domingo, fevereiro 28, 2010
100 Verde Rubros Anos - Capítulo II, Parte 2
Não admira, pois, que tenha surgido novo convite para deslocação a Lisboa. Um ano depois, escrever-se-ia direito ... por linhas tortas. Analisando sem o devido cuidado a indagação de Pina Manique, dirigente do Lisboa F.C., sobre a disponibilidade para realização de mais jogos na capital, a comitiva verde-rubra ‘apanha’ o vapor S. Miguel, de passagem pelo Funchal, rumo à capital. Estamos nos primeiros dias de Outubro de 1913. Em relação à primeira digressão, o grupo de jogadores sofre algumasalterações. Notam-se as ausências de Alfredo Rodrigues (Cãosinho), Silvestre Rodrigues (Russo), Guilherme Fernandes (Sanfona), Moisés de Sousa, Augusto Viveiros (Sarnica) e Luís de Sousa (Kaga), cujos lugares são ocupados por Abel Gomes (Caraça), José Rodrigues (Jusa), José Sousa (Patas), Manuel de Jesus (Múler) e Luís Gouveia (Feijão).Joaquim de Pontes (Ventania), que vinha exercendo o cargo de presidente da Direcção desde a fundação, mas acedera desempenhar o cargo de presidente da Assembleia Geral, deixando a sua função original a cargo de José Evangelista Coelho, é o líder da caravana e o seu principal financiador.
Resultados positivos
Os resultados alcançados são o espelho desse desejo de voltar a Lisboa para desfazer os equívocos da primeira deslocação:
Lisboa F.C., 2 - Marítimo, 3;
Império Lisboa Clube, 0 - Marítimo, 2;
Sporting C.P., 2 -Marítimo, 1;
S.L. Benfica, 0 - Marítimo, 0;
‘Misto de Lisboa’, 5 - Marítimo, 0.
Dando alguma razão a Willender, o Século regista, a propósito do jogo com o Império Lisboa Club:
"Os jogadores do Marítimo, já mais conhecedores do terreno, trabalharam muito melhor, com mais combinação (...)". E acrescenta: "O Marítimo jogou do começo ao fim com a mesma energia e decidida vontade, e sempre com relativa serenidade". A concluir:"Barrinhas (...) foi halfcenter de todos os desafios, trabalhador e desempenhando o seu lugar com energia e cor. O Diário de turno, sublinha:
"O team visitante, além dos seus recursos de jogadores, tem quase todos dotados de bastante rapidez, bom pontapé e robustez, o que os torna adversários perigosos, mas destacaremos, no entanto, as pontas, o half-center Barrinhas e a meia ponta direita (Jusa) como belos jogadores".
Táctica Revolucionária
Luís Inácio Ferreira é um dos responsáveis destes resultados. A sua contribuição para o êxito alcançado acabaria manchada pela sua futura oposição ao clube que nesta oportunidade tão brilhantemente serve; mas seria injusto e inadequado negar a importância da sua acção junto da equipa.Procedendo à introdução de uma inovação táctica, a qual consiste no recuo de Barrinhas de half-center para back-center, estabelece um reforço defensivo que altera, pelo menos quando o adversário está ao ataque, a linha de defesas de dois para três, circunstância que motiva a condenação de alguns críticos.O ordenamento táctico deste Marítimo é, de facto, precursor e revolucionário – representa a alteração do 2:3:5, que está em voga desde 1885, e prenuncia as mudanças que vão abrir as portas ao dispositivo WM, só adoptado plenamente a partir de 1930.
Momentos Difíceis
Se do ponto de vista desportivo tudo correu de modo satisfatório, já o mesmo não se pode dizer das restantes condições desta segunda visita à capital.A escassez de tempo para organizar e divulgar os jogos na capital, aliada à falta de clareza das responsabilidades financeiras das partes envolvidas, conduziram a uma grave crise na vida interna do Marítimo, cujos efeitos se fazem sentir a partir de 1914. Para mais, este é o ano do início da I Grande Guerra, da qual resultarão grandes problemas à classe marítima – a redução do movimento do porto do Funchal torna mais agreste a sua já dura vida.Este conjunto de circunstâncias – em especial o prejuízo financeiro da segunda digressão a Lisboa, que vai ficar por conta de Joaquim Pontes (Ventania) – contribuem para que os principais fundadores e dinamizadores do Marítimo se desmotivem. O clube enfrenta dificuldades muito grandes. A sede social deixa de funcionar. O mobiliário existente é colocado num armazém particular. A continuidade do Marítimo é posta em causa. Os de fora desejam-na. Os da ‘casa’ estão desavindos e sem muitas perspectivas de solução para os problemas ...
sexta-feira, fevereiro 26, 2010
À malta das férias III
Corpo de sereia. Olhar de diamante.
