Bwin Cup (Fase 2 - 1.ª Mão): O velhinho Caldeirão já tinha saudades

União 2 x 3 Marítimo (Tozé Marreco 29' e 61'; Pouga 21', Marquinho 23', Baba 83')

O maior dérbi da Madeira regressou esta tarde ao Estádio dos Barreiros. União e Marítimo já não se encontravam em provas nacionais desde a longínqua época de 1994/95 e fizeram os adeptos mais antigos de ambos os emblemas recordarem a rivalidade vivida sobretudo na altura em que verde-rubros e unionistas disputavam o Campeonato da Madeira, em pleno Estado Novo.

Em jogo referente à 1.ª mão da 2.ª fase da Bwin Cup, o primodivisionário Marítimo bateu o adversario por 3-2, num jogo com muita emoção, sobretudo devido à boa resposta do União da Bola que recuperou de uma desvantagem de 2-0. Valeu o melhor marcador da Liga Zon Sagres, Baba carimbou o resultado final a poucos minutos do fim.

União e Marítimo proporcionaram uma tarde bem animada nos Barreiros.

Os azuis e amarelos, na condição de visitados, até começaram melhor a partida criando algumas dificuldades à construção de jogo por parte da equipa do Almirante Reis, que só conseguiu efectuar o primeiro remate à passagem do primeiro quarto de hora. Escassos minutos depois, o Marítimo chega à vantagem de 2-0 sem ter feito muito por isso. Pouga abriu o marcador aos 21' e Marquinho dilatou aos 23', pensou-se que o encontro já estava resolvido para as hostes maritimistas, mas não. Tozé Marreco reduziu o marcador aos 29' após um lance de bola parada, que tem sido o calcanhar de Aquiles da turma de Pedro Martins esta época, a rever. 

A partir daí, fruto da sua maior experiência, os verde-rubros limitaram-se a gerir o marcador até à saída para o intervalo. Na 2.ª parte, a toada de jogo era morna, até que Tozé Marreco bisou aos 61' fazendo o 2-2, resultado igual à partida de 21 de Maio de 1995. A contenda seguiu com mais picardias do que futebol, até que aos 80' entrou o senegalês mais conhecido do futebol nacional. Baba, após 3 minutos em campo, selou o triunfo suado do Marítimo sobre o velho rival. Muitos golos, alguns madeirenses e uma tarde de calor. O velhinho caldeirão dos Barreiros já tinha saudades.