União 1 x 1 Atlético (Tozé Marreco 36'; Aílton 85')
No futebol nem sempre é possível juntar o útil ao agradável, aliar o espectáculo com bons resultados. Porque as equipas vivem de pontos, na maioria das vezes são obrigadas a ser práticas e pragmáticas, condição essencial para a sobrevivência. São poucas as equipas que escapam a esta máxima, mas este União ainda não aprendeu (ou percebeu) isso, que tem de ser eficaz, cruelmente mortífero. Tem tudo para ser feliz, pois procura jogar ao primeiro toque, sair com a bola controlada, em transições rápidas, acelerando e pautando o jogo quando deve, mas insiste em perder-se em pequenos (grandes) pormenores. Detalhes que fazem a diferença e que explicam a posição da equipa na tabela classificativa.
Na passada quinta, o União voltou a 'suicidar-se', perante um adversário de valor inferior, que não justifica a posição que ocupa, mas que, lá está, é frio e calculista. O domínio de jogo pertenceu por completo ao União, o melhor futebol esteve sem dúvida do lado madeirense, mas as situações mais perigosas chegaram quase sempre da Tapadinha.
União da Bola continua em maus lençóis na tabela classificativa. |
Não se percebe a incrível tendência que este União tem para estragar tudo aquilo que de bom faz. Até parece que gosta de ser sádico e masoquista ao mesmo tempo. Adora massacrar, com um futebol agradável, ainda que, na maioria das vezes, inconsequente, mas também gosta, assim parece, de sofrer, de tremer. Os caminhos da baliza contrária são muitas vezes fáceis de encontrar, mas a mente manda complicar. E lá atrás, não há a segurança necessária, sem sentido, porque até é fácil despachar e ser prático.
Ansiedade e nervosismo a mais? É óbvio que sim. Justifica alguma coisa, mas aquilo que mais impressiona pela negativa é a falta de maturidade, sobretudo de jogadores que ainda não cresceram e evoluíram da II Divisão para a II Liga. A competitividade e equilíbrio são condições ímpares da II Liga, pelo que são os pormenores, os detalhes, que fazem o sonho tornar-se realidade ou então um verdadeiro pesadelo. Os jogadores do União não percebem isto, ou então estão bloqueados. E se continuar nesta bitola cairá certamente para onde não quer.
O União só ganhou uma vez esta época em casa, na primeira jornada, diante do Desp. Aves, porque não sabe 'matar'. É ingénuo em determinadas fases do jogo, sobretudo nas rectas finais, altura em que se deixa ofuscar, pois procura quase sempre o cronómetro como salvador. Em vantagem tudo faz para não sofrer, em vez de manter os mesmos índices de produtividade. Assim, não vai lá.
Outros Resultados:
Estoril 1 x 1 Leixões (Licá 90'+3'; Fausto 80')
Freamunde 1 x 2 CD Aves (Bock 77'; Gonçalo 10' e 65')
Oliveirense 2 x 2 Penafiel (Nuno Lopes 47', Ivan 68'; Elízio 50', Corona 62')
Trofense 3 x 1 Portimonense (Feliz 37', Eduardo 49', Reguila 83'; Santana 3')
Belenenses 0 x 0 Sp. Covilhã
Naval 0 x 0 Arouca
Moreirense 2 x 0 Sta. Clara (Bruno Moreira 7' e 34')
Classificação (após a 14.ª jornada):
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