domingo, outubro 30, 2011

Liga Zon Sagres (Jornada 9): Tratado holandês arrasa fogaceiros


Feirense 0 x 2 Sporting (Wolfswinkel 64' p, Schaars 77')
Foi com dois golos de jogadores oriundos do país das tulipas que o Sporting somou a 10.ª vitória consecutiva, 6.ª em jogos da Liga portuguesa. A equipa de Domingos dominou todo o encontro, mas apenas conseguiu desbloquear o marcador no segundo tempo, de penálti e já em superioridade numérica. 

O Sporting chegou ao intervalo empatado a zero, depois de um primeiro tempo onde não conseguiu criar muitas oportunidades de golo, perante um Feirense bem organizado na sua defesa, mas que raramente incomodou Rui Patrício. No entanto, tudo mudou a partir do minuto 55: Henrique, central fogaceiro, viu o segundo amarelo e deixou a equipa de Santa Maria da Feira reduzida a 10 elementos. A jogar com mais um, os leões aumentaram a pressão e a velocidade de execução, também devido à entrada do peruano Carrillo para o lugar de Elias, que esteve algo apagado neste encontro. 

Dupla holandesa decisiva em Aveiro.
Aos 63', nova machadada nas aspirações fogaceiras, com o juiz André Gralha a assinalar uma grande penalidade, para alguns duvidosa. Chamado a converter, Ricky van Wolfswinkel não perdoou e inaugurou o marcador no Municipal de Aveiro. Carrillo esteve perto de aumentar a vantagem aos 70', com Paulo Lopes a desviar o remate para a barra, antes de Schaars fixar o resultado final com um belo tiro de ressaca. O jogo ficou ainda marcado pelo abandono prematuro de Jeffrén - entrou aos 63', para o lugar de Capel -, devido a lesão. Vitória justa e que coloca o conjunto leonino isolado no 3.º lugar, a 3 pontos dos líderes.

Nacional 2 x 1 Beira-Mar (Mateus 17', Mario Rondón 23'; Douglas 26')
E que bela despedida para Ivo Vieira. Após 20 anos ao serviço do Nacional, o técnico madeirense foi despedido e vai agora ceder o lugar a Pedro Caixinha (ex-Leiria), não sem antes 'oferecer' três preciosos pontos para a equipa da Choupana. 

Com a novidade Andrés Madrid no onze, a equipa alvinegra entrou com tudo no encontro, com várias situações perigosas junto à baliza de Rui Rego, este que voltou às boas exibições com defesas de elevado nível. No entanto, o guarda-redes aveirense nada pôde fazer para travar o remate de Mateus, que, após uma arrancada na esquerda, atirou cruzado sem hipóteses de defesa. Os insulares continuaram a pressionar e aos 23' chegaram ao segundo golo, numa estreia a marcar no campeonato de Mario Rondón. O Nacional nem teve tempo para saborear a tranquila vantagem, visto que Douglas reduziu o marcador praticamente na resposta ao golo alvinegro - ele que também marcou pela primeira vez nesta edição da Liga. Ainda antes do intervalo, nova contrariedade para os homens da casa, com Felipe Lopes a ser expulso por acumulação de amarelos. 

O Nacional voltou às vitórias na despedida de Ivo Vieira.
O segundo tempo apresentou uma formação aveirense mais afoita, beneficiando da vantagem numérica, mas a aguerrida defesa do Nacional evitou sempre males maiores. Aos 77', Nuno Coelho também foi para o banho mais cedo, depois de receber o segundo amarelo numa entrada muito dura. O resultado não sofreu mais alterações e os alvinegros conseguiram alcançar um triunfo muito importante. Veremos se Caixinha terá alguma surpresa para apresentar nos próximos jogos dos insulares.

V. Guimarães 2 x 1 Rio Ave (N'Diaye 8', Nuno Assis 90'+7' p; João Tomás 45'+1')
No encontro entre os dois últimos classificados da Liga, a sorte acabou por sorrir ao V. Guimarães, que bateu o Rio Ave, por 2-1, graças a um golo polémico apontado já depois da hora. 

Os vimaranenses colocaram-se em vantagem logo aos 8 minutos, por N'Diaye, na recarga a um livre apontado por Toscano, que bateu no poste e sobrou para o defesa central. A equipa de Vila do Conde tentou reagir de imediato, com Nilson a evitar o golo com duas defesas de qualidade, mas foi o Vitória que esteve perto de aumentar a vantagem, aos 22', num remate de João Alves que embateu na barra. O guarda-redes vimaranense, um dos melhores em campo, voltaria a estar em evidência perto do intervalo, ao defender um remate de Atsu - o ganês rubricou uma excelente exibição - e logo depois um cabeceamento de João Tomás. Este que, já no tempo de compensação, igualou o marcador, na sequência de uma bela assistência de Tarantini. 

Nuno Assis ofereceu o triunfo aos vimaranenses, mesmo no cair do pano.
Na segunda parte, os vimaranenses entraram por cima, mas as melhores oportunidades pertenceram ao Rio Ave, sempre com belas respostas de Nilson. Nada fazia antever, por isso, o desfecho do encontro. Passavam já 7 minutos do tempo regulamentar, quando o árbitro, Carlos Xistra - que expulsou Vítor Gomes aos 86', por acumulação de amarelos -, assinalou uma grande penalidade duvidosa a favor do Vitória, por mão na bola de Tiago Pinto. Nuno Assis converteu o castigo máximo e tirou o Guimarães da última posição do campeonato, onde está agora o conjunto orientado por Carlos Brito.

UD Leiria 2 x 0 V. Setúbal (Bruno Moraes 33' p, Djaniny 44')
"Como diz um amigo, soube ter ranho no nariz, limpar com o dedo e depois limpar nas calças". Foi com estas palavras que Manuel Cajuda explicou a vitória dos leirienses na tarde deste Domingo, a segunda que obtém no comando técnico da equipa de Leiria. A equipa visitada entrou melhor no encontro, mas desde logo encontrou um guarda-redes sadino muito inspirado. Diego, com três defesas apertadas, evitou o golo leiriense até aos 33 minutos, momento em que Bruno Moraes inaugurou o marcador na conversação de uma grande penalidade, a castigar uma falta de Neca. 

O brasileiro Bruno Moraes voltou às boas exibições na Liga.
Os homens do Sado acusaram o golo, enquanto o Leiria começou então a criar várias situações perigosas. Aos 44', Djaniny materializou a pressão leiriense em golo, depois de uma excelente assistência de Bruno Moraes. No segundo tempo, Bruno Ribeiro, treinador sadino, lançou jogadores de ataque, mas as oportunidades de golo escassearam e a União conseguiu manter a vantagem no marcador. Com este triunfo, os leirienses ficam mais tranquilos na classificação, a um ponto do V. Setúbal, que está a atravessar uma fase muito irregular.

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