Participações honrosas
Torna-se cada vez mais claro que, em relação ao que tinha acontecido até à conquista do título de campeão de Portugal, o Marítimo enfrenta dificuldades acrescidas para impor o seu futebol a nível nacional. Fruto da falta de contactos e oportunidades que os principais clubes continentais como das vicissitudes por que passa o futebol madeirense, o ‘Campeão das Ilhas’ está mais vulnerável. E é obrigado a jogar sempre fora de ‘casa’. Mas mantém a tradição de ‘lutar até ao fim’ e consegue participações honrosas, patentes na presença em três meias finais da prova.
Primeira Meia-Final
Na época de 1930-31 o Marítimo elimina o União Operária. É preciso ir a Santarém vencê-lo por 1-0 e voltar a derrotá-lo (6-2), em Lisboa. Segue-se o Porto. Os madeirenses são afastados da final por duas derrotas tangenciais (1-2, em Lisboa; 2-3, no Porto). No rescaldo da primeira partida, Ribeiro dos Reis escreve n´ ‘Os Sports’:
"O resultado foi injusto porque raras vezes o F.C. Porto terá feito uma exibição tão deficiente perante o público da capital, e depois porque o 1º goal de Acácio Mesquita, o que estabeleceu o empate, foi manifestamente irregular, resultando de um off-side claríssimo daquele jogador (...)."
O jornalista do ‘República’ que presenciou a partida é ainda mais contundente na apreciação:
"O resultado que ao fim dos noventa minutos se verificou foi absolutamente injusto para o Marítimo, porque os funchalenses foram superiores, porque dominaram, e ainda porque a primeira bola que sofreram foi adquirida à margem das leis do jogo."
A equipa desta participação, de transição entre a renovação e aqueles que tinham sido campeões de Portugal, era assim constituída:
Sporting afasta Marítimo
"O resultado foi injusto porque raras vezes o F.C. Porto terá feito uma exibição tão deficiente perante o público da capital, e depois porque o 1º goal de Acácio Mesquita, o que estabeleceu o empate, foi manifestamente irregular, resultando de um off-side claríssimo daquele jogador (...)."
O jornalista do ‘República’ que presenciou a partida é ainda mais contundente na apreciação:
"O resultado que ao fim dos noventa minutos se verificou foi absolutamente injusto para o Marítimo, porque os funchalenses foram superiores, porque dominaram, e ainda porque a primeira bola que sofreram foi adquirida à margem das leis do jogo."
A equipa desta participação, de transição entre a renovação e aqueles que tinham sido campeões de Portugal, era assim constituída:
Sporting afasta Marítimo
Em 1935/36 repete-se a proeza de alcançar as meias-finais. Ultrapassada a barreira açoriana (5-2 ao Sporting da Horta, na ilha do Faial), segue-se o Boavista, nos quartos-de-final. As duas vitórias (6-3 em Lisboa e 3-0 no Porto) abrem boas perspectivas para a fase seguinte da prova. Todavia, o ânimo advindo desses bons resultados não serão suficientes para vencer o Sporting, na meia-final (2-4 e 2-5). Enfrentar um adversário poderoso, que joga sempre no seu ambiente, não é tarefa fácil … A equipa desta segunda presença nas meias-finais do Campeonato de Portugal era uma formação renovada, constituída após a crise de 1934, à qual deve ser reconhecido o mérito de relançar as representações do futebol verde-rubro num plano elevado. Como se pode ver pela formação da equipa, já não resta nenhum dos jogadores que, dez anos antes, tinham alcançado o título máximo:
Antes do despedimento
1937/38 conhece a última presença do Marítimo no campeonato de Portugal. Vencido o ‘Angústias’ (2-1), de novo na ilha do Faial, elimina-se o Barreirense em três jogos (1-1 no Barreiro, 2-2 em Lisboa e 3-0 no desempate, de novo na capital). Nas meias-finais o Sporting impõe duas derrotas pesadas (1-4 e 0-6). O Marítimo – a Madeira – virá a ser afastado ‘administrativamente’ da participação no campeonato de Portugal sem que tenha conseguido impor-se perante este adversário que várias vezes lhe calhou em sorte .
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