos 25 anos e na segunda participação na prova, procurará ajudar o "líder absoluto", Alejandro Valverde, e por Sérgio Paulinho (Saxo Bank), que já vai para a quinta presença e assume "como objetivo pessoal" a vitória numa das 20 tiradas. Ambos sabem o que é vencer no Tour, depois de Paulinho ter triunfado na chegada a Gap em 2010 e de no ano seguinte Rui Costa se ter superiorizado à concorrência na subida final para Super-Besse Sancy.

Os acertos na classificação geral deverão ser feitos no contrarrelógio individual de 53,5 quilómetros entre Bonneval e Chartres, na véspera da desejada chegada a Paris. No total, os ciclistas terão de pedalar até completarem 3 497 quilómetros, distribuídos por nove etapas planas, quatro de média montanha, cinco de alta e dois contrarrelógios individuais, tendo pelo meio dois merecidos dias de descanso.

Octávio Lousada Oliveira,
publicado em dn.pt

DIA 1 - Prólogo (perfil):

Classificação LIGA TAHITI EURO'2012 - Meias-Finais / Jornada 5

LÍDERES:
DAY 01: 1.º Clube Desportivo 48 (31 Pontos) +4 sobre Malvinas FC
DAY 02: 1.º Clube Desportivo 48 (40 Pontos) +3 sobre CF Os Tinterra
DAY 03: 1.º Clube Desportivo 48 (49 Pontos) +1 sobre Western Spaghetti
DAY 04: 1.º Carvalheiro FC (56 Pontos) +1 sobre Clube Desportivo 48

DAY 05: 1.º Estreitos Unidos (77 Pontos) +7 sobre Carvalheiro FC
DAY 06: 1.º Carvalheiro FC (95 Pontos) +13 sobre Estreitos Unidos
DAY 07: 1.º Carvalheiro FC (101 Pontos) +2 sobre Western Spaghetti
DAY 08: 1.º Estreitos Unidos (113 Pontos) +5 sobre Malvinas FC

DAY 09: 1.º Carvalheiro FC (127 Pontos) +1 sobre Malvinas FC
DAY 10: 1.º Malvinas FC (142 Pontos) +5 sobre Carvalheiro FC
DAY 11: 1.º Malvinas FC (149 Pontos) +7 sobre Estreitos Unidos
DAY 12: 1.º Malvinas FC (158 Pontos) +3 sobre Carvalheiro FC

DAY 13: 1.º Carvalheiro FC (186 Pontos) +6 sobre Malvinas FC
DAY 14: 1.º Carvalheiro FC (196 Pontos) +7 sobre Malvinas FC
DAY 15: 1.º Malvinas FC (221 Pontos) +16 sobre Western Spaghetti
DAY 16: 1.º Malvinas FC (224 Pontos) +11 sobre Western Spaghetti

DAY 17: 1.º Malvinas FC (251 Pontos) +3 sobre CD Estrela Vermelha
DAY 18: 1.º CD Estrela Vermelha (261 Pontos) +3 sobre Malvinas FC

Wimbledon (Dia 4): Checo-mate a Nadal e a conspiração de King Karlo


RESULTADOS ATP - 2.ª RONDA (DESTAQUES):
Ivo Karlovic (CRO) - Andy Murray (GBR/4), 5-7, 7-6, 2-6 e 6-7
Lukas Rosol (RCH) - Rafael Nadal (ESP/2), 6-7, 6-4, 6-4, 2-6 e 6-4
James Ward (GBR) - Mardy Fish (EUA/10), 3-6, 7-5, 4-6, 7-6 e 3-6
David Ferrer (ESP/7) - Kenny De Schepper (FRA), 7-6, 6-2 e 6-4
Jo-Wilfried Tsonga (FRA/5) - Guillermo Garcia-Lopez (ESP), 6-7, 6-4, 6-1 e 6-3

Numa das maiores surpresas de sempre em torneios do Grand Slam, Rafael Nadal perdeu na segunda ronda de Wimbledon com o 100.º jogador do ranking mundial - o checo Lukas Rosol -, sob a cobertura amovível do Centre Court. E Ivo Karlovic diz que o torneio perdeu credibilidade, após problemas de arbitragem no seu encontro com o herói local Andy Murray.

Será que as estrelas se estão a alinhar em favor do britânico? Murray já jogou e perdeu três finais de torneios do Grand Slam, mas nunca atingiu o derradeiro encontro de Wimbledon, apesar de ter chegado às meias-finais nas últimas três edições - e desde a década de 30 que nenhum britânico atinge a final (1938, Bunny Austin) ou chega ao título (1936, Fred Perry) do mais prestigiado torneio de ténis do planeta.

