O Rally de Portugal, que amanhã parte para a estrada, vai integrar pelo sétimo ano consecutivo o calendário do WRC, mas os pilotos que se habituaram às estradas do Algarve vão enfrentar agora os famosos troços do norte do país.
Após dez edições na região algarvia, o 49.º Rally de Portugal, que se desenrolará até domingo, vai ficar centralizado em Matosinhos e vai percorrer estradas de outros concelhos vizinhos, das regiões do Minho, de Trás-os-Montes e do Douro Litoral.
O namoro do Automóvel Clube de Portugal (ACP) com o norte adensou-se nos últimos três anos, com a realização do WRC Fafe Rally Sprint, um evento de exibição a anteceder o Rally de Portugal, que agora devolve ao itinerário o seu famoso salto, mas em formato totalmente competitivo.
Esta mudança, que pode ganhar em espectacularidade, tendo em conta as características de alguns troços, é igualmente um grande desafio para a organização, sobretudo no que toca à segurança, estimando o ACP que a assistência vai largamente ultrapassar as 600 mil pessoas registadas no Algarve.
Realizado sem interrupções desde 1967, o rally português integrou o campeonato do mundo em 35 edições. Excluindo as seis primeiras, a mais longa ausência do mundial aconteceu nas cinco edições entre 2002 e 2006.
Durante muitos anos considerado um dos melhores do mundo, a prova foi excluída durante esse período por questões de segurança, o que coincidiu com o seu afastamento da região do Porto e a sua mudança de ares: primeiro para Trás-os-Montes e depois para o Algarve.
Em 2005, o rally fixou-se nas estradas de terra do sul e, em 2007, voltou a fazer parte do WRC. De lá para cá, só ficou de fora em 2008, ao abrigo da política de rotação então em vigor, e 'assistiu' aos triunfos de nomes como Sébastien Loeb, nove vezes campeão do mundo, e Sébastien Ogier, seu sucessor.
Depois de uma década bem-sucedida e após uma mudança mal aceite por diversas entidades algarvias, o ACP e o Rally de Portugal enfrentam agora um novo desafio à sua capacidade de manter os padrões que permitiram a reintegração no calendário.
Este ano a prova conta com 16 classificativas repartidas por quatro dias de competição, com mais de 1.500 quilómetros, dos quais cerca de 350 cronometrados, passando pelos municípios de Amarante, Baião, Caminha, Fafe, Guimarães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Paredes, Ponte de Lima, Valongo, Viana do Castelo e Vieira do Minho.
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