A injustiça da generalização

Dizem que somos uma cambada de arruaceiros, que só existimos com o intuito de destruir, que usamos o nome do Benfica como desculpa para tudo o que de errado fazemos, esses, que pouco ou nada percebem de claques organizadas, que o mais perto que estiveram de uma foi no estádio, no piso acima, uma dúzia de cadeiras mais ao lado, que nunca se interessaram por tentar perceber, que nunca se deram ao trabalho de nos ouvir antes de começarem a atirar para o ar falaciosos juízos de valor.
Não é a vontade de criar problemas que nos move, nem é a raiva que nos une, é sim a paixão, o orgulho, a vontade de fazer parte de algo maior do que nós, de acompanhar 'alguém' a qualquer lado, seja em Portugal ou no estrangeiro, é o amor por algo tão grandioso como o Benfica que nos faz deixar tudo para trás por um dia só para lá estar a cantar durante 90 minutos, e sem querer desvalorizar a restante camada associativa, é este amor que faz do Benfica o maior clube de Portugal.
O acto de generalizar é, como se sabe, injusto. Eu também podia dizer que todos os políticos são corruptos ou então que todos os padres são pedófilos, o que eu quero dizer é que as ovelhas negras existem mas não podem ser o reflexo de um qualquer movimento com várias centenas de indivíduos.
Acham mesmo que, se o nosso objectivo fosse provocar o pânico, seriam necessários apenas meia centena de polícias para nos controlar?