O gigante Ivo Karlovic acha que a equipa de arbitragem favoreceu o herói local no equilibrado duelo desta quinta-feira com Andy Murray (o croata foi penalizado com 11 [!] faltas de pé); deverá pensar agora que a sua surpreendente teoria da conspiração ficou ainda mais justificada na sequência do incrível desaire de Rafael Nadal - que está precisamente na metade do quadro do escocês - diante do número 100 mundial Lukas Rosol.
Surpresa. Rosol ofereceu um "checo" sem cobertura a Rafael Nadal.
E o triunfo por 6-7 (9/11), 6-4, 6-4, 2-6 e 6-4 foi mesmo selado sob a cobertura amovível do vetusto Centre Court - já que, face ao adiantado da hora e perante o escassear de luz natural, a direcção do torneio determinou que, após o quarto set, o tecto se fechasse e se ligassem tanto as luzes artificiais como o sistema de ar condicionado. Só que foi então necessária uma interrupção de meia hora para correr a cobertura e deixar tudo pronto, o que pode ter cortado o élan do espanhol e permitido ao checo recompor-se - e o certo é que, logo no regresso ao mais famoso court do mundo, Lukas Rosol voltou a destilar o seu portentoso ténis e cedo ganhou um ascendente no marcador que não deixou escapar.

O triunfo do checo sobre Rafael Nadal na segunda ronda é seguramente uma das maiores surpresas das últimas décadas em torneios do Grand Slam. Basta atender ao facto de a actual "troika" dominante do ténis mundial (Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic) ter ganho 28 dos últimos 29 títulos do Grand Slam e ter praticamente atingido o estatuto de intocáveis, com a agravante do campeoníssimo espanhol ter atingido sempre a final de Wimbledon nas últimas cinco edições que jogou no All England Club: ganhou em 2008 e 2010, foi finalista em 2006, 2007 e 2011, não tendo jogado por lesão em 2009.

Para mais, Rafael Nadal não perdia tão cedo num torneio do Grand Slam desde a segunda ronda de Wimbledon em 2005, quando era ainda muito jovem e o seu estilo de jogo não estava adaptado aos courts de relva - ao passo que Lukas Rosol, já com 26 anos e que nunca foi melhor do que 65.º da hierarquia, tinha perdido na primeira ronda do qualifying de Wimbledon nos últimos cinco anos!

RESULTADOS WTA - 2.ª RONDA (DESTAQUES):
Serena Williams (EUA/6) - Melinda Czink (HUN), 6-1 e 6-4
Maria Sharapova (RUS/1) - Tsvetana Pironkova (BUL), 7-6, 6-7 e 6-0
Elena Baltacha (GBR) - Petra Kvitova (RCH/4), 0-6 e 4-6
Sara Errani (ITA/10) - Anne Keothavong (GBR), 6-1 e 6-1
Romina Oprandi (SUI) - Victoria Azarenka (BIE/2), 2-6 e 0-6

O inesperado e tardio desaire de Rafael Nadal aconteceu pouco depois das 22 horas e deixou para segundo plano todos os restantes assuntos do dia. No entanto, há que destacar a derrota da francesa Marion Bartoli (por 6-4 e 6-3 frente à croata Mirjana Lucic), que atingiu os quartos-de-final do ano passado e foi finalista em 2007, as polémicas declarações do francês Gilles Simon, de que os homens deviam ser melhor pagos do que as mulheres em vez de existir paridade no prize-money, e as vitórias de Serena Williams e Maria Sharapova.
Sharapova foi "obrigada" a jogar três sets frente a Pironkova.
A russa, número um mundial, ainda apanhou um valente susto perante a aguerrida Pironkova, que ofereceu uma tremenda e inesperada luta nos dois primeiros parciais. Contudo, a vice-campeã em título no torneio britânico mostrou toda a sua categoria ao aplicar um 6-0 no último set para seguir em frente para a 3.ª ronda.  As restantes favoritas carimbaram a qualificação com relativa facilidade, com especial evidência para os triunfos de Petra Kvitova e de Sara Errani, a última que brilhantemente atingiu a final deste ano em Roland Garros.

Fonte: wimbledon.com

quinta-feira, junho 28, 2012

EURO'2012 (Meias-Finais): Mamma mia, Super Mario!


(Özil 90'+2 p; Balotelli 20', 36')

O génio de Mario Balotelli reapareceu e a "squadra azzurra" está na final do EURO'2012. Os italianos bateram a favorita Alemanha por 2-1 e vão voltar a encontrar a selecção espanhola no próximo domingo, depois do confronto inicial na fase de grupos.

Diz o povo que de génios e de loucos todos temos um pouco. Há até quem diga que Balottelli de louco tem muito, mas hoje o avançado italiano foi acima de tudo um génio à solta, um verdadeiro Super Mario. Marcou o primeiro golo do jogo, de cabeça, a corresponder à brilhante assistência de Cassano. Pouco tempo depois deixou os transalpinos muito perto da final, com um fulminante remate de fora da área, que Neuer não teve a mínima hipótese de defender. Brilhante Mario!
Mario Balotelli marcou os dois golos italianos frente à Alemanha.
Com dois golos de vantagem, a "squadra azzurra" sentia-se confortável no jogo, perante uma selecção alemã que não tinha ideias para desmontar a teia italiana. A poderosa "mannschaft" entrou forte na etapa complementar, criando algumas situações de golo, mas ora "Gigi" Buffon, ora a defesa "azzurra" resolviam os problemas. Após alguns minutos de domínio germânico, a Itália voltou a acertar marcações e até esteve muito perto do 3-0, com perigosos contra-ataques a colocarem em sentido a formação de Joaquin Löw.

No entanto, os jogadores italianos mostraram-se perdulários na hora de finalizar e já em tempo de desconto veriam a Alemanha reduzir, através de grande penalidade, superiormente cobrada por Özil. Tarde de mais para a "mannschaft", que continua sem conseguir bater a Itália em oito jogos oficiais (4 derrotas e outros tantos empates). O conjunto de Cesare Prandelli está na final de Kiev, onde vai defrontar a Espanha, campeã mundial e europeia em título.

ALEMANHA: Neuer, Boateng (Müller 71'), Hummels 90'+4, Badstuber, Lahm, Khedira, Schweinsteiger, Kroos, Özil, Podolski (Reus 46'), Gomez (Klose 46').

ITÁLIA: Buffon, Balzaretti, Bonucci 61', Barzagli, Chiellini, De Rossi 84', Pirlo, Marchisio, Montolivo (Motta 64', 89'), Cassano (Diamanti 58'), Balotelli 37' (Di Natale 70').

ESTATÍSTICA (ALE / ITA):
Posse de Bola (%): 53 / 47
Remates (À Baliza): 15 (8) / 10 (5)
Golos Marcados: 1 / 2
Cantos: 14 / 0
Foras-de-Jogo: 0 / 2
Faltas Cometidas: 13 / 19
Cartões Amarelos: 1 / 4
Cartões Vermelhos: 0 / 0

MELHOR EM CAMPO:
Andrea Pirlo (ITA)

SELECÇÕES QUALIFICADAS PARA A FINAL:
Espanha, Itália.

Fonte: uefa.com

Wimbledon (Dia 3): Algo vai mal no Reino da Dinamarca


RESULTADOS WTA - 2.ª RONDA (DESTAQUES):
Caroline Wozniacki (DIN/7) - Tamira Paszek (AUT), 7-5, 6-7 e 4-6 *
Arantxa Rus (HOL) - Samantha Stosur (AUS/5), 6-2, 0-6 e 6-4
Agnieszka Radwanska (POL/3) - Elena Vesnina (RUS), 6-2 e 6-1
Sabine Lisicki (ALE/15) - Bojana Jovanovski (SER), 3-6, 6-2 e 8-6
Vera Zvonareva (RUS/12) - Silvia Soler (ESP), 6-1, 3-6 e 6-1
* Referente à 1.ª ronda.

Como diria Shakespeare, «algo vai mal no Reino da Dinamarca». A principal baixa de uma jornada chuvosa foi a ex-número um mundial Caroline Wozniacki. Mas não foi a única surpresa do dia, pois a eliminação da australiana Samantha Stosur não lhe fica atrás.

Vamos por partes. A carreira de Wozniacki continua em queda. Depois de perder a liderança do ranking mundial, a dinamarquesa voltou a somar uma má performance num Grand Slam, sendo eliminada logo na primeira ronda de Wimbledon, caíndo aos pés da austríaca Tamira Paszek. Sétima cabeça-de-série no torneio londrino, Wozniacki entrou bem e venceu o primeiro parcial por 7-5.
Paszek eliminou Wozniacki do torneio londrino.
No segundo, abriu vantagem de 2-0, parecia encaminhada para a vitória mas depois tudo ruiu. Chegou a ter dois match points, mas acabaria por ceder o segundo parcial no tie break, por 7-4. Depois, no derradeiro set, afectada pela reviravolta no parcial anterior, Wozniacki deixou-se bater por 6-4, sendo assim eliminada pela outsider austríaca, número 37 do ranking WTA. Esta é a primeira vez que Wozniacki cai na ronda inicial de Wimbledon, mantendo desta forma a seca de Grand Slams, já que nunca conseguiu conquistar um Major.

Já a australiana Samantha Stosur, quinta pré-designada cedeu frente à holandesa Arantxa Rus, 72.ª do ranking, pelos parciais de 6-2, 0-6 e 6-4. Campeã no Open dos Estados Unidos em 2011 e semifinalista na última edição de Roland Garros, Stosur não conseguiu ultrapassar Rus e garantir a presença na terceira ronda. Em 10 anos de participações em Wimbledon, a australiana tem como melhor registo na relva natural de Wimbledon a terceira ronda em 2009.

