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«Jorge Coroado - Quero ainda dizer que, como povo bom e solidário que somos, alguém - talvez técnico de terapia de fala à distância - se arvorou em cirurgião de microcirurgia cardiovascular, acabando, no entanto, por conseguir apenas uma cirurgia plástica, tirando as olheiras a um doente.
Jornalista - Isso é uma crítica ao Conselho de Justiça?
- Não é uma crítica, é a constatação de um facto ocorrido neste país e que me limito, apenas e só, a constatar. Se porventura tiverem à mão um cronómetro, quanto muito poderei solicitar-vos uma situação para vermos se o vosso será exactamente igual ao meu.
- Quer especificar?
- Sim, se, repito, tiverem cronómetro e quiserem cronometrar cinco palavras.
- Vamos a isso?
- Sim, senhor: hijos de puta madre que los pariu!
- Isso é para a comunicação social?
- De forma alguma. Vocês merecem-me a maior consideração.»
[Jorge Coroado, árbitro, reagindo à decisão do Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol de mandar repetir o Benfica-Sporting (1-2), disputado a 30 de Abril, devido a um pretenso erro seu: mostrara um segundo cartão amarelo a Claudio Caniggia (expulsando-o da partida), sem nunca a vedeta argentina ter visto o primeiro.]
A Bola, 22 de Maio de 1995
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