Conquista árdua. É preciso garantir 100 contos de receita (a Associação foi intermediária da garantia do Marítimo), assegurar o pagamento da deslocação da equipa continental à Madeira, pagar-lhe o hotel (um bom hotel, exige-se), e oferecer idêntico tratamento ao árbitro da partida. Nenhum clube continental se mostrou disponível para que a segunda ‘mão’ da eliminatória pudesse ser disputada no Funchal. É preciso ‘engolir’ a imposição de jogar primeiro na Madeira, ‘não vá o diabo tecê-las’ …
Mais adiante
Em meados da década de 60, quando o Marítimo volta à ribalta do futebol regional, esta conquista estava ultrapassada. A generalidade dos desportistas madeirenses estavam convictos de que só a participação num campeonato nacional regular poderia facultar os meios de desenvolvimento que o futebol regional exigia. Era preciso ir mais adiante. E, para tal, encontrar uma fórmula de escolha da representação madeirense no futebol nacional. Obviamente, se essa fórmula tivesse por base o historial dos clubes madeirenses potenciais interessados, o assunto estaria inquestionavelmente resolvido a favor do Marítimo…
Números claros
… como se fazia questão de ‘explicar’, por altura da passagem das Bodas de Ouro da Associação de Futebol do Funchal (1966), através da ‘contabilidade’ dos prélios organizados sob sua égide. Eram números claros, que evidenciavam uma longa e consistente superioridade do Marítimo sobre os clubes que nesta data constituíam os seus principais adversários, como se pode ver pelo quadro dos jogos entre o Marítimo e esses clubes, no período entre a fundação da Associação e as suas Bodas de Ouro (1916/1966). Pouco tempo depois desta publicação, aquando do primeiro jogo entre clubes madeirenses que se realiza sob a luz artificial do Estádio dos Barreiros, o Marítimo, como que a sublinhar elucidativamente esse ascendente, bate o Nacional por 10-3. Foi a 5 de Julho de 1967, na festa de homenagem a Francisco, o funcionário que servia o clube há 42 anos.
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