RESULTADOS ATP - 2.ª RONDA (DESTAQUES):
Roger Federer (SUI/3) - Fabio Fognini (ITA), 6-1, 6-3 e 6-2
Novak Djokovic (SER/1) - Ryan Harrison (EUA), 6-4, 6-4 e 6-4
Ruben Bemelmans (BEL) - Richard Gasquet (FRA/18), 3-6, 4-6 e 4-6
Janko Tipsarevic (SER/8) - Ryan Sweeting (EUA), 5-7, 7-5, 6-4 e 6-1
Juan Monaco (ARG/15) - Jérémy Chardy (FRA), 6-2, 3-6, 6-3 e 7-6

A jornada de ontem ficou também marcada pela surpresa da visita do Príncipe Carlos a Wimbledon pela primeira vez desde 1970. A sua ex-mulher Diana, Princesa de Gales, gostava mais de ténis e visitava frequentemente o torneio: ficou para a posteridade a bem-humorada frase de Pete Sampras, nos anos 90, quando afirmou que «talvez ela tenha um fraquinho por mim», relativamente aos aplausos de Lady Di.

Nenhum tenista terá dito o mesmo de Camila, mas tanto o Príncipe de Gales como a Princesa da Cornualha devem ter ficado com um fraquinho por Roger Federer, porque a prestação do suíço diante do italiano Fábio Fognini foi simplesmente imperial: 6-1, 6-3 e 6-2 em 1h14 minutos.
O "Rei" Federer encantou perante o italiano Fabio Fognini.
Novak Djokovic também assegurou o apuramento para a 3.ª ronda de Wimbledon, ao derrotar com aparente tranquilidade o norte-americano Ryan Harrison, em três sets, com triplo 6-4. Primeiro favorito e detentor do troféu, o sérvio até não fez uma partida de encher o olho, sofreu em alguns momentos para superar o 48.º cotado no ranking ATP. Mesmo assim, a vitória não lhe fugiu e o apuramento para a terceira ronda foi alcançado.

Fonte: wimbledon.com

quarta-feira, junho 27, 2012

EURO'2012 (Meias-Finais): La Roja acaba com sonho luso


(2 x 4, Grandes Penalidades)

Chegou ao fim a brilhante caminhada portuguesa em solo polaco e ucraniano. A Espanha apurou-se para a final do EURO'2012, após bater a selecção das quinas na lotaria das grandes penalidades, depois de um encontro pautado pelo equilibrio. Portugal demonstrou enorme carácter mas acabou por sucumbir perante a campeã europeia e mundial em título.

A história de séculos moldou as fronteiras dos países da Península e determinou entre eles uma rivalidade ancestral. Havia uma presença na final para garantir e, por isso, Portugal e Espanha tentaram resolver o jogo desde cedo. A primeira parte não teve golos, mas foi bem jogada entre duas selecções que procuraram não errar. Portugal foi tentando, quase sempre, empurrar a Espanha para longe da sua área, mas o "tiki-taka" lá ia aparecendo. Iniesta e Arbeloa deram os primeiros sinais de perigo, mas os lusos responderam de imediato através do capitão Ronaldo.
Num jogo equilibrado, Portugal mostrou carácter perante o vizinho espanhol.  
Até ao descanso, a pressão inteligente de Portugal intensificou-se e obrigou a selecção espanhola a procurar outras soluções para fazer a bola chegar ao último terço luso, nomeadamente jogo directo, no entanto sem surtir efeito, porque Pepe e Bruno Alves deram sempre conta do recado.

O mesmo cenário manteve-se no regresso dos balneários com a Espanha a circular a bola e Portugal a tentar sair com perigo para o ataque. O relógio, esse, avançava e a questão física começava a imperar numa partida que teve 48 mil adeptos no Donbass Arena. A Espanha aparentou estar mais desgastada, até porque teve menos dias de recuperação do que Portugal, face aos encontros dos quartos-de-final.

Quem não se importou com isso foi Ronaldo que ia pedindo aos colegas para subir no terreno. Aos 71 minutos, os corações portugueses e espanhóis ficaram em suspense. Ronaldo sofreu falta em "carreira de tiro". O estádio fez silêncio para ver o que ia sair dos pés do madeirense e, verdade seja dita, a bola não saiu muito longe da baliza de Casillas. Manteve-se o nulo e o jogo seguiu para tempo extra.
La Roja fez a festa após a lotaria das grandes penalidades.
Aí o desgaste foi notório, a Espanha foi melhor mas tudo acabou por ser resolvido na lotaria dos penáltis. Xabi Alonso viu Patrício defender com categoria, mas Moutinho não fez melhor e permitiu a defesa de Casillas. Depois foi a vez de Iniesta e Pepe, que não falharam. No terceiro pontapé, Piqué não falhou, tal como Nani. Seguiu-se Sergio Ramos que não tremeu e marcou "à Panenka".

Os nervos passaram para Bruno Alves. Ele não podia errar, mas errou. O defesa luso partiu para a bola e atirou com estrondo na barra. Os ferros também tiveram uma palavra, neste caso a última, no derradeiro pontapé de Fàbregas. O médio do Barcelona atirou para o fundo da baliza. A Espanha levou a melhor sobre Portugal e irá defender o título no próximo domingo.

PORTUGAL: Patrício, Pereira 64', Pepe 61', Alves 86', Coentrão 45'+1, Veloso 90'+3 (Custódio 106'), Meireles (Varela 113'), Moutinho, Nani, Ronaldo, Almeida (Oliveira 81').

