domingo, setembro 11, 2011

Liga Zon Sagres (Jornada 4): Nuno Golo 'abate' Galos


SC Braga 3 x 1 Gil Vicente (Nuno Gomes 62' e 90'+3', Hélder Barbosa 73'; Cláudio 90' g.p.) 
Quem sabe, sabe e o Nuno Gomes é que sabe. O "veterano" jogador ao serviço do Sp. Braga voltou a ser decisivo, saiu do banco para oferecer a vitória e o 2.º lugar (em igualdade pontual com o Benfica) aos bracarenses, com dois golos cheios de oportunismo. No duelo minhoto, o Braga levou a melhor, mas, novamente, o Gil Vicente deixou uma boa imagem.

A primeira parte no AXA foi muito fraca. A partida jogou-se num ritmo muito baixo, com domínio dos homens da casa, mas que esbarrava sempre numa organizada defesa da formação de Barcelos. E até foi o Gil que dispôs da primeira oportunidade do encontro, com Quim a responder com uma defesa apertada a um remate de Richard. O Braga respondeu com lances muito tímidos de Lima e Alan, mas sem nunca conseguir criar um caudal ofensivo elevado que perturbasse o conjunto gilista.

Nuno Gomes chegou aos 150 golos no campeonato.
No segundo tempo, a história foi completamente diferente. O Braga entrou muito forte, a pressionar alto e a criar muitos calafrios à defesa do Gil. Leonardo Jardim colocou Nuno Gomes no minuto 58 - no lugar de Mossoró - e, quatro minutos depois, o avançado ex-Benfica desbloqueou o marcador no AXA. A vida dos homens de Barcelos piorou aos 64', quando Éder foi expulso. A partir desse momento, os bracarenses dominaram por completo os acontecimentos e aumentaram o resultado no minuto 73', com Hélder Barbosa a facturar pelo terceiro jogo consecutivo. O Gil reduziu já aos 90', de forma fortuita, através de um penálti convertido com sucesso pelo central Cláudio. No entanto, o resultado não ficaria por aí, porque aos 90'+3' Nuno Gomes voltou a fazer o gosto pé, marcando o segundo na partida. Resultado justo de um Braga que não encantou, mas que revelou clara superioridade.

Beira-Mar 0 x 1 U. Leiria (Shaffer 70')
Estreia em grande de Vítor Pontes no comando técnico da U. Leiria. Desta vez a "chicotada psicológica" surtiu efeito e mesmo sem ter sequer orientado um treino, a mudança de atitude que impôs nos seus jogadores, valeu os primeiros pontos do conjunto leiriense no campeonato. Nesta partida, até foi o Beira-Mar que entrou melhor. Fruto da forte motivação, os aveirenses criaram várias situações de perigo nos minutos iniciais, mas com o passar do tempo a pressão dos homens da casa decresceu e os leirienses equilibraram o jogo. Prova disso são os 8 cantos que o Leiria conquistou no primeiro tempo e que obrigaram Rui Rego a aplicar-se por várias vezes.

O argentino Shaffer marcou o (grande) golo que resolveu o encontro.
O jogo seguia num ritmo interessante, embora as situações de golo escasseassem. No entanto, após o intervalo, a partida tornou-se sonolenta, com raros pontos de interesse. Como grande excepção, há, claro, o golo da União: à passagem do minuto 70', Shaffer, lateral-esquerdo emprestado pelo Benfica, marcou um golaço, fruto de um remate de longa distância. Até ao final do encontro o Beira-Mar tentou responder, mas sem efeito. Vitória justa da equipa que mais batalhou durante os 90 minutos.

Olhanense 1 x 2 Feirense (Salvador Agra 57'; Varela 17', Ludovic 83')
Aí está a primeira vitória do Feirense no campeonato. A equipa de Santa Maria da Feira foi ao Algarve bater a Olhanense e assim colou-se ao adversário na 9.ª posição da Liga Zon Sagres, ambos com 5 pontos. O jogo disputado em Olhão arrancou com claro domínio da equipa da casa, mas foi o Feirense a inaugurar o marcador, decorria o minuto 16, através de Varela. A Olhanense reagiu e aos 27' esteve perto de igualar, mas Dady e João Gonçalves falharam de forma incrível na cara do guardião Paulo Lopes. As coisas ficaram ainda piores para o conjunto da casa em cima do intervalo, quando Fernando Alexandre foi expulso por uma entrada duríssima.

Os fogaceiros foram ao Algarve obter o primeiro triunfo no campeonato.
Nos primeiros minutos do segundo tempo, a formação visitada chegou ao empate, com Wilson Eduardo a assistir o recém-entrado Salvador Agra (57'). Mesmo a jogar com 10 elementos, Daúto Faquirá arriscou tudo no ataque e por várias vezes esteve perto de ver a sua equipa consumar a cambalhota no marcador, mas a pouca clarividência dos avançados algarvios fez com que a igualdade se mantivesse. E foi mesmo o Feirense, no contra-ataque, que chegou à vantagem, com Ludovic a facturar aos 83', naquele que foi o primeiro remate à baliza que os fogaceiros efectuaram na segunda parte. Até ao final da partida, o conjunto nortenho, sempre em contra-atraque, podia ter aumentado o marcador, mas João Ferreira não viu a mão de Mexer - este que acabou por ser expulso no último minuto - a cortar uma bola em cima da linha de golo. Resultado penalizador para o clube de Olhão, que assim perdeu pela primeira vez neste campeonato.

Marítimo 2 x 1 Rio Ave (Baba 13' e 57'; João Tomás 17' g.p.)
Oito anos depois, o Marítimo conseguiu vencer o Rio Ave nos Barreiros e assim ascendeu à 4.ª posição do campeonato. O senegalês Baba voltou a ser o herói, com um "bis" que decidiu a partida para os madeirenses.  A equipa do Almirante Reis até podia ter alcançado uma vitória mais robusta, dada as várias oportunidades desperdiçadas na etapa complementar, especialmente após o segundo golo.

O jogo até foi interessante de seguir, pois apesar das evidentes preocupações defensivas dos dois conjuntos, nenhum deles abdicou de procurar a vitória e nesse aspecto os insulares foram quem mais insistiram. O Marítimo começou melhor e, após uma primeira tentativa de Olberdam (12'), chegou ao golo aos 13', com Baba a desviar de cabeça um cruzamento de Sami. Aos 17 minutos, os vilacondenses empataram através de uma grande penalidade convertida por João Tomás. O golo afectou os insulares que, apesar de algumas investidas à área do Rio Ave, denotaram sempre muitos problemas em organizar o jogo ofensivo. Nessa fase, o Marítimo cedeu defensivamente, mas os nortenhos não aproveitaram as benesses.

Baba voltou a resolver a partida, facturando os dois golos dos verde-rubros.
No regresso dos balneários, os verde-rubros entraram decididos em mudar o rumo dos acontecimentos, mas os vilacondenses mantiveram-se organizados na sua defensiva. Contudo, aos 57', o Marítimo voltou a ganhar vantagem: Roberto Sousa cruzou e Baba apareceu no sítio certo para fazer o 2-1. Moralizados com o golo, os insulares tiveram por várias vezes a possibilidade de aumentar o marcador, mas acabaram por revelar pouca clarividência na hora de finalizar. As mais flagrantes situações foram protagonizadas pelo regressado Benachour, aos 68' e 71', e por Danilo Dias, já nos instantes finais da contenda. Excelente triunfo do Marítimo, perante um adversário directo e que, como habitualmente, causou dificuldades.

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