quarta-feira, abril 21, 2010

100 Verde Rubros Anos - Capítulo V, Parte 6


Intercâmbio Insular

Outra das vertentes da actividade futebolística do Marítimo está, desde sempre, localizada nos contactos com os Açores e as Ilhas Canárias. Fosse na recepção a formações dali oriundas, fosse na visita às mesmas, o saldo também se apresenta, apesar das derrotas e dissabores, favorável aos verderubros. Angústias A.C. (Ilha do Faial), Lusitânia S.C. (Ilha Terceira), Santa Clara (Ilha de S. Miguel) são visitantes e anfitriões do Marítimo, em provas oficiais e particulares. O saldo dos resultados é claramente ‘verde-rubro’. O mesmo se pode dizer dos confrontos com formações canarianas. C.D. Tenerife, Marino F.C. e Atlético de Grã-Canária, são igualmente anfitriões e visitantes do Marítimo. Com as contas a ‘penderem’ para de novo para a Madeira.
Jogadores Internacionais
Ao longo deste período o valor dos futebolistas madeirenses começa a ser mais reconhecido. Surgem as internacionalizações de jogadores do Marítimo, como que a confirmar a de José Ramos (Zé Pequeno), acontecida em 1925/26. Artur de Sousa (Pinga), Manuel Ramos (Janota), António Teixeira (Camarão) Carlos Pereira e José da Mota (Gesso), todos nado-criados no Marítimo, atingem, com notoriedade diversa, a principal selecção portuguesa de futebol. E não falta quem, ainda hoje em dia, lamente que idênticas oportunidades não tenham sido dadas a outros tantos jogadores das equipas verde-rubras que, quando em confronto com muitos dos ‘craques’ com que eram constituídas essas selecções nacionais, demonstravam classe suficiente para a elas serem chamados. Mas a Madeira ficava ‘longe’…
Hegemonia Regional

Entre a conquista do título de campeão de Portugal e a digressão a África, a hegemonia do Marítimo consolidou- se fortemente. Nos títulos oficiais e nos inúmeros jogos particulares, o clube continuou a destacar-se, pelas vitórias alcançadas, dos restantes competidores locais. Merecem particular destaque duas circunstâncias -- a da solicitação constante da presença do Marítimo nos encontros particulares; a aderência significativa da massa adepta do Clube nesses mesmos encontros. Não admira, assim, que a generalidade das iniciativas com fins de benemerência exigissem a presença das equipas do Msrítimo - para assegurar as receitas que a presença seus apaniguados fazia crescer.
Bom prenúncio

Foram ‘loucos’, estes anos de 1949 e 1950. O Marítimo vence todas as provas regionais. Com os clubes forasteiros, o ‘saldo’ também é positivo - 11-1 ao Santa Clara (na festa de homenagem a Calinhos); empate com o Sporting lisboeta (1-1), depois de uma vitória de 4-2 sobre o Benfica (na desforra de um 2-3); o Setúbal sofre duas derrotas (4-2 e 5-2); o Porto, cheio de internacionais ‘AA’ também perde: 4-2. A excepção é a derrota com a Associação Atlética Portuguesa, do Brasil, por 3-1. Este último resultado não apaga a pergunta que anda na boca dos maritimistas e dos desportistas do país em geral: até onde pode ir este Marítimo, se o deixarem voar?

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