ESPANHA: Casillas, Arbeloa 84', Piqué, Ramos 40', Alba, Busquets 60', Alonso 113', Xavi (Pedro 87'), Silva (Navas 60'), Iniesta, Negredo (Fàbregas 54').

ESTATÍSTICA (POR / ESP):
Posse de Bola (%): 43 / 57
Remates (À Baliza): 10 (2) / 11 (5)
Golos Marcados: 0 / 0
Cantos: 6 / 7
Foras-de-Jogo: 2 / 3
Faltas Cometidas: 31 / 21
Cartões Amarelos: 5 / 4
Cartões Vermelhos: 0 / 0

GRANDES PENALIDADES (POR / ESP):
Moutinho / Alonso
Pepe / Iniesta
Nani / Piqué
Alves / Ramos
- / Fàbregas

MELHOR EM CAMPO:
Sergio Ramos (ESP)

Fontes: uefa.comzerozero.pt

Bola Fora #18: Quadrado ao meio para conter a fúria espanhola


por Octávio Lousada Oliveira


Esta quarta-feira a selecção nacional vai ter de regressar à génese do seu futebol, ao arquétipo sobre o qual a sua filosofia se foi sedimentando para poder vencer a Espanha. E não me refiro à postura do Portugal dos pequeninos que amiúde se evoca mas, tão-só, a uma forma de encarar a partida. Perceber que a bola não queima e tratá-la como uma amiga.

É no meio-campo que reside a grande virtude da Roja e é justamente aí que Portugal mais fica a dever à selecção do país vizinho. Vicente del Bosque continua a ser um homem questionável – como qualquer outro -, mas sublinho que fez da fraqueza aparente dos seus comandados (a ausência de David Villa e da capacidade de concretização que acrescenta) uma força, isto é, estendeu o carrossel até à linha de ataque. Iniesta descaiu declaradamente para o flanco esquerdo, colou o Messi dos pobres, David Silva, à direita e improvisou um 9,5 com Cesc Fàbregas. Perdeu profundidade e acutilância em relação ao onze do Mundial 2010, mas ganhou mais (!) capacidade de circulação. Inócua, por vezes – o que também é importante recordar -, mas com uma qualidade e uma precisão impressionantes.

Continua a jogar com um falso duo de médios-defensivos, uma vez que, em teoria, seria Xabi Alonso a juntar-se a Sergio Busquets mas, na prática, é Xavi (o homem que define a métrica da poesia espanhola) a baixar no terreno e a pegar desde cedo no jogo, aproximando-se do companheiro do Barcelona no início da construção.


A partir daí, é vê-los “tocar”, “tocar”, “tocar”, até à exaustão do adversário. À mínima brecha, surge um passe de ruptura e aparece um “qualquer” Silva, Iniesta ou Fàbregas na cara do guarda-redes adversário.

Mas José Mourinho tem razão. Esta é uma das (muitas) formas possíveis de conceber o jogo. Não é a única. Os tudólogos do Google é que não conhecem outras e deixam-se levar pelos modismos da Sport TV ou dos jornais catalães. A viagem de Lisboa ao Porto pode ser feita de diversas maneiras. De automóvel, de comboio e, eventualmente, de avião. Uma mais autónoma, outra mais económica e outra mais rápida. Mas qualquer delas tem alguma beleza subjacente.

Portugal pode, perfeitamente, terminar o encontro de Donetsk com 30% de posse de bola e, mesmo assim, não conceder veleidades à armada espanhola. Difícil mas não impossível.

Determinante será o posicionamento de Nani. Terá de ser ele a juntar-se a Veloso, Moutinho e Meireles quando Portugal precisar de uma segunda linha defensiva a quatro. Mais: terá de ir até ao fim do mundo com Jordi Alba, porque João Pereira já terá trabalho de sobra com Iniesta. Ronaldo, esse, convém que esteja mais livre para as transições rápidas e para “empurrar” os elementos mais recuados da Espanha para a sua área ou, pelo menos, para os amedrontar quando ousarem sair da zona de conforto com a bola nos pés, como faz regularmente Piqué, por exemplo.


Por último, uma palavra para Paulo Bento. Qualquer mensagem motivacional para este desafio será redundante. A vontade de vencer estará certamente em patamares elevadíssimos e uma palavra errada nos minutos que antecedem o jogo poderá ter um efeito desastroso. No entanto, o antigo treinador do Sporting joga nestas meias-finais a afirmação internacional. A jovem raposa pode ser promovida a predador táctico de primeira linha se conseguir cercear a fúria espanhola.

