V. Setúbal 1 x 3 FC Porto (Meyong 75'; Janko 3', Fernando 26', Varela 79')
O FC Porto venceu facilmente fora o Vitória de Setúbal, num jogo em ritmo de quase jogo-treino, e que até deu para Vítor Pereira poupar alguns jogadores nucleares na segunda parte.
O golo madrugador de Janko, logo aos 3 minutos, de cabeça, a centro de João Moutinho, foi uma bênção para o FC Porto. Em vantagem logo desde o início, perante uma das equipas mais fracas - se não a mais fraca - da prova, os dragões puderam descansar do esforço que constituiu o embate de quinta-feira com o Manchester City. Sem ter de ir à procura do golo, o campeão nacional impôs o ritmo lento que lhe convinha.
Janko apontou o seu segundo golo na Liga. |
Com o jogo assim, competia ao Vitória de Setúbal ir em busca do empate. Mas a equipa mostrou na primeira parte por que não ganha desde setembro: defende pessimamente, o seu meio-campo é lento a executar e o ataque vive de Meyong, claramente jogador a mais para este Vitória. José Mota tem mesmo muito que fazer em Setúbal.
Embora jogando a passo, o FC Porto continuava a ser a equipa mais perigosa. E foi de forma natural que Fernando fez o 2-0, ao 26 minutos, a passe de Hulk. Pairava no ar um desfecho de goleada, mas a ganhar por dois o FC Porto desacelerou ainda mais. Até ao intervalo, o resto do jogo foi um longo bocejo.
Vitória tranquila dos dragões em Setúbal antes da deslocação a Manchester. |
O Vitória entrou melhor na segunda parte. Pior seria muito difícil. Ainda assim, sem importunar o FC Porto. Vítor Pereira aproveitou então para tirar do jogo Lucho, primeiro, Hulk (mau jogo do avançado, muito previsível e individualista) e Moutinho depois.
Aos 75 minutos aconteceu o melhor momento do jogo. Meyong, sempre ele, marcou através de um fantástico livre direto, sem hipóteses para Helton. Animou o Vitória de Setúbal, mas por pouco tempo. Varela matou o jogo quatro minutos depois, correspondendo a uma assistência primorosa de Cristián Rodriguez. Bastou ao FC Porto acelerar um pouco para arrumar de vez a questão.
Sporting 1 x 0 P. Ferreira (Ricardo 36' ag)
O Sporting regressou este domingo às vitórias na Liga Zon Sagres, graças a um magro triunfo, por 1-0, frente ao Paços de Ferreira. A estreia de Sá Pinto no comando técnico dos leões ainda não trouxe mudanças na qualidade de jogo dos leões, mas significou três pontos, indispensáveis para os adeptos ainda acreditarem na chegada ao terceiro lugar.
E a verdade é que o jogo não se afigurava fácil nos primeiros minutos. O Paços defendia bem, sem problemas em estacionar o autocarro à frente da área, e o Sporting não conseguia encontrar espaços. Ainda por cima, porque os leões só usavam o lado direito do terreno de jogo, à procura de João Pereira, Carrillo e Wolfswinkel, que também descaía para essa zona. O flanco oposto não existia, uma vez que Izmailov caía para o meio, à procura de espaço para poder mostrar o seu futebol.
A primeira situação de perigo aconteceu, paradoxalmente, para os homens de Henrique Calisto. Num dos poucos contra-ataques que não se perderam nas pernas de Rinaudo ou Elias, Michel, completamente isolado e com tempo para pensar de que forma iria enganar Rui Patrício, assustou-se e atirou ao lado.
Auto-golo de Ricardo valeu vitória leonina. |
Numa altura em que o Sporting falhava mais passes do que aqueles que acertava, estavam decorridos 36 minutos, aconteceu o golo, de forma caricata. Schaars marcou um livre do lado esquerdo, Cássio socou a bola contra o central Ricardo e a bola entrou devagar na baliza.
A segunda parte não foi muito diferente. O Paços mostrou um pouco mais, como lhe competia, chegou mais vezes à área de Rui Patrício, mas nunca aparentou ter capacidade para pôr em risco a vitória do Sporting. Exceção feita a um remate de Michel, aos 72 minutos, a que o internacional português correspondeu com a defesa da noite. Na origem da jogada esteve uma perda de bola em zona proibida de Anderson Polga. Nada de novo, portanto.
Van Wolfswinkel perdulário falhou uma grande penalidade. |
Antes, já Van Wolfswinkel tinha desperdiçado uma grande penalidade, o que a somar à falta de pontaria e de poder de choque revelados durante o jogo fizeram dele uma das unidades mais fracas do Sporting este domingo.
Sá Pinto fez as mesmas três substituições que efetuou em Varsóvia: entraram Carriço, Pereirinha e André Santos. E os três (Pereirinha em especial) mostraram que estão num momento de forma superior a muitos dos titulares. De resto, o jogo acabou como acabaram muitos no consulado de Domingos Paciência – com a sensação de que o Sporting joga muito menos do que a soma dos seus jogadores poderia fazer crer.
fonte: relvado.pt
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