sexta-feira, abril 01, 2011

Bola Fora #9 - Carta ao Balneário


por Pedro Freitas


"Temos de defender os 3 pontos até à morte" (Fábio Coentrão)

Não se tratam apenas de 3 pontos, trata-se do orgulho que não tem preço, do prestígio fruto das vitórias que enchem as páginas da nossa história, da honra de todos os que por cá passaram e, dos que ainda virão..

Até à morte é pouco para os que todos os anos sofrem, lutam e acreditam até ao fim, os que nunca vos abandonam, os que nunca se tornam indiferentes, os que nunca deixarão de gostar.

Até à morte é o mínimo para quem veste a camisola do maior de Portugal, é o mínimo para quem tem a gloriosa tarefa de representar milhões de orgulhosos campeões, é o mínimo para quem tem à sua volta milhões de chamas repletas de paixão, fiéis seguidores, não de um clube, mas de uma religião.

Até à morte é o pré-requesito dos melhores, dos que realmente merecem vestir a nossa camisola, daqueles que um dia serão carregados em ombros pelas páginas da nossa história.


Porque a maior parte de vocês vai sem olhar para trás, sai tão depressa quanto entrou, porque são poucos os que ficaram na lembrança, os eternos campeões, os que lutaram e venceram, os que tudo deram e pouco ou nada pediram, até à morte é vossa obrigação, por todo o apoio, por todo o amor, por todos os jogos que vos ajudamos a ganhar, por todas as vezes que precisaram que alguém vos fosse levantar, até à morte é menos do que nos devem.

Um dia já não estarei cá, tal como os que comigo estão e, os que já por cá passaram, um dia restará os que ainda virão, até depois da nossa morte, um dia serão eles a escrever os capítulos de uma gloriosa história que continuará a marcar geração atrás de geração.

Até à morte deveria ser sempre, todos os dias, em todos os treinos, em todos os jogos, sempre, sempre, sempre... porque até depois da morte a história continua, e a glória, essa, terá de permanecer intocável, à imagem da nossa paixão.

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