Nesta batalha em que história, orgulho e paixão descerão ao relvado, outro ponto de interesse passará por sabermos se a Bola de Ouro vai regressar à Madeira. Para bem de Cristiano Ronaldo e, acima de tudo, deste Portugal, que de pequenino só tem a síndrome, vamos acreditar que sim.

publicado em desacordo.net

EURO'2012 (Meias-Finais): Mannschaft procura contrariar história


ItáliaAlemanhaMeia-Final 2 (28 de Junho)
ALEMANHA x ITÁLIA
(Estádio Nacional de Varsóvia, às 19H45)


GERALEMANHA
1. Neuer
20. Boateng 5. Hummels 14. Badstuber 16. Lahm
6. Khedira 7. Schweinsteiger
13. Müller 8. Özil 10. Podolski
23. Gomez

Análise: Esta selecção alemã pode não ser tão emocionante quanto a de há dois anos, na África do Sul, mas a culpa não é totalmente sua. Os desempenhos impressionantes nos últimos tempos valeram à Alemanha o respeito dos adversários e o seleccionador Joachim Löw teve de lidar com equipas – mesmo as mais ofensivas, como a Holanda – a jogarem muito recuadas no terreno.

Como resultado, a Alemanha já não desfruta do espaço que teve em 2010, mas o 4x2x3x1 germânico continua a ultrapassar até os mais difíceis obstáculos, como já demonstrou na Polónia e Ucrânia. No entanto, a "mannschaft" tem agora pela frente um adversário que nunca venceu em jogos oficiais, sendo previsível que volte a encontrar muitas dificuldades para superar uma Itália motivada.
Jogador-Chave: Peça fulcral no meio-campo alemão, Mesut Özil tornou-se num elemento preponderante nas acções ofensivas da "mannschaft". Alia a sua enorme capacidade de "visão" a uma extraordinária qualidade de passe, ele que soma três assistências para golos importantes neste EURO'2012. Assim, se os italianos concederem-lhe liberdade para executar, poderá desbloquear o encontro a qualquer instante.

ITAITÁLIA
1. Buffon
7. Abate 15. Barzagli 3. Chiellini 6. Balzaretti
8. Marchisio 21. Pirlo 16. De Rossi
18. Montolivo
10. Cassano 9. Balotelli

Análise: A derrota diante da Rússia e a lesão nos gémeos que impossibilitou Andrea Barzagli de alinhar nos dois primeiros encontros da fase de grupos forçou Prandelli a mudar o seu tradicional 4x3x1x2 para um 3x5x2, com o médio De Rossi a descer do meio-campo para o centro da defesa, composto por três elementos.

A Itália dispôs de bastante posse de bola e criou algumas oportunidades de golo neste sistema, mas acabou por somar dois empates (1-1), depois de ter estado a vencer por 1-0 nos primeiros jogos. Com o regresso de Barzagli, Prandelli voltou ao seu sistema táctico preferido e somou a primeira vitória na prova, frente à Irlanda, antes de controlar por completo o jogo dos quartos-de-final, frente à Inglaterra.
Jogador-Chave: Andrea Pirlo foi o maestro da selecção italiana que conquistou o Campeonato do Mundo de 2006 e a sua influência na equipa continua a ser tão forte como sempre. Ao longo do torneio coordenou as operações do meio-campo da "squadra azzurra", efectuando um sem número de passes com conta, peso e medida, determinantes para os resultados obtidos pela equipa. Entre os seus momentos de maior magia, destaque para o penálti "à Panenka" marcado com todo o sangue frio do mundo no desempate por grandes penalidades frente à Inglaterra, nos quartos-de-final.

ENCONTROS ANTERIORES (EUROPEUS):
Alemanha 1 x 1 Itália (Düsseldorf, 10/06/1988 - Fase de Grupos EURO'1988)
(Brehme 55'; Mancini 52')
Itália 0 x 0 Alemanha (Manchester, 19/06/1996 - Fase de Grupos EURO'1996)

REGISTO EM MEIAS-FINAIS (EUROPEUS):
ALEMANHA
14/06/1972 - Bélgica 1 x 2 RFA (Deurne - EURO'1972)
(Polleunis 83'; Müller 24', 71')
17/06/1976 - Jugoslávia 2 x 4 RFA [ap] (Belgrado - EURO'1976)
(Popivoda 19', Dzajic 30'; Flohe 64', Müller 82', 115', 119')
21/06/1988 - RFA 1 x 2 Holanda (Hamburgo - EURO'1988)
(Matthäus 55'; Koeman 74', Van Basten 88')
21/06/1992 - Suécia 2 x 3 Alemanha (Solna - EURO'1992)
(Brolin 64' p, Andersson 89'; Hässler 11', Riedle 59', 88')
26/06/1996 - Alemanha 1 x 1 Inglaterra [6 x 5, gp] (Londres - EURO'1996)
(Kuntz 16'; Shearer 3')
25/06/2008 - Alemanha 3 x 2 Turquia (Basileia - EURO'2008)
(Schweinsteiger 26', Klose 79', Lahm 90'; Boral 22', Semih Sentürk 86')

ITÁLIA
05/06/1968 - Itália 0 x 0 URSS [ap] * (Nápoles - EURO'1968)
* Itália venceu na moeda ao ar.
22/06/1988 - URSS 2 x 0 Itália (Estugarda - EURO'1988)
(Lytovchenko 58', Protasov 62')
29/06/2000 - Itália 0 x 0 Holanda [3 x 1, gp] (Amesterdão - EURO'2000)

