Chelsea 2 (3) x (1) 1 SL Benfica (Lampard 21' p, Meireles 90'+2; Maxi 40', Javi García 85')
O Benfica despede-se da Liga dos Campeões em Londres, no adeus aos quartos-de-final. O Chelsea venceu por 2-1, o Benfica jogou com dez mais de meia parte, mas levou a decisão final até ao cair do pano. Houve coragem.
Que o Benfica entrou em Stamford Bridge "traído" pelas lesões de quatro defesas centrais e com uma dupla inédita e improvável - Emerson e Javi García - pode muito bem ter passado despercebido a quem olhava o encontro. A águia aterrou em Londres de peito feito, com a coragem que leva noites históricas da utopia à realidade.
O primeiro quarto de hora foi (todo) do Benfica. Assim, praticamente sem Chelsea pelo meio. Aimar, Gaitán, Bruno César e Witsel levaram o onze blue à sensação de vertigens com trocas de bola seguras e verticais que, no entanto, acabavam por esbarrar no muro defensivo dos londrinos. Tecnicamente o Benfica era "Rei" em terras de Sua Majestade e a esperança em cumprimentar o Barcelona nas "meias" crescia naturalmente.
O Chelsea estava em sentido e até à vantagem só David Luiz assustou mas Capdevila fez valer a experiência e a... coragem para evitar que o remate do brasileiro levasse perigo até Artur. Perigo que virou golo aos 20 minutos depois de Javi García usar o braço no duelo com Ashley Cole. O árbitro, Skomina - caseiro q.b. - achou por bem marcar grande penalidade e Lampard não falhou. Era a velha questão da justiça, que no futebol nem sempre é o valor mais alto.
Outro acto decisivo, mortal à qualidade futebolística que o Benfica apresentou. Minuto 40, Maxi Pereira, hoje capitão, já carregava um amarelo. A entrada foi imprudente e o segundo era a consequência lógica. O Benfica ficava com dez e de difícil passou a quase impossível.
A partida ganhou, então, essa imagem, com um Benfica dividido entre o orgulho e Alvalade. Cardozo e Gaitán foram os primeiros a sair com vista ao dérbi - Nélson Oliveira e Yannick entraram - e o Chelsea passou a ter mais espaço no sector defensivo da equipa encarnada, enquanto Yannick manteve o registo da equipa na frente, ameaçando sempre que possível, como aos 65' e aos 75'. Bruno César seria o terceiro a descansar para segunda-feira.
Mas os últimos minutos deram ao Benfica o que mereceu durante todo jogo. Acreditar que era possível. Porque aos 85 minutos, Javi García fez o empate, lá no alto, de cabeça na sequência de um canto. Stamford Bridge virou o Estádio da Luz e os dez vermelhos levaram os azuis à beira de um colapso, salvo por Raúl Meireles aos 92 minutos, com o 2-1, num lance de contra-ataque puro. Fim de história.
A noite conta-se com forte apoio benfiquista nas bancadas de Stamford Bridge, numa daquelas histórias que terminam com aplausos que vão para além da(s) derrota(s). O Benfica perdeu os dois jogos com o Chelsea numa eliminatória em que mostrou ser capaz, sempre. Mas também ficou a sensação que estas andanças tardias em provas tão importantes ainda não é terreno para equipas de países marginais. É pena.
Real Madrid 5 (8) x (2) 2 APOEL (Ronaldo 26', 75', Kaká 37', Callejón 80', Di María 84'; Manduca 67', Solari 82' p)
Com toda a naturalidade. O Real Madrid goleou o abnegado APOEL por 5-2 e carimbou a passagem para as meias-finais da Liga dos Campeões, onde vai defrontar o Bayern Munique.
Apesar da confortável vantagem de três golos amealhada em Nicósia, os merengues entraram com a corda toda e chegaram ao golo aos 26 minutos por intermédio do insaciável Cristiano Ronaldo. 11 minutos volvidos, Kaká, com um grande golo, fez o 2-0.
No regresso das cabines, os blancos tiraram o pé no acelerador e permitiram que Manduca (67') fizesse o 2-1. Acossada com o golo sofrido, a formação da casa acordou e fez mais três golos assinados por Cristiano Ronaldo, Callejón e Di María - destaque para os tentos de belo efeito do português e do argentino. Pelo meio, Solari, na conversão de uma grande penalidade, fez o segundo tento do APOEL.
Quanto aos portugueses, Cristiano Ronaldo e Pepe actuaram os 90 minutos pela equipa de Madrid. Já Fábio Coentrão e Ricardo Carvalho não fizeram parte das opções de José Mourinho para este jogo. Do lado do APOEL, Nuno Morais, Paulo Jorge e Hélio Pinto foram utilizados pelo técnico do conjunto cipriota. Hélder Sousa viu os 90 minutos sentado no banco de suplentes.
MEIAS-FINAIS:
Bayern Munique x Real Madrid (17 e 25 de Abril)
Chelsea x Barcelona (18 e 24 de Abril)
Fonte: zerozero.pt
(actualizado às 22:18)
Que o Benfica entrou em Stamford Bridge "traído" pelas lesões de quatro defesas centrais e com uma dupla inédita e improvável - Emerson e Javi García - pode muito bem ter passado despercebido a quem olhava o encontro. A águia aterrou em Londres de peito feito, com a coragem que leva noites históricas da utopia à realidade.
O primeiro quarto de hora foi (todo) do Benfica. Assim, praticamente sem Chelsea pelo meio. Aimar, Gaitán, Bruno César e Witsel levaram o onze blue à sensação de vertigens com trocas de bola seguras e verticais que, no entanto, acabavam por esbarrar no muro defensivo dos londrinos. Tecnicamente o Benfica era "Rei" em terras de Sua Majestade e a esperança em cumprimentar o Barcelona nas "meias" crescia naturalmente.
Maxi, hoje capitão, foi expulso e complicou a tarefa encarnada. |
Outro acto decisivo, mortal à qualidade futebolística que o Benfica apresentou. Minuto 40, Maxi Pereira, hoje capitão, já carregava um amarelo. A entrada foi imprudente e o segundo era a consequência lógica. O Benfica ficava com dez e de difícil passou a quase impossível.
O conjunto português ofereceu luta até ao final. |
Mas os últimos minutos deram ao Benfica o que mereceu durante todo jogo. Acreditar que era possível. Porque aos 85 minutos, Javi García fez o empate, lá no alto, de cabeça na sequência de um canto. Stamford Bridge virou o Estádio da Luz e os dez vermelhos levaram os azuis à beira de um colapso, salvo por Raúl Meireles aos 92 minutos, com o 2-1, num lance de contra-ataque puro. Fim de história.
A noite conta-se com forte apoio benfiquista nas bancadas de Stamford Bridge, numa daquelas histórias que terminam com aplausos que vão para além da(s) derrota(s). O Benfica perdeu os dois jogos com o Chelsea numa eliminatória em que mostrou ser capaz, sempre. Mas também ficou a sensação que estas andanças tardias em provas tão importantes ainda não é terreno para equipas de países marginais. É pena.
Real Madrid 5 (8) x (2) 2 APOEL (Ronaldo 26', 75', Kaká 37', Callejón 80', Di María 84'; Manduca 67', Solari 82' p)
Com toda a naturalidade. O Real Madrid goleou o abnegado APOEL por 5-2 e carimbou a passagem para as meias-finais da Liga dos Campeões, onde vai defrontar o Bayern Munique.
Apesar da confortável vantagem de três golos amealhada em Nicósia, os merengues entraram com a corda toda e chegaram ao golo aos 26 minutos por intermédio do insaciável Cristiano Ronaldo. 11 minutos volvidos, Kaká, com um grande golo, fez o 2-0.
Os merengues vão agora defrontar o Bayern nas meias-finais. |
Quanto aos portugueses, Cristiano Ronaldo e Pepe actuaram os 90 minutos pela equipa de Madrid. Já Fábio Coentrão e Ricardo Carvalho não fizeram parte das opções de José Mourinho para este jogo. Do lado do APOEL, Nuno Morais, Paulo Jorge e Hélio Pinto foram utilizados pelo técnico do conjunto cipriota. Hélder Sousa viu os 90 minutos sentado no banco de suplentes.
MEIAS-FINAIS:
Bayern Munique x Real Madrid (17 e 25 de Abril)
Chelsea x Barcelona (18 e 24 de Abril)
Fonte: zerozero.pt
(actualizado às 22:18)
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