O Liverpool regressou ao trono do futebol europeu em grande estilo, graças a uma memorável vitória na final da edição 2004/05 da Liga dos Campeões sobre o AC Milan. A perder por 3-0 ao intervalo do encontro de Istambul, a formação de Rafael Benítez arrasou na etapa complementar, apontando três golos em sete minutos, e consumou o triunfo nas grandes penalidades. Andriy Shevchenko, que converteu o penálti decisivo na final da época 2002/03, frente à Juventus, não teve a mesma sorte e viu o guarda-redes Jerzy Dudek defender a grande penalidade que daria o espectacular e surpreendente triunfo aos britânicos.
O próprio facto de o Liverpool ter atingido a final contrariou todas as expectativas dos seus adeptos. Na terceira pré-eliminatória, a equipa fora derrotada, em Anfield Road, pelo modesto Grazer AK, e parecia condenada a sair de cena na fase de grupos. Mas um extraordinário golo de Steven Gerrard na recta final do encontro com o Olympiacos possibilitou uma vitória por 3-1, o resultado que os britânicos necessitavam para seguir em frente.
Os reds operaram uma recuperação memorável para conquistarem a quinta Champions da história. |
Após uma vitória, por 2-1, em Inglaterra, o Liverpool afastou a Juve graças a um excelente desempenho defensivo. Subitamente, os adeptos dos reds passaram a acreditar. O Chelsea de Mourinho foi o adversário seguinte, um duelo que o Liverpool venceu pela margem mínima, graças ao golo apontado por Luis García em Anfield, o único da eliminatória. Benítez, vencedor da Taça UEFA na época anterior, conduzia o Liverpool à primeira final da competição em 20 anos, mas poucos acreditariam na reviravolta protagonizada pela equipa em Istambul.
Por sua vez, o AC Milan, campeão italiano, terminou no topo do seu grupo, e depois eliminou, de forma convincente, o Manchester United e o rival da cidade, Inter Milão, sem sofrer qualquer golo na caminhada rumo às meias-finais. Aí, o PSV Eindhoven colocou grandes dificuldades aos rossoneri, vencendo mesmo a partida da segunda mão por 3-1, acabando no entanto por ser eliminado graças aos golos apontados fora de casa. Ainda assim, o Milan partia como favorito para a grande final.
AC MILAN 3 x 3 LIVERPOOL [2 x 3, GP]
(Maldini 1', Crespo 39', 44'; Gerrard 54', Šmicer 56', Xabi Alonso 60')
AC MILAN: Dida, Cafu, Stam, Nesta, Maldini, Gattuso (Rui Costa 112'), Pirlo, Seedorf (Serginho 86'), Kaká, Shevchenko, Crespo (Jon Dahl Tomasson 85').
Treinador: Carlo Ancelotti.
Treinador: Carlo Ancelotti.
LIVERPOOL: Dudek, Finnan (Hamann 46'), Carragher 76', Hyypiä, Djimi Traoré, Xabi Alonso, Gerrard, Luís García, Riise, Kewell (Šmicer 23'), Baroš 81' (Djibril Cissé 85').
Treinador: Rafael Benítez.
Treinador: Rafael Benítez.
O golo de Paolo Maldini, obtido logo aos 52 segundos - o mais rápido de sempre numa final da Champions -, e outros dois tentos do argentino Hernán Crespo, pareciam confirmar a tendência e colocavam o Milan na rota do sétimo título da Liga dos Campeões. No entanto, o Liverpool tinha outras ideias e encetou uma recuperação formidável que lhe permitiu erguer o ceptro europeu pela quinta vez.
Fonte: uefa.com
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