quarta-feira, junho 30, 2010
terça-feira, junho 29, 2010
100 Verde-Rubros Anos - Capítulo IX, Parte 5
Último Título Regional Dentro das quatro linhas dos campos em que o Marítimo disputou a ‘outra’ batalha pela subida de divisão, as dificuldades não foram menores. Também conhecedores da importância do desfecho da prova, os adversários do Marítimo, naturalmente, empolgam-se na oposição ao clube. Mas o valor da equipa do Marítimo que se vinha impondo no panorama regional há várias épocas foi suficiente para alcançar o mais desejado de todos os títulos regionais até então disputados. A conquista deste título marcou o adeus do clube campeão da Madeira às provas regionais. Entre a alegria da concretização do sonho e tristeza do corte dos laços com as provas regionais, o Marítimo dá início ao ideal de se transformar de ‘campeão das ilhas’ num dos grandes de Portugal.
Na "Ligilla" A entrada na II divisão exigia a qualificação nos dois primeiros lugares da prova de competência entre a III e a II divisões. Na prova participam, além do Marítimo, União de Montemor, Sacavenense, Tramagal e Odivelas. No final da prova, o clube ocupa a terceira posição, com nove pontos, os mesmos que o segundo classificado e menos um que o primeiro, Tramagal e União de Montemor, respectivamente. Os verde-rubros foram ainda os melhores marcadores da prova e os que nela sofreram menos golos. Mas a classificação final não era suficiente para ascender à II divisão. Os resultados económicos desta ‘primeira aventura’ nacional, confirmando as expectativas dos dirigentes maritimistas foram claramente satisfatórios. Ultrapassam-se mesmo os objectivos iniciais, com um montante superior aos 800 contos realizados nos quatro jogos em ‘casa’.
Alargamento faz justiça Quando já estava assumido que o terceiro lugar conduziria a uma passagem pela III divisão nacional, o congresso da Federação decide aumentar o número de clubes da II divisão. Desta decisão resulta a ‘repescagem’ do Marítimo para o escalão secundário. O Marítimo merecia este desfecho. E no arranque para a sua participação no campeonato, o entusiasmo que percorre a generalidade dos madeirenses vai sendo dirigido para o sonho de alcançar, o mais rapidamente possível, a I divisão.
domingo, junho 27, 2010
100 Verde-Rubros Anos - Capítulo IX, Parte 4
Aval laça Polémica Tudo a postos para o congresso federativo a que já nos referimos. A 26 de Agosto e a 9 de Setembro de 1972, a proposta da Associação de Futebol do Funchal é votada favoravelmente pelos congressistas. Com uma ‘ligeira adenda’ – essa aprovação ficou sujeita à aceitação de apresentação de aval que cubra os montantes envolvidos na participação madeirense. É uma questão levantada à última hora. Artur Agostinho, o delegado da Associação no congresso federativo, assume-a. Sob pena de deixar que a porta entreaberta se fechasse rapidamente. Esclareça-se ainda que este aval, pelas normas em vigor, só podia ser apresentado pela Associação, única entidade que se relaciona directamente com a Federação.
Descontentamentos Esta circunstância é rispidamente criticada por vários clubes madeirenses, que questionam a legitimidade da Associação – principalmente do seu delegado – para assumir tais responsabilidades, para mais sem consulta de todos os filiados. Entre as diversas posições, a do Nacional vai mais longe e, ultrapassando as tais normas que impõem que as relações dos clubes com a Federação se processem através da respectiva Associação, telegrafa à Federação pedindo esclarecimento sobre a validade do aval prestado pelo delegado da Associação no congresso. Por seu turno, Sporting da Madeira, União, Nacional, Santacruzense, Machico, Bom Sucesso, Ribeira Brava, Pátria e Lazareto subscrevem o pedido de uma assembleia geral da Associação. O objectivo dos seus dirigentes é que a Associação não assuma qualquer compromisso com a participação de qualquer clube madeirense em provas nacionais.