Fonte: uefa.com

terça-feira, junho 26, 2012

Wimbledon (Dia 2): Cinquenta vitórias para Nadal na catedral do ténis


RESULTADOS ATP - 1.ª RONDA (DESTAQUES):
Thomaz Bellucci (BRA) - Rafael Nadal (ESP/2), 6-7, 2-6 e 3-6
Nikolay Davydenko (RUS) - Andy Murray (GBR/4), 1-6, 1-6 e 4-6
Jo-Wilfried Tsonga (FRA/5) - Lleyton Hewitt (AUS), 6-3, 6-4 e 6-4
Robin Haase (HOL) - Juan Martin del Potro (ARG/9), 4-6, 6-3, 6-7, 5-7
Brian Baker (EUA) - Rui Machado (POR), 7-6, 6-4 e 6-0

O espanhol Rafael Nadal estreou-se com uma vitória no Grand Slam de Wimbledon, esta terça-feira, depois de bater o brasileiro Thomaz Bellucci em três sets, com os parciais de 7-6, 6-2 e 6-3. O actual número dois mundial, que soma agora 50 vitórias no torneio britânico, encontrou algumas dificuldades nesta primeira ronda, principalmente no início do encontro, pois Bellucci (80.º do ranking ATP) chegou a estar a vencer por 4-0. No entanto, Nadal recuperou e não deu qualquer hipótese ao adversário, batendo-o por 7-0 no tie-break do primeiro set e vencendo os dois restantes com relativa facilidade. Em frente seguiu também Jo-Wilfried Tsonga, quinto cabeça-de-série, que derrotou o veterano australiano Lleyton Hewitt em três sets.
O espanhol alcançou 50 triunfos na relva de Wimbledon. 
Andy Murray, homem da casa, foi outro dos jogadores a apurar-se para a 2.ª ronda, depois de um triunfo tranquilo frente a Nikolay Davydenko. Já Rui Machado foi eliminado na primeira ronda do torneio. O tenista português perdeu o encontro com o norte-americano Brian Baker, número 126 do mundo, por 3-0, com 7-6 (7/2), 6-4 e 6-0. Sendo o mais cotado jogador português do ranking, onde ocupa o 96.º lugar, Rui Machado conta apenas com um triunfo nos 12 torneios do circuito principal que disputou nesta época, quando se qualificou para a segunda ronda do Estoril Open.

RESULTADOS WTA - 1.ª RONDA (DESTAQUES):
Petra Kvitova (RCH/4) - Akgul Amanmuradova (UZB), 6-4 e 6-4
Irina Falconi (EUA) - Victoria Azarenka (BIE/2), 1-6 e 4-6
Vera Zvonareva (RUS/12) - Mona Barthel (ALE), 2-6, 7-6 e 6-4
Serena Williams (EUA/6) - Barbora Strycova (RCH), 6-2 e 6-4
Caroline Wozniacki (DIN/7) - Tamira Paszek (AUT), 2-2 *
* Interrompido devido à chuva.

A checa Petra Kvitova, actual detentora do título, está qualificada para a segunda ronda de Wimbledon, tendo para isso derrotado Akgul Amanmuradova em dois sets. Kvitova esteve a perder por um perigoso 0-4 na primeira partida, mas conseguiu operar uma excelente recuperação e acabou por triunfar com um parcial de 6-4. A jogadora do Uzbequistão voltou a oferecer uma boa réplica no segundo set - que foi interrompido durante alguns minutos devido à chuva que se fez sentir -, ainda assim insuficiente para derrotar a campeã do torneio londrino.
A campeã em título não se livrou de alguns sustos na estreia nesta edição. 
As restantes cabeças-de-série também apuraram-se com relativa facilidade. A norte-americana Serena Williams derrotou a checa Barbora Strycova em dois sets, com os parciais de 6-2 e 6-4. Pior sorte teve a sua compatriota Irina Falconi, que perdeu frente à bielorrussa Victoria Azarenka, segunda cabeça-de-série. Já Vera Zvonareva, que não competia desde o transacto mês, regressou aos courts com um triunfo suado perante a alemã Mona Barthel.

Fonte: wimbledon.com

EURO'2012 (Meias-Finais): Duelo ibérico à lupa


EspanhaPortugalMeia-Final 1 (27 de Junho)
PORTUGAL x ESPANHA
(Estádio Donbass Arena, às 19H45)

PORPORTUGAL
12. Patrício
21. Pereira 3. Pepe 2. Alves 5. Coentrão
4. Veloso
16. Meireles 8. Moutinho
17. Nani 9. Almeida 7. Ronaldo

Análise: Paulo Bento levou a palavra estabilidade a um novo patamar e apresentou a mesma equipa nos quatro jogos realizados na prova até ao momento, seis se levarmos em conta ambas as mãos do playoff com a Bósnia e Herzegovina, em Novembro. No entanto, não poderá escalar os mesmos jogadores pela sétima vez seguida devido à lesão de Hélder Postiga na coxa direita. Bento promete não mudar a identidade do conjunto das quinas, logo o sistema de 4x1x2x3 deve manter-se. Hugo Almeida será o escolhido para desempenhar a função de avançado-centro.
Jogador-Chave: Cristiano Ronaldo fez jus à reputação de craque-mor do torneio em grande estilo, ao fazer a diferença com os dois golos marcados diante dos holandeses e com o tento decisivo frente à República Checa nos quartos-de-final. Com um registo verdadeiramente impressionante, CR7 faz da sua velocidade e capacidade de execução duas das principais armas apontadas à baliza espanhola.

