domingo, maio 16, 2010

100 Verde-Rubros Anos - Capítulo VII, Parte 3



Dois Mil Sócios

Em Março de 1953, é lançada uma campanha de sócios com o objectivo de alcançar dois mil até final do ano. Significa (quase) duplicar os efectivos do momento… Em Outubro pede-se a quota mínima de 7$50, contra os seis escudos em vigor. A justificação é melhorar a intervenção junto dos atletas e dispor de equipamentos que facilitem uma maior assiduidade dos jogadores aos treinos O êxito coroa as duas iniciativas. Entusiasmados, e reconhecendo a importância da filiação dos adeptos e simpatizantes, o Marítimo lançará, quatro anos depois, nova campanha, desta feita na mira de atingir os três mil sócios.
Direitos pagos

Já com as futuras obras que darão vida ao Estádio dos Barreiros anunciadas – o velho campo dos Barreiros, iniciativa e propriedade do C.D. Nacional, está agora na posse da Junta Geral do Distrito – a Assembleia Geral da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) decide-se, finalmente, pela justiça. Não tem nada de especial essa decisão – aprova-se, no Congresso da FPF, a realização de uma das ‘mãos’ da Taça de Portugal nas Ilhas. A garantia de uma receita líquida de cem contos não bastou – foi preciso acrescentar a anuência dos clubes continentais ...
Disputa Histórica

Como não podia deixar de ser, na primeira vez que um clube continental vem à Madeira em disputa oficial, tem de enfrentar o Marítimo. O jogo realiza- se ainda no velho campo dos Barreiros, entre a formação verde-rubra (que afastara o Micaelense, no apuramento insular) e o Porto. A 24 de Maio de 1953, sob grande adesão e entusiasmo dos desportistas madeirenses, Marítimo e Porto empatam a zeros. Na segunda ‘mão’, os portistas impõem-se por 3-2, a jogar em casa. Mas o ‘susto’ é grande: o Marítimo esteve por duas vezes em vantagem (1-0 e 2-1). Cândido de Oliveira, jornalista d´ ‘A Bola’, declara, a propósito do primeiro jogo, ao Diário de Notícias:
"A táctica do Marítimo foi apropriada, e, na verdade podia ter obtido um golo no primeiro tempo, e outro no final do jogo. O Marítimo é um adversário corajoso, com belo espírito de luta, de apreciável resistência física e possuidor de alguns chutadores de mérito. Alguns dos seus jogadores deixaram-me excelente impressão, e a equipa é, sem dúvida, um conjunto de onze rapazes que durante a hora e meia sabem honrar a gloriosa camisola do velho Marítimo! Uma das notas mais agradáveis do encontro foi, a par do bom esforço realizado pelo Marítimo, o fidalgo comportamento do público".
Futebol em alta

Em 1954, o Marítimo conquista o 10º Campeonato da Madeira consecutivo, num total de 25 vitórias. A essa conquista junta a posse definitiva da Taça da Cidade, em disputa desde 39/40, obtida através da 10ª época de vitória no trofeu, sete das quais consecutivas. O Sporting de Braga é impotente para travar este potencial verde-rubro – na sua visita à Madeira, é derrotado no campo do Liceu por 3-1, depois de ter alcançado um empate (1-1) no primeiro dos dois jogos com o Marítimo.

Sem comentários: