sexta-feira, dezembro 23, 2011

Taça de Portugal (Quartos-de-Final): Prenda arrancada à força!


Moreirense 2 x 2 Nacional [5 x 6 g.p.] (Fábio Espinho 49' p, Bruno Moreira 87'; Claudemir 2' p, Diego Barcellos 20')
Apesar do pior ter vindo depois, a verdade é que não foi preciso muito tempo para que o Nacional começasse bem cedo a carimbar a passagem às meias-finais da Taça de Portugal. Mas vamos por partes. Logo no primeiro minuto de jogo, Diego Barcellos testou o seu remate exterior obrigando o guarda-redes adversário a defender com dificuldade para canto.

E esse acabaria mesmo por revelar-se o momento em que a equipa madeirense começou a desatar o nó que estaria preparado pelo Moreirense, actual terceiro classificado na II Liga: Edgar Costa entregou curto para Oliver, com o avançado nacionalista a ser abalroado de forma ingénua por Pintassilgo, originando uma grande penalidade desnecessária. Na conversão, Claudemir não vacilou, deixando o Nacional em vantagem sem que o segundo minuto estivesse sequer concluído. Feito o mais difícil, a equipa orientada por Pedro Caixinha passou a jogar de forma confortável, esperando a reacção do Moreirense para, em contra-golpe, tentar 'matar' a eliminatória.

Edgar Costa foi expulso ainda na primeira parte do encontro.
Demonstrando uma tremenda eficácia atacante, o Nacional aumentou a vantagem à passagem do minuto 20 num forte remate sem preparação de Diego Barcellos, aproveitando um alívio deficiente da defensiva contrária. A partir daí bastava não complicar para garantir a passagem às meias-finais da Taça. No entanto - à semelhança do que se tem visto várias vezes ao longo da temporada -, o Nacional voltou neste jogo a mostrar a sua faceta mais masoquista, complicando o que todos julgavam fácil, embora, desta feita, as culpas não sejam exclusivamente suas, o árbitro também tem o seu nome no cartório. A cinco minutos do intervalo, Edgar Costa recebeu ordem de expulsão por alegada agressão a Fábio Espinho (o madeirense, infantilmente, deixou-se apanhar na teia de Espinho que simulou uma agressão), iniciando aí o suplício que os madeirenses tiveram que enfrentar.

Apesar do sofrimento, a noite foi de festa preto e branca em Moreira de Cónegos.
Um suplício que ganhou contornos ainda mais assinaláveis quando Stojanovic - no curto espaço de dois minutos - foi também expulso, oferecendo ainda ao Moreirense a possibilidade para reduziu o marcador, através da grande penalidade que Fábio Espinho não desperdiçou. Penálti que... não existiu! A partir daí só deu Moreirense e, com menos dois jogadores, Pedro Caixinha não pestanejou na tentativa de segurar a magra vantagem, colocando em campo Márcio Madeira e Elizeu nos lugares dos pouco inspirados Skolnik e Oliver. O Moreirense acreditava na reviravolta e o domínio que exercia deu frutos a três minutos do final, com Bruno Moreira a emendar no interior da área uma defesa incompleta de Vladan.

No prolongamento - e mesmo com menos dois - o Nacional fez por merecer evitar a lotaria das grandes penalidades. Todorovic e Diego Barcellos estiveram perto do golo, num período onde o Moreirense só cheirou o golo no último minuto, quando Neto atirou de cabeça à trave da própria baliza. Nas grandes penalidades não houve duas sem três e o Nacional chegou assim às meias-finais da Taça de Portugal.

Equipas apuradas para as Meias-Finais:
Liga Zon Sagres (3): Académica, Sporting e Nacional.
Liga Orangina (1): Oliveirense.

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