Passos Finais As posições de Marítimo e Nacional permitiram a elaboração, pela Associação de Futebol, de uma proposta, a ser apresentada ao congresso federativo, na qual tem particular relevância o assumir da responsabilidade do pagamento das deslocações dos clubes continentais à Madeira. Tudo bem ‘espremido’, os únicos benefícios para os madeirenses advinham da única porta que fora aberta (leia-se: ligeiramente entreaberta) a nível nacional – as deslocações terrestres no continente poderiam correr por conta do mesmo ‘Fundo de Deslocação’ que protegia os clubes continentais em idênticas circunstâncias. O resto era tudo a pagar pelos madeirenses – até as deslocações das equipas de arbitragem à Ilha. Na linha de sempre, o Marítimo assume tudo. O seu presidente, secretário e tesoureiro assinam um termo de responsabilidade perante a Associação. Fica estabelecida a obrigação de cobertura de eventuais prejuízos – se das receitas dos jogos, que ficariam em poder da Associação, não fosse possível liquidar os encargos assumidos, nos três dias seguintes ao jogo o clube teria que cobrir a diferença junto da tesouraria associativa.
Aval laça Polémica Tudo a postos para o congresso federativo a que já nos referimos. A 26 de Agosto e a 9 de Setembro de 1972, a proposta da Associação de Futebol do Funchal é votada favoravelmente pelos congressistas. Com uma ‘ligeira adenda’ – essa aprovação ficou sujeita à aceitação de apresentação de aval que cubra os montantes envolvidos na participação madeirense. É uma questão levantada à última hora. Artur Agostinho, o delegado da Associação no congresso federativo, assume-a. Sob pena de deixar que a porta entreaberta se fechasse rapidamente. Esclareça-se ainda que este aval, pelas normas em vigor, só podia ser apresentado pela Associação, única entidade que se relaciona directamente com a Federação.
Descontentamentos Esta circunstância é rispidamente criticada por vários clubes madeirenses, que questionam a legitimidade da Associação – principalmente do seu delegado – para assumir tais responsabilidades, para mais sem consulta de todos os filiados. Entre as diversas posições, a do Nacional vai mais longe e, ultrapassando as tais normas que impõem que as relações dos clubes com a Federação se processem através da respectiva Associação, telegrafa à Federação pedindo esclarecimento sobre a validade do aval prestado pelo delegado da Associação no congresso. Por seu turno, Sporting da Madeira, União, Nacional, Santacruzense, Machico, Bom Sucesso, Ribeira Brava, Pátria e Lazareto subscrevem o pedido de uma assembleia geral da Associação. O objectivo dos seus dirigentes é que a Associação não assuma qualquer compromisso com a participação de qualquer clube madeirense em provas nacionais.
Marítimo Concorda As reacções dos diversos clubes madeirenses tinham diferentes matizes. Mas no ponto essencial, o Marítimo estava de acordo com os seus pares regionais e declara-o claramente. Assim: "este clube não pode de modo algum deixar de aceitar como bem ponderada e prudente a restrição deliberada pela maioria dos clubes filiados na AFF, na medida em que vêem acautelar aquele organismo de possíveis prejuízos resultantes da actividade de um deles apenas"… Esta posição servia de base à pretensão, exposta à Federação, do Marítimo substituir o referido aval da Associação por uma responsabilidade efectiva de elementos a indicar pelo clube, através de garantia bancária, cujo montante seria acordado entre as partes. A Federação limita-se a informar que não tem competência para alterar as deliberações do congresso, bem como que o assunto tem de ser resolvido entre a Associação do Funchal e os seus filiados.
Aval laça Polémica Tudo a postos para o congresso federativo a que já nos referimos. A 26 de Agosto e a 9 de Setembro de 1972, a proposta da Associação de Futebol do Funchal é votada favoravelmente pelos congressistas. Com uma ‘ligeira adenda’ – essa aprovação ficou sujeita à aceitação de apresentação de aval que cubra os montantes envolvidos na participação madeirense. É uma questão levantada à última hora. Artur Agostinho, o delegado da Associação no congresso federativo, assume-a. Sob pena de deixar que a porta entreaberta se fechasse rapidamente. Esclareça-se ainda que este aval, pelas normas em vigor, só podia ser apresentado pela Associação, única entidade que se relaciona directamente com a Federação.
Descontentamentos Esta circunstância é rispidamente criticada por vários clubes madeirenses, que questionam a legitimidade da Associação – principalmente do seu delegado – para assumir tais responsabilidades, para mais sem consulta de todos os filiados. Entre as diversas posições, a do Nacional vai mais longe e, ultrapassando as tais normas que impõem que as relações dos clubes com a Federação se processem através da respectiva Associação, telegrafa à Federação pedindo esclarecimento sobre a validade do aval prestado pelo delegado da Associação no congresso. Por seu turno, Sporting da Madeira, União, Nacional, Santacruzense, Machico, Bom Sucesso, Ribeira Brava, Pátria e Lazareto subscrevem o pedido de uma assembleia geral da Associação. O objectivo dos seus dirigentes é que a Associação não assuma qualquer compromisso com a participação de qualquer clube madeirense em provas nacionais.
Marítimo Concorda As reacções dos diversos clubes madeirenses tinham diferentes matizes. Mas no ponto essencial, o Marítimo estava de acordo com os seus pares regionais e declara-o claramente. Assim: "este clube não pode de modo algum deixar de aceitar como bem ponderada e prudente a restrição deliberada pela maioria dos clubes filiados na AFF, na medida em que vêem acautelar aquele organismo de possíveis prejuízos resultantes da actividade de um deles apenas"… Esta posição servia de base à pretensão, exposta à Federação, do Marítimo substituir o referido aval da Associação por uma responsabilidade efectiva de elementos a indicar pelo clube, através de garantia bancária, cujo montante seria acordado entre as partes. A Federação limita-se a informar que não tem competência para alterar as deliberações do congresso, bem como que o assunto tem de ser resolvido entre a Associação do Funchal e os seus filiados.
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