Liga dos Campeões (FINAL): Leões londrinos rugem em Munique

Bayern Munique 1 x 1 Chelsea [3 x 4 g.p.] (Müller 83'; Drogba 88')

Numa final de contornos dramáticos, o Chelsea levou a melhor sobre o Bayern após o desempate por grandes penalidades. Didier Drogba e Petr Cech são as grandes figuras do encontro. O primeiro manteve vivo o sonho blue com um golo tardio e marcou o penálti decisivo, enquanto o guarda-redes checo foi fulcral ao suster duas grandes penalidades, uma delas no decorrer do prolongamento. Nota ainda para a excelente arbitragem do português Pedro Proença.

Thomas Müller, aos 83 minutos, colocou o Bayern Munique em vantagem e colocou justiça no marcador, tendo em conta ao que se tinha passado até então no jogo. Os bávaros tinham sido mais perigosos e as grandes ocasiões de golo, não muitas, é verdade, tinham sido dos alemães. A ganhar por 1-0, o barulho passou a ser ensurdecedor no Fußball Arena, casa dos bávaros, e os adeptos da casa acreditavam que, ao contrário do que aconteceu em 2010 frente ao Internazionale, a Liga dos Campeões desta vez não ia fugir.

Müller deu vantagem ao Bayern, mas os londrinos não desistiram.

Mas o Chelsea não desistiu, aliás, essa palavra parece não existir para os londrinos nesta competição, e Didier Drogba, apenas cinco minutos depois do golo sofrido, agarrou-se à réstia de esperança que existia nos jogadores londrinos e restabeleceu a igualdade, obrigando a final a ir para prolongamento após um cabeceamento fortíssimo, não dando qualquer hipótese de defesa a Neuer.

Contudo, no melhor pano cai a nódoa e Drogba, que tinha sido herói na área do Bayern, tornou-se vilão na do Chelsea, ao cometer uma grande penalidade sobre Franck Ribéry. Chamado a converter, Robben tentou enganar Petr Cech, mas este adivinhou o lado e manteve o resultado igual no marcador.

Drogba foi uma das principais figuras da partida.

Tal como em Camp Nou, em que Messi falhou uma grande penalidade, o Chelsea voltou a ser bafejado pela sorte e tudo se manteve igual. As possibilidades estavam todas em aberto e o mínimo erro poderia ser fatal para qualquer uma das equipas. Perante este cenário, o Bayern Munique, mesmo sem Ribéry que saiu lesionado na sequência do lance do penálti, continuou a ter mais iniciativa atacante (foi assim durante todo o jogo).

O Chelsea, por sua vez, numa cópia do que foi ao longo de toda a partida, optou por um jogo mais pensado, na tentativa de explorar as saídas rápidas para o ataque, mas nesse capítulo notou-se bastante as ausências de Ramires e Raul Meireles, que são peças fulcrais na construção do jogo ofensivo dos comandados de Di Matteo. A equipa foi lenta e poucas vezes incomodou o guarda-redes Neuer.

Sem golos no prolongamento, a final da Liga dos Campeões teve que ser decidida nas grandes penalidades. O Chelsea mostrava-se mais confiante até por causa do penálti defendido por Petr Cech, mas ninguém se esquecia que foi na marcação dos castigos máximos que o Bayern Munique garantiu o apuramento para a final, após triunfar em pleno Santiago Bernabéu.

O Chelsea conquistou a primeira Champions da sua história.

No meio de muita tensão e expectativa, o Chelsea levou a melhor e conquistou a primeira Liga dos Campeões da sua história. Neuer, esse "monstro" dos penáltis, ainda defendeu a primeira grande penalidade, mas Cech conseguiu fazer o mesmo, Schweinsteiger rematou ao poste e Drogba, com oportunidade de fazer história, não desperdiçou e finalmente concretizou o sonho do excêntrico Abramovich. Destaque ainda para Hilário, Bosingwa, Paulo Ferreira e Raul Meireles, que também sagraram-se campeões europeus.

Lionel Messi voltou a conquistar o prémio de melhor marcador da competição, pelo quarto ano consecutivo - feito inédito na prova -, ao chegar aos 14 golos, o seu melhor registo de sempre na liga milionária. Para finalizar, boas notícias para o futebol português. A vitória do Chelsea permitiu ao SC Braga apurar-se, directamente, para o playoff da próxima edição da Liga dos Campeões, e receber, desde logo, dois milhões de euros.

Melhores Marcadores (Top 5):
1.º Lionel Messi (Barcelona) - 14 golos
2.º Mario Gomez (Bayern Munique) - 12
3.º Cristiano Ronaldo (Real Madrid) - 10
4.º Karim Benzema (Real Madrid) - 7
5.º Didier Drogba (Chelsea) - 6

Últimos Dez Vencedores:
2002/03 - AC Milan (ITA)
2003/04 - FC Porto (POR)
2004/05 - Liverpool (ING)
2005/06 - Barcelona (ESP)
2006/07 - AC Milan (ITA)
2007/08 - Man. United (ING)
2008/09 - Barcelona (ESP)
2009/10 - Internazionale (ITA)
2010/11 - Barcelona (ESP)
2011/12 - Chelsea (ING)

Títulos por Clube (Top 5):
1.º Real Madrid (ESP) - 9 (1956 *, 1957 *, 1958 *, 1959 *, 1960 *, 1966 *, 1998, 2000, 2002)
2.º AC Milan (ITA) - 7 (1963 *, 1969 *, 1989 *, 1990 *, 1994, 2003, 2007)
3.º Liverpool (ING) - 5 (1977 *, 1978 *, 1981 *, 1984 *, 2005)
4.º Ajax (HOL) - 4 (1971 *, 1972 *, 1973 *, 1995)
5.º Bayern Munique (ALE) - 4 (1974 *, 1975 *, 1976 *, 2001)
* Prova ainda designada como Taça dos Campeões Europeus.

Fonte: uefa.com; zerozero.pt
(actualizado às 23:28)