Marítimo Concorda As reacções dos diversos clubes madeirenses tinham diferentes matizes. Mas no ponto essencial, o Marítimo estava de acordo com os seus pares regionais e declara-o claramente. Assim: "este clube não pode de modo algum deixar de aceitar como bem ponderada e prudente a restrição deliberada pela maioria dos clubes filiados na AFF, na medida em que vêem acautelar aquele organismo de possíveis prejuízos resultantes da actividade de um deles apenas"… Esta posição servia de base à pretensão, exposta à Federação, do Marítimo substituir o referido aval da Associação por uma responsabilidade efectiva de elementos a indicar pelo clube, através de garantia bancária, cujo montante seria acordado entre as partes. A Federação limita-se a informar que não tem competência para alterar as deliberações do congresso, bem como que o assunto tem de ser resolvido entre a Associação do Funchal e os seus filiados.
sábado, junho 26, 2010
100 Verde-Rubros Anos - Capítulo IX, Parte 3
Este trabalho deu frutos. E, através de ofício da Associação, datado de 24 do mesmo mês, os clubes tomam conhecimento de que o presidente e os secretário-geral da Federação tinham concordado com as pretensões dos clubes madeirenses. Esclarecia-se, depois, um ‘pequeno pormenor’: as passagens do percurso Funchal-Lisboa-Funchal e Lisboa- Funchal-Lisboa seriam sempre da responsabilidade do clube que disputasse o campeonato da III divisão. Isto é – para entrar na prova nacional era indispensável pagar a sua deslocação para o continente e assumir idênticos encargos em relação aos clubes continentais.
Marítimo Assume Era uma exigência inqualificável, mas a única em aberto. Daí que o Marítimo decida, a 10 de Dezembro, informar que aceita essa condição, na certeza de que, assim procedendo, estaria a disponibilizar o seu contributo à maior aspiração do futebol madeirense. No dia em que aspirava o prazo estabelecido pela Associação para resposta dos interessados às condições avançadas pelos dirigentes federativos, a Associação recebeu, da parte do Nacional, a informação de que o clube decidira participar no campeonato da III divisão. Não era a resposta solicitada. A questão era saber-se se os pretendentes às provas nacionais aceitavam pagar a exigência de pagamento da totalidade das viagens. Tanto mais que a própria Associação, depois de ter dado conhecimento da posição do Marítimo à Federação, tinha solicitado que outras despesas (estadia e transportes das equipas continentais no Funchal, bem como deslocação e estadia da arbitragem) fossem cobertas por fundos federativos.
Federação Exige Da posição dos dois clubes é dado conhecimento à Federação. A 24 de Janeiro de 1972, fica-se a saber que a instituição que manda no futebol nacional vê com ‘atenção e carinho’ a extensão de uma prova nacional de futebol à «Pérola do Atlântico». Palavras bonitas, que chocavam com a ideia de que as propostas madeirenses ainda careciam de melhor apuramento antes de ser presentes a congresso. Os estudos do secretário - -geral da Federação, complementados pelos realizados na Associação, apontam para um encargo de participação a atingir um montante global ligeiramente superior aos 1200 contos. Que os clubes interessados deviam assumir…
Prazo Certo … até às 18H00 do dia 21 de Fevereiro, passados que estariam vinte dias sobre a divulgação desses mesmos estudos. O Marítimo volta a assumir as posições de sempre. Confiantes e audazes, os dirigentes do clube esclarecem, na mesma missiva, que aceitam todo o condicionalismo que for julgado necessário para que possa ser aprovado superiormente o seu ingresso no campeonato nacional de qualquer divisão. O Nacional informa que aceita as condições impostas para a sua futura entrada na prova em questão.
quinta-feira, junho 24, 2010
100 Verde-Rubros Anos - Capítulo IX, Parte 2
Reacção Contrária A publicação do teor das posições verde-rubras na comunicação social madeirense gera reacções do Nacional, do União e do Sporting da Madeira. Reagem negativamente aos propósitos do Marítimo e defendem que a Associação deveria formalizar junto da Federação as suas posições. Basicamente, estes clubes pretendem que a Associação efectue diligências junto das instâncias federativas, no sentido dos clubes locais disporem de acesso a provas nacionais em igualdade de circunstâncias com os clubes das associações continentais. Cumprindo o mais elementar dever de equidistância no tratamento dos seus filiados, a Associação faz seguir as missivas para a Federação, respeitando a ordem de chegada das mesmas: primeiro a do Marítimo, depois a dos restantes clubes.