100 Verde Rubros Anos - Capítulo II, Parte 1
Um Clube Imbatível
No período que se segue à fundação, a nova formação do Marítimo faz justiça à fama que rodeava as primitivas equipas que lhe deram origem. Respondendo com galhardia aos sucessivos desafios que lhe são dirigidos por grupos desportivos locais e das tripulações dos barcos que passam pelo Funchal, mantém-se invencível, por mais de oito anos, nos jogos que realiza no campo Almirante Reis. Por essa razão, as suas equipas de segunda e terceira categorias são frequentemente requisitadas para defrontar adversários anteriormente derrotados pela principal formação. E, nas mais das vezes, as vitórias voltam a ser do Marítimo. Essa invencibilidade traz novos desafios. Espalhada no país e no estrangeiro pelo testemunho das tripulações que experimentavam o pó do campo Almirante Reis e pela voz orgulhosa de comerciantes madeirenses, desperta a curiosidade e alimenta o respeito de adversários não imaginados à partida. Cedo o Marítimo passa a ter duas frentes de batalha – manter a supremacia local e afirmar-se nos compromissos que é convidado a assumir fora da Região. E, registe-se, quando o Marítimo começa a sair da Madeira, não vai só. Com todos os elementos que vestem a sua camisola seguem também as expectativas e as aspirações que os madeirenses depositam no clube.
Chamada de Lisboa
Na capital do país, onde começam a pontificar Benfica e Sporting, tomasse conhecimento da existência, na Madeira, de uma equipa muito especial. Causa particular impressão a sua invencibilidade, espalhada aos quatro cantos pela boca dos tripulantes dos barcos que passam pelo Funchal. E por muitos comerciantes madeirenses, radicados ou de passagem pelas principais cidades do país e pelas vizinhas ilhas canarianas.Daí ao convite para a deslocação do Marítimo a Lisboa foi um pequeno passo. Cosme Damião, capitão-geral do Benfica, será o principal organizador desta primeira digressão verderubra. A parte mais substancial dos encargos da empresa ficam à sua responsabilidade.
A caravana madeirense parte para a capital nos primeiros dias de Outubro de 1912, a bordo do vapor Hildebrand. Sob a direcção de João da Costa (Meliça), o membro da Direcção que desempenha as funções de capitão-geral ou capitão de jogo, o grupo tinha a seguinte constituição:
Dionízio da Câmara Lomelino, que fora ‘juiz’ (designação a que correspondia o cargo de presidente) do Club Português de Sport Marítimo, agora ‘acumula’, com a sua vida comercial em Lisboa, a representação do clube no Continente. Este antigo presidente do primitivo ‘Marítimo’ e Fernando Câmara, outro apaniguado do Marítimo que também vive em Lisboa, fazem chegar à Madeira inúmeras recomendações sobre a preparação da digressão. No entender de ambos, era vital que se confirmasse nos campos lisboetas a fama que o Marítimo gozava.
Resultados inesperados
Mas não é isso que vai acontecer. Dos cinco jogos que disputa na capital, o Marítimo triunfará apenas contra o Lisboa F.C., por 3-0. Nos restantes encontros sofre derrotas: 1-3 e 2-5 com o ‘anfitrião’ Benfica, 0-1 com o Internacional e 1-5 com o ‘Misto’ da Associação de Futebol de Lisboa. Como explicar o desaire? A surpresa da descoberta da capital, contactada pela primeira vez pelos jogadores, é a explicação mais avançada. Mas Willender, um dos estrangeiros que alinhara pelo Marítimo em 1911, desdramatiza a situação. Vindo de Barcelona (onde vive) a Lisboa, de propósito para ‘reforçar’ o grupo, o inglês reflecte sobre o desfecho das partidas, e em relatório enviado ao presidente Joaquim Pontes, refere a pouca sorte do guarda-redes e a inadaptação da equipa ao Campo das Laranjeiras, de piso irregular e duro, como principais factores do desaire.
