Confronto em Luanda
A 24 de Setembro, praticamente um mês depois de ter deixado o Funchal, o Marítimo cumpre o seu sexto jogo em terras de África. O adversário dá-se pelo nome de ‘Ferroviário’, campeão de Luanda. A vitória, desta feita, faz-se com dois golos sem resposta. Um resultado considerado escasso, face ao domínio exercido pelos maritimistas, mas também justificado pela actuação do guarda- redes contrário. O ‘Província de Angola’ regista que o Marítimo é uma excelente equipa, considerando o valor dos seus jogadores equilibrado. Mas critica que o poder de remate da equipa não tivesse sido utilizado devidamente…
Machimbombo do Lobito
Nova viagem de avião, desta feita para o Lobito. À chegada à cidade, tal qual vem acontecendo por todos os sítios onde o Marítimo tem passado, sucedem-se os gestos de simpatia. Desta feita, o presidente do Município põe à disposição da caravana um «machimbombo» (camioneta), que servirá para as visitas ao Lobito e para a deslocação à cidade de Benguela. Esta última cidade tinha sido designada sede das recepções e festas organizadas em honra do Marítimo e é nela que a caravana verde-rubra fica alojada.
Mais duas vitórias
A 30 de Setembro, o Marítimo bate a Selecção de Benguela por 3-0. No dia seguinte, no Lobito, volta a triunfar, desta feita por 2-1, sobre a selecção local. Esta partida é antecedida de um amistoso entre os madeirenses residentes no Lobito e a selecção B da cidade. A equipa madeirense, reforçada por três jogadores do Marítimo e trajando equipamento igual ao do clube, vence por 2-0. Os encontros realizados pela equipa principal do Marítimo tiveram graus de dificuldade diferentes. Na primeira, a vitória aconteceu com naturalidade, dada a superioridade da equipa madeirense. No encontro do Lobito, disputado perante um grupo tradicionalmente aguerrido e num campo menos bem tratado que o do jogo da véspera, a vitória tangencial exigiu o melhor dos esforços dos verde-rubros. No plano social, todas as manifestações situam-se num elevado plano de amizade, com particular destaque para os intensos contactos entre a colónia madeirense e os jogadores do Marítimo. Registo particular merece a palestra do padre Telésforo, proferida no Sindicato do Empregados de Comércio, subordinada ao tema «O Homem e o Desporto».
Ida a Malange
Fora de programa, a ida a Malange acaba por acontecer por convite e insistência dos colonos da cidade, ansiosos pelo contacto, que anteviam positivo, com a comitiva madeirense. A 5 de Outubro acontece o encontro desportivo. O Marítimo bate a selecção local por sete bolas a uma. O fraco nível do opositor não colocou qualquer tipo de problemas à formação verde-rubra. Mas essa debilidade desportiva foi largamente compensada pela forma entusiástica e dedicada com que os organizadores da visita qui-seram receber o Marítimo e, por ele, relembrarem a Madeira e o Continente.
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