Chegou ao fim mais uma edição da Liga portuguesa, que culminou com a conquista do 27.º título por parte do FC Porto. Com sete das oito partidas da última jornada a decidirem alguma coisa (título, Europa e manutenção), este acabou por ser um campeonato com emoção a vários níveis mesmo até ao final. Contudo, essa emoção permitiu, de alguma forma, mascarar um problema profundo do nosso futebol - a sua competitividade.
Os números não enganam. A diferença entre segundo e terceiro classificados foi a maior de toda a Europa (23 pontos). Em nenhuma das cinco principais ligas europeias a diferença foi superior a 9 pontos. Se juntarmos a isso o abismo orçamental que separa Porto e Benfica dos restantes clubes, constatamos que estamos perante um campeonato que no fundo são dois: o do título e o dos outros. Nem em países de domínio oligárquico como Espanha, a diferença entre os dois primeiros e as outras equipas foi assim tão grande.
Mesmo em Portugal, desde que foi introduzida a regra dos três pontos por vitória, nunca tal distância se tinha registado. É certo que parte da razão para estes números pode, eventualmente, residir no fraco desempenho do Sporting e no campeonato abaixo das expectativas por parte do Sporting de Braga. Contudo, nem isso contradiz a realidade dos números, nem garante que na próxima época esta diferença não se volte a registar.
O FC Porto terminou a Liga sem derrotas - em três épocas, a equipa portista perdeu apenas uma vez -, o Benfica apenas com uma. A continuar assim caminhamos para um inevitável questionamento da viabilidade do nosso campeonato para águias e dragões. Portugal começa a ser demasiado pequeno para estes clubes - tal como a Escócia é para o Celtic de Glasgow ou a Grécia para os dois grandes de Atenas.
DESTAQUES DA TEMPORADA:
MAIS:
P. Ferreira e Estoril, como não podia deixar de ser. Os pacenses realizaram a melhor temporada de sempre, fruto de um enorme trabalho do estreante Paulo Fonseca. O terceiro lugar, e respectivo acesso ao playoff da Liga dos Campeões, acabou por ser um prémio mais do que justo para a equipa da Mata Real, que apresentou um futebol consistente e atractivo. O mesmo aplica-se ao Estoril. A formação da Linha regressou à divisão principal e alcançou um brilhante 5.º lugar. Nota positiva também para o Rio Ave, que lutou pelo acesso europeu até à última jornada.
MENOS:
Nem a conquista da Taça da Liga disfarça a má época do SC Braga. António Salvador apostou em José Peseiro para dar um passo em frente, saiu-lhe o tiro pela culatra. É certo que as várias lesões que afectaram algumas das principais figuras contribuíram para a irregularidade demonstrada pela equipa arsenalista, ainda assim, o Braga estava obrigado a fazer mais e melhor, e a não concretização do objectivo milionário foi um rude golpe nas ambições bracarenses.
E que dizer da época do Sporting? Os leões terminaram com a pior classificação de sempre da sua história, graças aos muitos problemas que afectaram o clube de Alvalade. Esperemos que a nova direcção tenha condições para, a médio-longo prazo, recolocar a formação leonina no lugar que merece.
Mesmo em Portugal, desde que foi introduzida a regra dos três pontos por vitória, nunca tal distância se tinha registado. É certo que parte da razão para estes números pode, eventualmente, residir no fraco desempenho do Sporting e no campeonato abaixo das expectativas por parte do Sporting de Braga. Contudo, nem isso contradiz a realidade dos números, nem garante que na próxima época esta diferença não se volte a registar.
O FC Porto terminou a Liga sem derrotas - em três épocas, a equipa portista perdeu apenas uma vez -, o Benfica apenas com uma. A continuar assim caminhamos para um inevitável questionamento da viabilidade do nosso campeonato para águias e dragões. Portugal começa a ser demasiado pequeno para estes clubes - tal como a Escócia é para o Celtic de Glasgow ou a Grécia para os dois grandes de Atenas.
DESTAQUES DA TEMPORADA:
MAIS:
P. Ferreira e Estoril, como não podia deixar de ser. Os pacenses realizaram a melhor temporada de sempre, fruto de um enorme trabalho do estreante Paulo Fonseca. O terceiro lugar, e respectivo acesso ao playoff da Liga dos Campeões, acabou por ser um prémio mais do que justo para a equipa da Mata Real, que apresentou um futebol consistente e atractivo. O mesmo aplica-se ao Estoril. A formação da Linha regressou à divisão principal e alcançou um brilhante 5.º lugar. Nota positiva também para o Rio Ave, que lutou pelo acesso europeu até à última jornada.
MENOS:
Nem a conquista da Taça da Liga disfarça a má época do SC Braga. António Salvador apostou em José Peseiro para dar um passo em frente, saiu-lhe o tiro pela culatra. É certo que as várias lesões que afectaram algumas das principais figuras contribuíram para a irregularidade demonstrada pela equipa arsenalista, ainda assim, o Braga estava obrigado a fazer mais e melhor, e a não concretização do objectivo milionário foi um rude golpe nas ambições bracarenses.
E que dizer da época do Sporting? Os leões terminaram com a pior classificação de sempre da sua história, graças aos muitos problemas que afectaram o clube de Alvalade. Esperemos que a nova direcção tenha condições para, a médio-longo prazo, recolocar a formação leonina no lugar que merece.
MELHOR ONZE:
ONZE ALTERNATIVO:
MELHOR DEFESA:
MELHOR GOLO:
CLASSIFICAÇÃO:
GOLEADORES (TOP 10):
1.º Jackson Martínez (FC Porto) - 26 Golos
2.º Lima (Benfica) - 20
3.º Óscar Cardozo (Benfica) - 17
4.º Van Wolfswinkel (Sporting) - 14
5.º Meyong (ex-V. Setúbal) - 13
6.º Éder (SC Braga) - 13
7.º Edinho (Académica) - 13
8.º Ghilas (Moreirense) - 13
9.º Steven Vitória (Estoril) - 11
10.º James Rodríguez (FC Porto) - 10
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