Primeiro Sinal A 6 de Janeiro de 1970 a Federação responde às comunicações da Associação. Era indispensável que fosse apresentada, subscrita pela entidade gestora do futebol madeirense, uma proposta concreta, a ser discutida no Congresso federativo. Era um primeiro sinal. A Associação, por força regulamentar, detinha as maiores responsabilidades no andamento do processo. Daí que solicite aos clubes, no final do mês, um estudo financeiro sobre a pretendida participação. O Marítimo responde a 6 de Fevereiro. Avança com novas ideias sobre o apuramento da representação e garante-se, no caso de ser o apurado, uma receita de cem contos, suficientes para suportar a despesa da sua deslocação ao continente. O União responde a 7 de Março. Volta a manifestar interesse em participar nos campeonatos nacionais da III divisão, mas entende que os estudos referentes à dita participação deviam ser elaborados pela Associação. Até 20 de Março, é sabido que Nacional e Sporting não tinham respondido à Associação.
Ponto Morto Foi preciso esperar mais de um ano para que o assunto voltasse a ser debatido, em boa parte por iniciativa da nova direcção associativa, eleita em Julho de 1971 e que tem a liderança de Jaime dos Anjos Melim. Organiza-se nova reunião para debater o assunto. O objectivo é expor aos filiados a situação que poderia ser criada pela possível aceitação, por parte do congresso da Federação, da entrada de um representante da Madeira no campeonato nacional da III divisão. Seguiu-se novo encontro, com o mesmo propósito, a meados de Novembro. As posições das diversas entidades envolvidas e as alternativas possíveis iam ficando mais claras.
terça-feira, junho 22, 2010
100 Verde-Rubros Anos - Capítulo IX, Parte 1
Subida a Pulso Para que ficasse garantido no plano regulamentar – no congresso da Federação – e dentro de campo – por via da conquista do título de campeão da Madeira da época 1972/73 – o direito à disputa do acesso à II divisão nacional, o Marítimo enfrentou a oposição dos adversários madeirenses potencialmente interessados em alcançar idêntico patamar. Dessa oposição resultarão contratempos e dificuldades com que o clube contava, mas cujas consequências tiveram o condão de tornar o processo ainda mais complexo. O Marítimo adoptou uma posição cautelosa junto das entidades desportivas regionais e nacionais, marcada essencialmente pela permanente disposição para negociar o melhor acordo possível. Olhando além das razões que lhe assistiam, o clube soube entender que se impunha laborar nos ténues limites tolerados pelos detentores da capacidade final de decisão. O espaço de manobra era curto. Em contraponto, o crescente entusiasmo da massa associativa pela solução que se aproximava, bem como as potencialidades que esse entusiasmo deixava antever, constituirão um forte alento para que não se esmoreça perante sucessivas barreiras e armadilhas. Aponte-se, por fim, as dificuldades advindas de ser ‘proibido’ falhar. A posição final a ocupar (III ou II divisão) dependia da prestação de uma equipa que está ‘condenada’ a vencer. Esta era uma condicionante nova – já não se tratava de replicar da melhor maneira às turmas continentais, sem qualquer consequência que não fosse o resultado do jogo em si mesmo. Agora era mais que isso: era imperioso não falhar. A entrada na II divisão fica comprometida com os resultados obtidos. Será o alargamento deste escalão, decidida por razões de todo alheias aos interesses do Marítimo, que colocará o clube nesse campeonato, a partir da época 1973/74. Até que aconteça, passadas quatro épocas, a subida à divisão maior do futebol português, registe- se quanto custou lá chegar.
