Hristo Stoichkov é certamente, a par do Roberto Baggio, um dos meus jogadores preferidos de sempre. Na escola quando jogávamos à bola no recreio encarnava-mos sempre um personagem do mundo do futebol, lembro-me que escolhia sempre o Stoichkov. Para além dos poderosos lançamentos laterais, o búlgaro era dono de um pé esquerdo fabuloso, embora parecesse ter um aspecto desequilibrado no terreno de jogo, o avançado tinha um poder de precisão elevado que fazia dele um dos melhores goleadores europeus no início dos anos 90. Foi inesquecível o seu contributo na equipa da Bulgária do Mundial 1994, ninguém dava nada por aqueles jogadores do leste europeu, mas acabariam por alcançar um honroso 4.º lugar.
O motivo para ele ser o meu jogador favorito da época, e para além de ser jogador do Barcelona, tinha pouco a ver com a sua técnica. Já nos tempos em que representava o CSKA Sofia, Stoichkov era conhecido pelo seu carácter temperamental. Em 1985, apenas com 19 anos, o búlgaro foi suspenso durante um ano, por ter soqueado o guarda-redes adversário. Em Barcelona, no seu primeiro clássico frente ao Real Madrid agrediu um árbitro, o resultado foram mais dois meses de castigo. E prefiro não referir os problemas que teve com o seu colega Romário e o treinador Johan Cruijff.
Depois de ter dado muito ao clube catalão, inclusive uma Liga dos Campeões, Stoichkov acaba por ser dispensado pelo criador da Dream Team, Cruijf, em 1995. Após uma curta passagem por Itália regressa a Barcelona, mas não voltaria a calçar com tanta regularidade, devido a um miúdo fenómeno chamado... Ronaldo. O fim de carreira foi marcado pelas passagens pela Arábia Saudita, Japão e Estados Unidos. Deixou saudades.
CARREIRA:
1982 a 1984 - Hebros Harmanli (BUL)
1984 a 1990 - CSKA Sofia (BUL)
1990 a 1995 - Barcelona (ESP)
1995 a 1996 - Parma (ITA)
1996 a 1998 - Barcelona (ESP)
1998 a 1998 - CSKA Sofia (BUL)
1998 a 1998 - Al-Nassr (SAU)
1998 a 1999 - Kashiwa Reysol (JAP)
2000 a 2002 - Chicago Fire (JAP)
2003 a 2004 - DC United (EUA)
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