domingo, setembro 25, 2011

Liga Zon Sagres (Jornada 6): Danilo aquece o Caldeirão


Marítimo 2 x 1 V. Guimarães (Danilo Dias 3' e 75'; Freire 72')
Quatro vitórias consecutivas, quarto lugar, a apenas 1 ponto dos líderes do campeonato. É o resultado do triunfo obtido pelo Marítimo nesta jornada 6, após bater o V. Guimarães por 2-1. Danilo Dias foi a grande figura da partida, com uma exibição de encher o olho e com um "bis" que resolveu o jogo no Caldeirão.

Que grande partida de futebol, a que encerrou a tarde desportiva de Domingo. Golos, emoção, sofrimento e um vencedor, na circunstância o Marítimo que, deste modo, igualou o melhor registo de vitórias consecutivas na Liga (quatro) e reconquistou a 4.ª posição, apenas a 1 ponto da "troika" formada por FC Porto, Benfica e Sp. Braga. Os verde-rubros tiveram uma entrada de leão, com um golo apontado por Danilo Dias logo aos 3 minutos, depois de um belo passe de Olberdam. Motivado com a vantagem, o Marítimo arrancou para uma excelente primeira parte, frente a um Vitória sem reacção, sem ideias e sem conseguir chegar à baliza maritimista.

Danilo Dias estreou-se a marcar no Estádio dos Barreiros.
A segunda parte apresentou um Vitória bem mais forte, mas até foi o Marítimo a criar a primeira oportunidade de golo, com Sami a rematar à barra. Os vimaranenses carregaram em busca do empate, Peçanha esteve em grande plano aos 51 minutos, quando defendeu com classe um remate desferido por Edgar. A emoção subiu e o conjunto da cidade berço chegou à igualdade na sequência de um pontapé de canto (72'): Freire desviou com sucesso, perante uma defesa maritimista algo apática. Mas a reacção dos homens da casa não se fez esperar. Sami carregou pela ala esquerda e Danilo Dias, num belo pontapé de ressaca, repôs a vantagem para a equipa madeirense. Até ao final, o Vitória tentou ainda empatar e por duas vezes esteve perto de conseguir, com duas bolas nos postes, mas a sorte protegeu os verde-rubros. 

O Marítimo partiu para esta Liga com poucos créditos, mas neste momento assume-se como a grande revelação do campeonato, fruto de uma grande coesão de grupo, humildade e, sobretudo, de muito trabalho. O leão do Almirante Reis voltou a rugir bem alto, deixando o Caldeirão a ferver de alegria.

Olhanense 2 x 1 U. Leiria (Wilson Eduardo 22', Figueroa 53'; Diego Gaúcho 82')
O Olhanense obteve finalmente a primeira vitória caseira, ao derrotar o "aflito" conjunto de Leiria por 2-1. A partida de Olhão começou muito morna, com as duas equipas a revelarem muita dificuldade em criar situações de apuro na defesa adversária. O conjunto algarvio revelou muita eficácia quando inaugurou o marcador, aos 22 minutos, na primeira grande jogada do encontro: Dady assistiu Wilson Eduardo, para este facturar um golo de bandeira. Aos 40 minutos, uma joelhada involuntária de Edson na cabeça de Salvador Agra causou momentos de aflição e obrigou à interrupção do jogo durante 10 minutos: o jogador caiu inconsciente, sofreu convulsões, mas recuperou já a caminho do hospital.

Algarvios eficazes conquistam o primeiro triunfo caseiro.
A etapa complementar arrancou com um belo lance de futebol, com o guarda-redes Fabiano a defender com grande classe um "pontapé de bicicleta" de Maykon (49'). Na resposta, o Olhanense aumentou a vantagem através de Figueroa (53'), revelando novamente extrema pontaria na hora de finalizar. A turma de Leiria tomou conta do jogo, mas raramente conseguiu perturbar uma organizada defesa algarvia, acabando por reduzir à passagem do minuto 82, com um remate forte de Diego Gaúcho. Resultado injusto para a formação orientada por Vítor Pontes, que lhe deixa numa posição desconfortável na tabela classificativa.

P. Ferreira 1 x 2 Gil Vicente (Melgarejo 5'; Laionel 45', Cláudio 56' p)
Os gilistas foram à capital do móvel bater a formação local por 2-1, efectuando uma recuperação notável. O Paços entrou com tudo na partida e aos 5 minutos já estava na frente do marcador, através  do golo de Melgarejo. O "grito de revolta" anunciado pelo treinador pacense, Luís Miguel, estava à vista de todos, com uma entrada fulgurante dos castores. Contudo, com o passar dos minutos, a euforia local deu lugar a um caos completo, visto que o Gil Vicente assumiu as despesas do jogo e começou a criar várias situações para chegar ao golo. Fruto de uma grande pressão, a equipa de Barcelos igualou em cima do intervalo, com Laionel a facturar o segundo tento no campeonato.

O Gil obteve um triunfo importante na Mata Real.
No regresso dos balneários, o Gil continuou à procura do golo e aos 56 minutos o "joker" voltou a atacar: Cláudio, central goleador, marcou o quarto golo na Liga, novamente na transformação de uma grande penalidade. Três minutos depois, a incoerência pacense foi expressa por Fábio Faria, que foi expulso após uma agressão a Hugo Vieira - é de salientar que esta foi a sétima expulsão para o P. Ferreira em 6 jornadas. Esse foi um rude golpe nas aspirações dos castores, que a partir desse momento não tiveram argumentos para chegar ao empate. Vitória tão importante como justa para a equipa de Barcelos, que continua em bom plano no regresso ao escalão máximo do futebol português.

Beira-Mar 0 x 0 Rio Ave
Aveirenses e vilacondenses protagonizaram, esta tarde, um dos jogos mais fracos até agora realizados nesta Liga Zon Sagres. O nulo é elucidativo do futebol paupérrimo praticado num Municipal de Aveiro praticamente "às moscas". O Rio Ave, que se encontra na última posição da classificação, até entrou melhor neste encontro, com especial evidência para o jovem Cristian Atsu, que por duas vezes criou situações de perigo. Apesar do arranque aguerrido dos vilacondenses, o Beira-Mar começou a dominar a partida e o avançado Douglas esteve em evidência ao desperdiçar dois lances bem estruturados pela equipa da casa. 

O nulo no Municipal de Aveiro prejudicou os dois conjuntos.
A segunda parte trouxe melhorias, com maior fluidez e melhor circulação de bola por parte de ambas as equipas. Contudo, os dois emblemas sentiram muitas dificuldades no último sector do terreno e o nulo persistiu até ao apito final. Como anteriormente referido, o Rio Ave permanece como lanterna vermelha, enquanto os aveirenses também saem prejudicados, visto que não vencem há três jornadas consecutivas.

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