Em 1994/95, a Liga dos Campeões deu outro passo rumo a uma espécie de super liga europeia. Enquanto a fase de grupos se expandiu para quatro agrupamentos com outras tantas equipas, substituindo as primeira e segunda eliminatórias, a entrada na prova ficou limitada a apenas 24 equipas. Os cabeças-de-série foram sorteados directamente para a fase de grupos, ao passo que os outros 16 campeões nacionais tiveram de passar por uma eliminatória de qualificação.
Contudo, os resultados na fase de grupos foram pouco favoráveis aos chamados gigantes. O IFK Göteborg venceu o Grupo A, levando a melhor sobre o Barcelona e o Manchester United, enquanto o Paris Saint-Germain levou a melhor sobre o Bayern Munique no Grupo B. Já o Hajduk Split, segundo classificado no Grupo C, atrás do Benfica, foi o terceiro conjunto saído da eliminatória de qualificação a carimbar o passaporte para os quartos-de-final.
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| Os holandeses conquistaram o quarto título do historial, na despedida de Frank Rijkaard. |
Entretanto, o Ajax venceu ambos os jogos do Grupo D frente aos detentores do troféu e favoritos, o AC Milan. Os holandeses mediram depois forças com o Bayern nas meias-finais, isto após terem deixado pelo caminho o Hajduk Split nos "quartos". Tratou-se de uma vingança do que se passou na década de 70, com o Ajax a recorrer ao "futebol total" e a vencer por 5-2 em Amesterdão, depois de um empate a zero em Munique.
Mas se a talentosa equipa de Louis van Gaal, que tinha uma média de idades de 23 anos, queria seguir as pisadas de Johan Cruijff, Johan Neeskens, Johnny Rep e companhia, teria de desenvencilhar-se uma terceira vez do AC Milan.
FINAL: Estádio Ernst-Happel, Viena - 24 de Maio de 1995
AJAX 1 x 0 AC MILAN
(Kluivert 85')
AJAX: Van der Sar, Reiziger, Danny Blind 44', Frank de Boer, Rijkaard, Edgar Davids, Seedorf (Kanu 53'), Litmanen (Kluivert 70'), Finidi, Overmars 33', Ronald de Boer.
Treinador: Louis van Gaal.
AC MILAN: Rossi, Panucci, Costacurta, Baresi, Maldini, Desailly, Albertini, Boban (Lentini 84'), Donadoni, Marco Simone, Massaro (Eranio 88').
Treinador: Fabio Capello.
A classe dos rossoneri provou ser demasiada para o Benfica e para o PSG nos quartos e meias-finais, respectivamente, mas chegados à final, os veteranos italianos sucumbiram perante a irreverência e talento dos jovens holandeses, que triunfaram graças a um tento do suplente Patrick Kluivert. A partida marcou ainda a despedida aos relvados de Frank Rijkaard, ele que, com apenas 32 anos, abandonou a competição no clube que o formou e logo com a conquista da Champions.
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