Representação Corajosa A representação dos interesses do futebol madeirense junto da Federação Portuguesa de Futebol vinha contando, desde meados de 1972, com um novo e distinto intérprete – Artur Agostinho. Homem prestigiado da televisão e da rádio nacionais, à data director do ‘Record’, reconhece-se-lhe, apesar de não ser madeirense, capacidade para defender com independência e rigor as posições da Associação de Futebol do Funchal junto do poder desportivo central. Na sua primeira participação num congresso federativo, o novo delegado ‘madeirense’ defende de forma inteligente as posições e propostas da Associação do Funchal, conduzindo as decisões da reunião para uma solução que, por cá, é entendida como uma vitória – o campeão da Madeira da época 1972/73 disputará a ‘liguilla’ III/II divisões, tendo direito a, na época seguinte, participar no campeonato nacional da divisão que a classificação na prova ditar.
Todos Habilitados Os clubes da divisão de honra do futebol madeirense ficam, assim, todos habilitados à disputa do acesso às provas nacionais. Era a solução possível, apesar de ter sido o Marítimo que declarara inequivocamente e desde sempre a sua total disponibilidade para se integrar nessas provas. Mesmo que tivesse de começar pela III divisão, o clube estava disposto a correr o risco de uma integração modesta, distante da consideração que entendia merecer o seu historial e mais arriscada do ponto de vista das receitas a realizar. Esta era uma posição de fundo, genuína, sincera. O Marítimo nem pretende que essa sua participação seja aceite como ‘uma representação da Madeira’. O que se pretende é que o clube possa exercer o direito de ser mais um dos clubes concorrentes a essas provas nacionais. Era a assunção clara de se afirmar com dimensão nacional.
Aliança N-S-U Mas era também a resposta às promessas, nunca concretizadas, de fusão dos outros três clubes funchalenses que participavam na divisão de honra do futebol madeirense – Nacional, Sporting e União. Os adeptos do futebol ‘brincam’ com semelhança da sigla do prometido ‘NSU’ e a marca de um automóvel ligeiro que, no momento, está em alta… O Marítimo não se opõe a esse objectivo dos seus rivais – apenas não lhes reconhece o pretendido estatuto de ‘clube representativo’. A eventual participação do ‘NSU’ em provas nacionais, ou a participação de qualquer outro clube, devia ser sempre entendida como a de mais um concorrente, neste caso da Madeira, às ditas provas.
North Korea is best Korea! - Part II
North Korea is best Korea! - Part I
segunda-feira, junho 21, 2010
Mundial' 2010 - M.V.P. - Matchday 10
Paraguai 2 x 0 Eslováquia
Vera 27', Riveros 86'
domingo, junho 20, 2010
100 Verde-Rubros Anos - Capítulo VIII, Parte 9
Abril recebe o Belenenses, de novo por conta do centro Paroquial de Fátima. Um empate (2-2) e nova derrota por 4-0 foram os resultados. Na festa de despedida do guardaredes Sebastian Sanchez Grisanela, o guarda-redes canariano que defende a baliza do Marítimo há seis anos, registam- se dois confrontos (19 e 21 de Junho) com o Las Palmas. As duas partidas pautam-se pelo equilíbrio e acabam empatados com números iguais: 2-2. Rui Rodrigues, da Académica, e Lemos, do Porto, devidamente autorizados pelos respectivos clubes, abrilhantam o cartaz, alinhando pelo Marítimo.
A 19 de Setembro de 1971, praticamente dois anos depois do líder do Governo da República, Marcelo Caetano, ter visitado a Madeira e entregue ao Marítimo a taça com o seu nome, mercê da vitória sobre o Nacional, por 2-1, é a vez de Américo Tomáz, visitar a Madeira. O então Chefe de Estado aproveita a oportunidade para impor no estandarte verde-rubro a insígnia de ‘Membro Honorário da Ordem de Benemerência’, com que o clube fora agraciado por proposta do Governo nacional. Momento tão solene justificava um grande encontro de futebol. Solicita-se que o Benfica salde a dívida. Os lisboetas trazem aos Barreiros algumas das suas principais estrelas (Humberto Coelho, Shéu) em conjunto com reservistas, mas conseguem impor um 2-0 indiscutível.