Imagem positiva
A verdade é que se fala de desaire sobretudo entre os madeirenses. Os testemunhos dos jornais continentais da época são esclarecedores. Vejamos o que nos diz o Século acerca do primeiro jogo com o Benfica:
O grupo madeirense tem fama de invencível, porque até hoje não o conseguiram vencer os franceses, os ingleses e alemães de passagem pela Madeira (...). O team campeão de Lisboa venceu por 3-1 o C.S. Marítimo, mas a sua vitória foi difícil e obtida com trabalho. O team do Funchal é o mais forte que nos tem visitado; menos científicos que os bordaleses, mas talvez mais enérgicos e mais homogéneos. O seu halfcenter tem condições excepcionais dum excelente jogador, e o forward da esquerda (....) é muito bom (...) ".
O Diário de Notícias lisboeta e o Sports Ilustrado alinham pelo mesmo diapasão. Considerando os jogadores do Marítimo rápidos, certeiros nas passagens e enérgicos, salientam que o Benfica, apesar do score final, não teve um momento de descanso. E o remate final do Sports Ilustrado é esclarecedor:
"O C. S. Marítimo provou no seu primeiro match que não era exagerada a fama de que vinha precedido".
quinta-feira, fevereiro 25, 2010
Taça Tahiti - Classificação - Day 5
Ronda 17 - Classificação - Jornada 20
quarta-feira, fevereiro 24, 2010
100 Verde Rubros Anos - Capítulo I, Parte 4
Em Crescimento
A este ambiente festivo que rodeia o primeiro aniversário não é estranho o grande desenvolvimento que o Marítimo sofrera num curto mas intenso ano de vida.Cedo foi sentido que era preciso organizar mais que uma equipa. E surgiram as formações de ‘segunda’ e ‘terceira’ categorias. Para dar resposta aos constantes desafios que novos e antigos adversários lançavam, na mira de derrotar o Marítimo.Eram reptos de novas organizações desportivas em gestação, que tentavam seguir os exemplos do Marítimo e do Madeira. Algumas terão vida efémera, constituídas que eram para a disputa específica de um encontro. Outras subsistirão por períodos de tempo mais longos e outras ainda hoje existem.Registe-se ainda que este Marítimo exercia forte atracção sobre os players da época. E, sem que tal significasse o corte das raízes na classe marítima, vão sendo admitidos jogadores de outras categorias sociais nas equipas verde-rubras.O inglês Willender, que residia na Madeira em 1911, é um desses casos; Albin Yud, desportista suíço que se radica na Madeira, outro. Humberto Passos Freitas e João de Oliveira Martins, destacados membros do Madeira, solicitam para alinhar várias vezes no Marítimo. Ao longo do primeiro ano de vida Club Sport Marítimo confirma as expectativas que lhe tinham antecedido, impondo-se a todos os adversários que se lhe depararam.
Marítimo Imbatível
terça-feira, fevereiro 23, 2010
Onze da Jornada 20
G - Jorge Baptista (Naval) - 6 Pontos
D - Álvaro Pereira (FCPorto) - 11 Pontos
D - Valdomiro (V. Guimarães) - 10 Pontos
D - Markus Berger (Académica) - 8 Pontos
D - Ricardo (P. Ferreira) - 8 Pontos
D - Felipe Lopes (Nacional) - 7 Pontos
M - Raúl Meireles (FCPorto) - 8 Pontos
M - Rui Miguel (V. Guimarães) - 7 Pontos
M - Belluschi (FCPorto) - 7 Pontos
A - Falcao (FCPorto) - 17 Pontos
A - Varela (FCPorto) - 7 Pontos
Pontos Totais (sem capitão) - 96 Pontos
Pontos Totais (com Falcao a capitão) - 113 Pontos
segunda-feira, fevereiro 22, 2010
Repórter Tahiti TV - XIII - Barreiros
Noite de derby nos Barreiros. Dou por mim a pensar que foi aqui que aprendi quase todos os palavrões e insultos que conheço. Os mestres da eloquência futebolística fazem um tributo ao insulto jucoso, permanecem sempre de pé, fiéis, com uma voz rouca incansável. E nem precisam ofender para contagiarem alegremente todo o publico. Desde ''cabeça de abacaxi'' (Manu) e ''não vales 5 patacas'' (Patacas). No caldeirão não impera nenhuma claque agerrida, mas sim uma massa adepta, que naquele dia se uniu e ferveu a cada lance disputado. Adeptos esses que nem sonhariam que no dia seguinte estariam de mãos dadas a reerguer a Madeira. No intervalo, Briguel decidiu contribuir para o derby, fez de babysitter.
Horas antes da catástrofe, os dois gigantes da Madeira mediram forças. Mal sabiam que no dia seguinte os seus adeptos iriam sofrer em conjunto. É tempo de unir forças, esquecer velhas rivalidades, arregaçar as mangas e em conjunto ajudarão a reerguer a Madeira.
Estádios do Mundial'2010 - Ellis Park
Incialmente construído em 1928 para receber partidas de raguebi, o Ellis Park foi demolido e reerguido em 1982, ainda exclusivamente dedicado ao desporto da bola oval. O nome é uma homenagem a JD Ellis, vereador de Joanesburgo que aprovou o uso de um terreno equivalente a cinco campos de futebol para abrigar o estádio.
O Ellis Park vai ocupar para sempre um lugar especial no coração dos adeptos sul-africanos. Foi lá que a seleção nacional de raguebi union (uma das modalidades do desporto) derrotou a Nova Zelândia e conquistou o título mundial em 1995, logo após o país ter sido autorizado a retornar ao cenário desportivo global. As celebrações uniram a população e as imagens históricas de Nelson Mandela erguendo o troféu no estádio rodaram o mundo.
A maior novidade da renovação para o Mundial da FIFA foi a construção de mais um sector na arquibancada norte, o que provocou um aumento de quase 9% no número de lugares. Com instalações de ponta para a imprensa, piscinas de hidromassagem, camarotes de luxo, melhor acesso para deficientes físicos e um excelente sistema audiovisual para manter o público informado, o estádio não fica devendo a nenhum outro da África do Sul. Melhor para os adeptos do Orlando Pirates, equipa mais popular do país e frequente anfitrião do Ellis Park.
Jogos:
12 Junho 15:00 - (Grupo B) Brasil - Coreia do Norte
18 Junho 15:00 - (Grupo C) Eslovênia - EUA
21 Junho 19:30 - (Grupo H) Espanha - Honduras
24 Junho 15:00 - (Grupo F) Eslováquia - Itália
28 Junho 19:30 - (Oitavos de Final) 1º Grupo G - 2º Grupo H
03 Julho 19:30 - (Quartos de-Final) V. Jogo 55 - V. Jogo 56
domingo, fevereiro 21, 2010
100 Verde Rubros Anos - Capítulo I, Parte 4
Camisola do Marítimo
Uma só equipa de marítimos, agora devidamente organizada, não podia adoptar outra camisola que não fosse a junção das faixas vermelha e verde que os tinha distinguido anteriormente, quando ainda só jogavam entre si. Foi assim que se criou a camisola verde-rubra, listada verticalmente, que ainda hoje é, geralmente, usada pelo clube em todas as suas equipas. Ao que consta, as primeiras terão sidoconfeccionadas pela esposa de Cândido Gouveia. Como já se disse em relação às faixas distintivas das equipas de marítimos que foram os embriões do clube, também agora a adopção final da camisola verde-rubra era muito mais que a simples junção das simbólicas faixas do passado.
Acima de tudo, representava-se a República triunfante e a convicção de que com ela se materializaria a vida mais digna e feliz que a sua propaganda prometera. Diga-se ainda que essa escolha tinha um largo acolhimento popular, que extravasava largamente a classe dos marítimos.
Também por aí se ia solidificando a popularidade e aceitação de um clube que, apesar de nascer por obra e vontade da classe marítima, caminhava rapidamente para se transformar numa instituição querida e respeitada pela generalidade da população.
