Atento ao que se vai passando a nível nacional, o Marítimo prepara-se para a contratação de um jogador/treinador profissional. É preciso arranjar fundos extraordinários… A comissão encarregada da missão coloca listas de subscrição em diversos pontos do Funchal e um pouco por toda a Ilha. Arranjam-se 70 contos. E a 15 de Setembro de 1955, chega ao Funchal Juan Carlos Fonda, ex-internacional argentino, com a missão de lançar novas bases para o futebol verde-rubro. A 8 de Novembro do mesmo ano, Fonda acusa a falta de ‘profissionalismo’, a ausência de jogadores em treinos, a inexistência de fichas para controlar presenças, a falta de balança para pesar os jogadores antes e depois das sessões de treino. Pequenas ‘coisas’ ... que dão imagem do amadorismo em que se vivia.
Mais modalidades
Em Janeiro de 1956 é anunciada a criação da secção de Basquetebol do clube e em Março do mesmo ano é decidida a nomeação de uma comissão para organizar a secção de Hóquei em Patins, para a qual é preciso encontrar 20 contos. O clube dá passos mais consistentes na organização da actividade para outras modalidades além do futebol. Mas esta é sempre a modalidade de referência, a que mais êxitos traz ao clube. … Como a eliminação do Barreirense da Taça de Portugal, batido por 5-1, num jogo memorável realizado no Campo do Liceu. Segue-se o Porto, que afasta o Marítimo, em Pina Manique (Lisboa), por 1-0. Antes da partida para Lisboa, foi possível fazer um treino no primeiro campo relvado da Madeira – o do novo Estádio dos Barreiros.
Troféu mais valioso
É ainda através da sua equipa de futebol que o Marítimo vai conquistar o trofeu mais valioso até à data disputado na Madeira, oferta da colónia de emigrante na Venezuela para disputa em jogo com receita a favor da ‘casa dos rapazes’. A taça vale 14 contos, uma pequena ‘fortuna’ para a época. A 3 de Junho, o Marítimo junta-a ao seu espólio, após impor uma derrota ao Nacional, por uma bola sem resposta.
Época em Pleno
No final da época 55/56 acontecem ainda três jogos com o visitante União de Las Palmas e um com o Salgueiros. Dois empates – 0-0 no primeiro jogo e 2-2 no terceiro – e uma vitória, por 3-1, são os resultados dos jogos efectuados com os canarianos. Os portuenses são derrotados por 5-1. O Marítimo exulta. Feitas as contas, todas as provas associativas da época, em todas as categorias, tinham sido vencidas pelo clube, que também não perdera um único jogo particular com equipas locais ou forasteiras. Todavia, na deslocação a Canárias, entre 25 de Agosto e 4 Setembro, acontecem três derrotas: 6-4 e 3-0 impostos pelo União de Las Palmas, e 3-1 na passagem por Tenerife. Os ‘campeões’ também perdem …
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