A época seguinte (1972/73) traz a última participação do Marítimo nas provas regionais com a sua equipa de honra – a deliberação da Federação Portuguesa de Futebol no sentido do campeão da Madeira disputar, no final da época, a ‘liguilla’ III/II Divisões, abre caminho à concretização do sonho maritimista. Como se fosse a mais merecida festa de despedida do campeoníssimo da sua terra- -mãe, a 16 de Maio de 1973 realiza-se nos Barreiros, perante 16 mil espectadores, um novo Marítimo – Benfica. Desta vez, honrando finalmente os antigos compromissos perante aquele que, em breve, será parceiro regular de disputas nacionais, os benfiquistas apresentam- se no Funchal na máxima força. E impõem um 4-0 construído por ‘Eusébio e companhia’ … O resultado não assusta os maritimistas. Estavam já assumidas as responsabilidades (as normais e as impostas) e o ingresso nas provas nacionais era irreversível. Nesta caminhada final vai destacar-se a capacidade de iniciativa do Marítimo e a assunção dos riscos que só um passado glorioso e uma grande confiança no futuro podiam alimentar.
Mundial' 2010 - M.V.P. - Matchday 9
Não foi possível apurar o M.V.P. da World Tahiti Cup neste dia.
sábado, junho 19, 2010
Feliz Aniversário!
A entrada de um concorrente do sexo feminino na Liga Tahiti foi deveras polémica. Filipa Correia chegou, viu e acabou em segundo lugar tanto na Liga como na Taça Tahiti, deixando atrás de si na classificação 13 homens, não deve ter caído bem a muita barba tahitiana.
sexta-feira, junho 18, 2010
Mundial' 2010 - M.V.P. - Matchday 8
Alemanha 0 x 1 Sérvia
Jovanovic 38'
DONOVAN (USA)
Eslovénia 2 x 2 Estados Unidos da América
Birsa 13', Ljubijankic 42'; Donovan 48', Bradley 82'
3. Ashley
COLE (ENG)
Inglaterra 0 x 0 Argélia
3. Jorge
CORREIA (TAH)
36 Pts (WCT)
Mundial'2010 - Inglaterra 1 x 1 EUA
Inglaterra 1 x 1 Estados Unidos da América
quinta-feira, junho 17, 2010
Tahiti World Cup - Classificação - Jornada 1
Mundial' 2010 - M.V.P. - Matchday 7
Park C.Y. 17' (AG); Higuain 33', 76' 80'; Lee C.Y. 45+1'
Salpingidis 44', Torosidis 71': Uche 16'
FREITAS (TAH)
35 Pts (WCT)
Mundial' 2010 - M.V.P. - Matchday 6
100 Verde-Rubros Anos - Capítulo VIII, Parte 8
Sporting e Benfica fazem parte deste lote de equipas que o Marítimo foi enfrentando. Ambos apresentamse no Funchal em missão de solidariedade – as receitas dos jogos destinam- se às obras do centro Paroquial de Fátima. A 9 de Março de 1969, os ‘leões’ de Lisboa, com uma equipa recheada de ‘vedetas’ do futebol nacional (Damas, Hilário, Pedro Gomes, Chico, Marinho, etç), impõem um derrota por 5-0. O Marítimo falha duas grandes penalidades e quem assistiu ao jogo fica com a sensação de que os números finais são exagerados… … e susceptíveis de correcção, como acontecerá frente ao Vitória de Guimarães, na Páscoa seguinte. 3-1 e 2-0 sobre uma das mais fortes equipas continentais da época, são alento para novas provas.
Seguem-se, já no início da época 1969/70 uma derrota (1-0) e um empate (1-1) com o Barreirense, resultados equilibrados com uma vitória (2- 1) e um empate (0-0) com o Varzim, à data (Dezembro de 1969) terceiro classificado do campeonato nacional. Finalmente, o Benfica. 29 de Março de 1970. Marítimo, 2 – Benfica, 2; na desforra, dois dias depois, os lisboetas mandam vir três jogadores que tinham ficado na capital (Torres, Raul Águas e Matine) e impõem um 2-0. Experiências gostosas, animadoras, que enchem de orgulho e esperança todos os maritimistas. No caso do Benfica, esclareça-se que estes jogos ainda não têm nada a ver com a ‘dívida’ pelas transferências de Nelson e Feliciano. A receita da partida voltou a ter como destino o Centro Paroquial de Fátima.
