quarta-feira, maio 19, 2010

100 Verde-Rubros Anos - Capítulo VII, Parte 5

Terreno para campo

A sete de Dezembro de 1956 a Direcção do Marítimo toma uma decisão histórica – a aquisição de um terreno para construção de um campo propriedade exclusiva do clube. O negócio envolve 260 contos que motivam o lançamento de uma grandiosa campanha de angariação de fundos. Sem prejuízo das futuras obras, aproveita-se logo o prédio urbano localizado no terreno para aí montar um ‘centro de estágio’, que será inaugurado a 21 de Março de 1957. Os preparativos ficaram a cargo das esposas do presidente da Direcção e do treinador.
Crescer sempre

Resultado do espírito de iniciativa que vem caracterizando a actividade do clube, sabe-se que o ano de 1956 registou 768 novos sócios e que em Janeiro de 1957, um total de 248 atletas representam o Marítimo em diversas modalidades (mais 107 atletas que na época anterior). É no âmbito desse espírito de iniciativa que surge, nos primeiros dias de Janeiro deste ano de 1957, o programa radiofónico ‘Meia Hora do Marítimo’, o qual cativa as atenções dos maritimistas … e não só. A presença de cerca de mil sócios na Assembleia Geral de 27 de Janeiro de 1957, realizada nas instalações do cinema Cine-Parque, tem tanto a ver com a dinâmica imprimida à vida do clube como a iminente crise da equipa de futebol. A reunião começa às dez horas da manhã e só terminará depois das 13. Com a eleição dos corpos gerentes propostos pela direcção cessante e derrota da denominada ‘lista da oposição’.
Estádio dos Barreiros

A 5 de Maio é inaugurado o Estádio dos Barreiros. No vasto programa do evento, o principal atractivo é o jogo entre as selecções da Madeira e ‘B’ de Portugal. O Marítimo cede seis jogadores ao seleccionado regional: ‘Chino’, Raúl (que é capitão), Gorrin, Álvaro, Jorge, Américo e Jorge. No desfile participam 120 atletas verde-rubros. Mais tarde, o União de Las Palmas e o Torreense, equipas das primeiras divisões de Espanha e Portugal, vêm ao encerramento da época verderubra. Os melhores resultados são uma vitória sobre os canarianos, (2-1) e um empate com o Torreense (2-2). Sinal do declínio da equipa, são consentidas, perante os mesmos adversários, duas derrotas: 5-1 com o ‘Las Palmas’ e 1-0 com os continentais.
Reforços canarianos

Entretanto, Caballero Diáz, contratado para ocupar o lugar de Fonda, chega ao Funchal a 4 de Setembro, vindo de Las Palmas, de onde é natural. Vem acompanhado de Artilles, avançado centro também canariano; na altura, anuncia-se ainda a contratação de outro espanhol das Canárias: o médio Miguel. Era um esforço para manter os resultados do futebol à altura dos pergaminhos do clube e obstar ao ocaso dos grandes jogadores que tinham, com esforço e dedicação, escrito as magníficas páginas da história mais recente do Marítimo. O momento justifica que o clube apresente a supremacia sobre os rivais madeirenses. Publica-se a estatística dos jogos até então realizados com esses adversários. Como se segue, para que não restassem dúvidas e só no que respeita à categoria de Honra.

Sem comentários: