CAN 2012: Introdução

É o maior evento de futebol do continente africano. A Taça das Nações Africanas – CAN, na sigla original em francês – está de volta e, este ano, com uma certeza: África terá um novo campeão em 2012. O Egipto, vencedor das três últimas edições, não conseguiu a qualificação e deixou o caminho aberto para o título. O Gana, finalista em 2010, e a Costa do Marfim vestem a pele de favoritos e vão fazer desfilar nomes como Drogba e Salomon Kalou (ambos do Chelsea), Gervinho (Arsenal) ou Muntari (Sunderland). A Guiné Equatorial e o Gabão são os anfitriões da 28ª edição da CAN, que se iniciou no passado sábado, com a final marcada para o dia 12 de Fevereiro.

Didier Drogba é a principal estrela da prova africana de selecções.

Quando se fala na CAN 2012 as opiniões dividem-se. Para os críticos esta será provavelmente a edição menos interessante dos últimos anos, já que entre os ausentes contam-se o Egipto (7 títulos), grande potência dominadora na última década, os Camarões (4 títulos) de Samuel Eto’o e a Nigéria (2 títulos), que desde 2002 só por uma vez falhou a presença nas meias-finais. 

Há, no entanto, outra corrente de pensamento, que antecipa esta 28ª edição da Taça das Nações Africanas como o regresso às origens e aos tempos em que esta era uma competição que revelava novos talentos do futebol mundial. 

Angola é o único país de língua oficial portuguesa presente no certame.

Sem a presença “asfixiante” de três selecções de topo no contexto continental (as três a precisarem de renovar urgentemente, sobretudo o Egipto), não faltam candidatos à surpresa. Nações emergentes como Burkina Faso, Zâmbia e até o Gabão – um dos co-organizadores do evento – são candidatos à surpresa. Outras nações procuram renascer das cinzas, casos de Tunísia, Marrocos e Senegal. E o que dizer de uma edição que tem três estreantes, caso do anfitrião Guiné Equatorial, da incógnita Níger e do entusiasmante Botswana, primeira equipa a selar o apuramento (excluindo os organizadores). 

A pirâmide do futebol africano pode inverter, mas para que isso aconteça é preciso contrariar o favoritismo da Costa do Marfim e do Gana, claros favoritos à partida para a competição.

GRUPO A: Guiné Equatorial, Líbia, Senegal e Zâmbia.

GRUPO B: Angola, Burkina Faso, Costa do Marfim e Sudão.

GRUPO C: Gabão, Marrocos, Níger e Tunísia.

GRUPO D: Botswana, Gana, Guiné-Conacri e Mali.

in eurosport.pt