Abril recebe o Belenenses, de novo por conta do centro Paroquial de Fátima. Um empate (2-2) e nova derrota por 4-0 foram os resultados. Na festa de despedida do guardaredes Sebastian Sanchez Grisanela, o guarda-redes canariano que defende a baliza do Marítimo há seis anos, registam- se dois confrontos (19 e 21 de Junho) com o Las Palmas. As duas partidas pautam-se pelo equilíbrio e acabam empatados com números iguais: 2-2. Rui Rodrigues, da Académica, e Lemos, do Porto, devidamente autorizados pelos respectivos clubes, abrilhantam o cartaz, alinhando pelo Marítimo.
Passos decisivos
A 19 de Setembro de 1971, praticamente dois anos depois do líder do Governo da República, Marcelo Caetano, ter visitado a Madeira e entregue ao Marítimo a taça com o seu nome, mercê da vitória sobre o Nacional, por 2-1, é a vez de Américo Tomáz, visitar a Madeira. O então Chefe de Estado aproveita a oportunidade para impor no estandarte verde-rubro a insígnia de ‘Membro Honorário da Ordem de Benemerência’, com que o clube fora agraciado por proposta do Governo nacional. Momento tão solene justificava um grande encontro de futebol. Solicita-se que o Benfica salde a dívida. Os lisboetas trazem aos Barreiros algumas das suas principais estrelas (Humberto Coelho, Shéu) em conjunto com reservistas, mas conseguem impor um 2-0 indiscutível.
Última participação
A época seguinte (1972/73) traz a última participação do Marítimo nas provas regionais com a sua equipa de honra – a deliberação da Federação Portuguesa de Futebol no sentido do campeão da Madeira disputar, no final da época, a ‘liguilla’ III/II Divisões, abre caminho à concretização do sonho maritimista. Como se fosse a mais merecida festa de despedida do campeoníssimo da sua terra- -mãe, a 16 de Maio de 1973 realiza-se nos Barreiros, perante 16 mil espectadores, um novo Marítimo – Benfica. Desta vez, honrando finalmente os antigos compromissos perante aquele que, em breve, será parceiro regular de disputas nacionais, os benfiquistas apresentam- se no Funchal na máxima força. E impõem um 4-0 construído por ‘Eusébio e companhia’ … O resultado não assusta os maritimistas. Estavam já assumidas as responsabilidades (as normais e as impostas) e o ingresso nas provas nacionais era irreversível. Nesta caminhada final vai destacar-se a capacidade de iniciativa do Marítimo e a assunção dos riscos que só um passado glorioso e uma grande confiança no futuro podiam alimentar.
Sem comentários:
Enviar um comentário