ESPESPANHA
1. Casillas
17. Arbeloa 3. Piqué 15. Ramos 18. Alba
16. Busquets 14. Alonso
21. Silva 8. Xavi 6. Iniesta
10. Fàbregas

Análise: A Espanha começou todos os seus jogos em 4x2x3x1, com os laterais a subirem no terreno e um dos médios mais posicionais, Sergio Busquets ou Xabi Alonso, a recuar para ficar entre Piqué e Sergio Ramos, de modo a permitir que a "roja" ataque em 3x4x3. O debate não tem sido sobre a táctica em si, mas sim sobre se é mais benéfica a colocação em campo de um avançado-centro tradicional, como Fernando Torres, ou de um "falso n.º 9", aqui representado por Fàbregas. Imune às críticas, o conceituado Vicente del Bosque deve voltar a apostar no jogador blaugrana na partida frente a Portugal, tal como fez nos quartos-de-final perante a selecção francesa.
Jogador-Chave: Andrés Iniesta tem sido fundamental na selecção espanhola há muitos anos, mas voltou a subir a fasquia e a destacar-se como um jogador notável, daquela elite de futebolistas que traz sempre algo de especial ao jogo. Quase sem excepção, é ele quem cria os principais desequilíbrios no ataque espanhol, aplicando depois um dos seus melhores atributos: enorme qualidade de passe.

ENCONTROS ANTERIORES (EUROPEUS):
PORTUGAL 1 x 1 Espanha (Marselha, 17/06/1984 - Fase de Grupos EURO'1984)
(Sousa 52'; Santillana 73')
Espanha 0 x 1 PORTUGAL (Lisboa, 20/06/2004 - Fase de Grupos EURO'2004)
(Nuno Gomes 57')

REGISTO EM MEIAS-FINAIS (EUROPEUS):
PORTUGAL
23/06/1984 - França 3 x 2 Portugal (Marselha - EURO'1984)
(Domergue 24', 114', Platini 119'; Jordão 74', 98')
28/06/2000 - França 2 x 1 Portugal (Bruxelas - EURO'2000)
(Henry 51', Zidane 117' p; Nuno Gomes 19')
30/06/2004 - Portugal 2 x 1 Holanda (Lisboa - EURO'2004)
(Cristiano Ronaldo 28', Maniche 58'; Jorge Andrade 63' ag)

ESPANHA
17/06/1964 - Espanha 2 x 1 Hungria (Madrid - EURO'1964)
(Pereda 35', Amaro 112'; Nagy 84')
24/06/1984 - Dinamarca 1 x 1 Espanha [4 x 5, gp] (Lyon - EURO'1984)
(Lerby 7'; Maceda 67')
26/06/2008 - Rússia 0 x 3 Espanha (Viena - EURO'2008)
(Xavi 50', Güiza 73', Silva 82')

Fonte: uefa.com

Rankings Liga Bora Bora 2011/2012: 10.º LOMBOS UNITED

10.º LOMBOS UNITED
Míster Nuno Sousa
Pontos: 1154
Distância para o líder: 79 Pontos
Média de Pontos: 42
Semanas na Promoção: 3 (Jornadas 15, 18 e 18)
Melhor Pontuação: 77 Pontos (Jornada 18)
Pior Pontuação: 16 Pontos (Jornada 19)
Melhor Posição: 4.º Lugar (Jornada 18)
Pior Posição: 15.º Lugar (Jornada 4
Melhor da Jornada: 2 Vezes (Jornadas 14 e 15)
Pior da Jornada: -
Vencedor Mensal: -
Taça Tahiti: Playoff
Posição Liga Record: 15737.º


Análise: Nuno Sousa no ano de estreia fez uma época algo tímida. Começou a temporada praticamente ao meio da tabela, sem se dar muito por ele. Com o decorrer das jornadas conseguiu subir algumas posições,  vencer duas jornadas e colocar-se na zona de subida, contudo foi sol de pouca dura. A recta final não lhe correu de feição e acabou por voltar a cair, sem surpresas, na classificação. Terminou assim a época colocado no Top 10, justamente. NOTA: 3/5.

HISTORIAL:
Épocas: 1
Melhor Posição Final na Liga Tahiti: 10.º Lugar (2011/12)
Melhor Prestação na Taça Tahiti: Playoff (2011/12)