sábado, dezembro 17, 2011

Liga Zon Sagres (Jornada 13): Água mole em pedra dura


FC Porto 2 x 0 Marítimo (Cristian Rodríguez 80', Briguel a.g. 83'; Roberge 41')
Tanto bate até que fura. O Marítimo resistiu 80 minutos a uma forte pressão azul e branca, acentuada após a expulsão de Roberge aos 41 minutos do primeiro tempo, por acumulação de amarelos. Os verde-rubros ainda gelaram o Dragão, com uma bola na barra aos (78'), mas viram a partida ficar resolvida com um surpreendente golo do Cebola e com um auto-golo de Briguel, em apenas 3 minutos. Com este triunfo, o FC Porto retoma a liderança do campeonato, em igualdade pontual com o Benfica.

Os azuis e brancos voltaram a complicar o que aparentemente parecia fácil, e o fantasma do encontro com o Zenit voltou a pairar sobre o Estádio do Dragão. A turma de Vítor Pereira foi amplamente dominadora durante todo o encontro, e houve fases em que massacrou e de que maneira um Marítimo irreconhecível, muito longe do que nos tem habituado ao longo do campeonato.

Cebola desbloqueou o nulo e fez as pazes com a massa associativa.
Vamos a números: 33 remates, 16 cantos, 63% de posse de bola. Estes dados espelham bem a supremacia dos dragões, ainda assim continuam a faltar os golos. A primeira parte só deu Porto, e o rumo de jogo parecia que iria ficar mais fácil com a expulsão de Roberge em apenas um minuto, bem perto do intervalo. Nem por isso.

Os golos acabariam por chegar já na recta final da contenda com um regressado Cristian Rodríguez a apontar o tento inaugural a fazer as pazes com o técnico Vítor Pereira e com os indefectíveis adeptos azuis e brancos. Aos 83', um auto-golo de Briguel após confusão com Otamendi carimbou o resultado final. Vitória incontestada do FC Porto que termina 2011 a partilhar a liderança com Benfica

V. Guimarães 1 x 1 Gil Vicente (Nuno Assis 18'; N'Diaye a.g. 44')
Dérbi do Minho marcado pela boa entrada dos vimaranenses sobre um Gil Vicente bem organizado. Nuno Assis ameaçou antes de marcar. Das duas vezes, de cabeça, na primeira a bola foi ao poste, na segunda valeu o golo inaugural aos 18'.

Porém, a equipa comandada por Rui Vitória foi perdendo gás e o Gil, depois de ter corrigido tacticamente com a entrada de Roberto (aplaudido no regresso a Guimarães) em detrimento de Pedro Moreira, foi começando a subir no terreno. Viria a ser premiado com autogolo de N’Diaye aos 44', já bem perto do intervalo, após livre batido da direita.

O golo de Nuno Assis não foi suficiente para o Vitória terminar 2011 a vencer.
Na segunda parte, o equilíbrio foi a nota dominante. O Vitória foi tentando pegar no jogo, enquanto o Gil apostava mais no erro do adversário. As estratégias anularam-se mutuamente e não houve mais alterações no marcador. O ano civil termina e a turma da cidade berço ainda não entrou nos eixos e continua a ser muito contestada pela exigente massa adepta, que não se inibiu de mostrar lenços brancos ao técnico Rui Vitória.

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