"Não está Pelé, estou cá eu". Foi deste modo que Garrincha avisou os adversários para o que se avizinhava. O mais fantástico driblador da história do futebol teve no Chile 1962 o seu grande momento de glória. Sem o Rei, lesionado na segunda jornada da primeira fase frente à Checoslováquia, chamou a si a responsabilidade de comandar a canarinha, e não se deu mal, decidindo muitas vezes sozinho os encontros. Como maior de vários exemplos, surge o inesquecível desempenho no jogo das meias finais frente ao anfitrião Chile. No total do campeonato, marcou somente quatro golos, mas esteve directamente ligado à totalidade dos 14 apontados pela equipa. Dessa forma, não é exagero dizer que, se quatro anos antes, o Brasil ficou a dever ao aparecimento de Pelé a conquista do título mundial, então em 1962 só bisou porque teve Mané Garrincha ao seu melhor nível. Do melhor que alguma vez se viu um jogador fazer na história dos campeonatos do mundo.
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