A orientação está traçada e aponta para a preparação da equipa com adversários de nível nacional. Por aí se iam acumulando receitas importantes e, igualmente, preparando a futura participação nacional. No início da época 1970/71, acontece o ‘triangular’ Marítimo - Nacional – Boavista; o melhor resultado madeirense é a derrota tangencial do Marítimo (3-2) com os forasteiros. Janeiro de 71 traz quatro partidas. As duas primeiras acabam com vitórias do Farense (3-2 e 1-0); as últimas duas acontecem frente ao Olimpique de Lyon; na primeiro confronto, o Marítimo integra Petita, mas não impede a derrota (2-1), imposta pelo adversário, reforçado pelo ex-benfiquista Coluna; no último, as duas ‘vedetas’ alinham pelos verde-rubros e a derrota é de novo tangencial, mas mais magra: 1-0. Março seguinte oferece futebol dinamarquês. O Nykobing empata a uma bola, mas impõe derrota pesada no último encontro (4-0), fazendo valer um poderio atlético a que os verde-rubros não estavam habituados.
quarta-feira, junho 16, 2010
Mundial' 2010 - M.V.P. - Matchday 5
terça-feira, junho 15, 2010
Cláusula de Rescisão - 60 Milhões de Euros
100 Verde-Rubros Anos - Capítulo VIII, Parte 7
A reconquistada supremacia no futebol regional coloca ao Marítimo confrontos com as mais fortes equipas continentais – para a Taça de Portugal, ficará célebre a eliminação da poderosa formação do Leixões, na época 1967/68. Mas as provas dentro de campo não eram suficientes. E a porta que se abria para a admissão de um clube madeirense no campeonato nacional eram as da III Divisão. O Marítimo entendia merecer mais, embora para tal não quisesse ser mais que o Marítimo de sempre. Por isso, no jantar comemorativo do 58º aniversário do clube (1968), Adelino Rodrigues, historia a vida da colectividade, caracteriza a sua mística e esclarece que "o Marítimo, por tudo quanto tem realizado em prol do desporto é um clube único, o que não significa ser «o clube único»". A subtileza marca o distanciamento em relação às propostas de fusão das equipas da divisão de honra do futebol madeirense, sugerida por diversos sectores desportivos. A repulsa pela ideia ‘fusionista’ percorre a colectividade verde-rubra e destaca o clube dos principais rivais.
Ao mesmo tempo que desenvolve uma série de iniciativas que visam a entrada na II divisão nacional, o Marítimo mantém intensa actividade da sua equipa de Honra, trazendo à Madeira os principais clubes nacionais. Em Outubro de 1968 bate o primodivisionário Atlético por 2-1. Dezembro do ano seguinte é o momento da recepção ao Grupo Desportivo da CUF, uma das mais fortes equipas portuguesas do momento. Uma derrota (0-1) e um empate (1-1) forçam o treinador da formação continental a admitir:
"A vitória (no primeiro jogo) cairia bem ao Marítimo, que foi sem dúvida alguma a melhor equipa sobre o terreno. Surpreendeu-me deveras esta equipa que tem uma capacidade técnico-física superior a algumas equipas continentais. (...) O Marítimo tem equipa não só para a 2ª divisão nacional, como também para a 1ª, pois como atrás disse, há lá equipas que não valem metade".
Porém, na noite da passagem desse ano, em confronto com a Académica, a formação verde-rubra, menos habituada que os ‘estudantes’ a jogar em ambiente invernosos, consente uma derrota por 5-1. A receita de bilheteira – praticamente nula – é tão amarga como a derrota. Tudo parece diluviano, nesse fim de ano de intempérie tão forte que obriga a adiar a queima de fogo e os paquetes que deviam presenciar a passagem de ano do Funchal rumam para Canárias. Os prejuízos ‘sugam’ as receitas angariadas nos jogos com a CUF, no início do mês. Mas é preciso manter a caminhada de confronto com as formações continentais, ir medindo a valia real da equipa, na certeza de que está para breve o momento em que se abrirá a porta das provas nacionais.