De facto, os que detinham a condição de sócio do clube ali encontraram uma boa resposta para a passagem de momentos de ócio, parte dos quais eram ocupados com o desenvolvimento de actividades desportivas.Sabe-se que boa parte dessas actividades proporcionadas aos sócios eram realizadas, muitas vezes, em simultâneo com os jogadores do clube, que também ali se exercitavam com frequência. Esta era, afinal, apenas mais uma razão para que a condição de sócio do Marítimo fosse procurada por muitos populares e amantes do desporto. O que, mais rapidamente do que era suposto, forçou à elaboração de um conjunto de normas de comportamento e utilização deste espaço social.
sábado, fevereiro 20, 2010
100 Verde Rubros Anos - Capítulo I, Parte 4
Responsáveis
A primeira Direcção, ao que consta nos arquivos do Clube, é constituída por Joaquim de Pontes (Ventania), que é o Presidente; João Rodrigues (Minha-Velha),vice-presidente; Venâncio de Freitas, Tesoureiro; José Olavo Rodrigues, Secretário; João da Costa (Meliça), Capitão-Geral.São todos indivíduos ligados ao mar. Fazem a sua vida na zona velha da cidade. Labutam em actividades relacionadas com o comércio e os serviços marítimos, e gozam de prestígio suficiente para serem os ‘eleitos’, a quem é confiada a missão de conduzir os destinos do clube representativo da classe. Joaquim Pontes é chefe de bomboteiros. Estabelece relações privilegiadas com os comandos dos barcos que vão passando pelo Funchal, o que lhe permite organizar jogos com as respectivas tripulações. João Rodrigues é o arrais da lancha do Reid´s, que serve os hóspedes da unidade hoteleira. É um indivíduo com bons relacionamentos na cidade. O Secretário da Direcção, José Olavo Rodrigues, é seu filho. João da Costa, o Capitão-Geral ou de jôgo, é o já nosso conhecido Meliça, que foi um dos líderes das equipas primitivas dos marítimos.
"Candinho" Ausente
Registe-se o facto de Cândido Gouveia não figurar neste elenco. Tudo leva a crer que ele se mantinha numa posição de apoio às actividades do Clube sem precisar ou querer deter qualquer cargo directivo.Esta é uma explicação possível para o facto de, apesar desta ausência do seu nome entre os primeiros eleitos para dirigir a colectividade, a sua foto surgir em lugar de destaque, como que a encimar os pares, no quadro que nos apresenta os primeiros responsáveis pelo destino do Club Sport Marítimo.De resto, apesar dos Estatutos do Clube, aprovados em Assembleia Geral de 28 de Novembro de 1910 e posteriormente sancionados pelo Governo Civil do Distrito, preverem três corpos sociais (Direcção, Conselho Fiscal e Assembleia Geral), muito do funcionamento do clube contará com a participação de elementos que não pertenciam a estes órgãos.As competências normalmente atribuídas aos dirigentes acabam ‘distribuídas’ por todos quantos seguem de perto a vida da colectividade, fazendo letra morta do emaranhado de normas estatutárias espalhadas por oitenta e seis artigos.
sexta-feira, fevereiro 19, 2010
Ronda 16 - Classificação - Jornada 19
De besta a bestial, Madeira Livre FC, consegue apagar a má prestação da ultima jornada, uns miseros 8 pontos, com a melhor pontuação desta jornada, 52 pontos, recuperando o 2º lugar na classificação geral. Por cima esteve também o líder, após algumas jornadas em défice de rendimento. Red Heart's Corner defende com unhas e dentes o 4º lugar conquistado á algumas jornadas ao Club Sport Monte, a luta estende-se a Jack Daniel's e conta também com a presença de Los Mariachis.pt, equipa que mudou o seu quartel general para Londres. O campeão em título já sente a ameaça de Coral SC, equipa habituada a escaladas na classificação, voltou a subir um lugar, encontra-se já na nona posição. Quando alguem sobe, alguem terá de descer, é o que acontece com os Estafetas e Carvalheiro FC que ocupam agora a parte inferior da tabela. A luta no fundo continua renhida, os dois ultimos classificados estao separados por 10 pontos.
quinta-feira, fevereiro 18, 2010
Taça Tahiti - Classificação Grupos - Day 4
Grupo A - Estafetas 32 x 52 Madeira Livre FC
Grupo B - Diabos à Solta 42 x 47 Estreitos Unidos
Grupo C - GanitaFC 43 x 37 Clube Desportivo 48
Grupo D - Club Sport Monte 45 x 45 Redheart's Corner
Grupo A - Madeira
1º Madeira Livre FC - 6 Pontos - Dif. +37 - 3 Jogos
2º Jack Daniel's - 3 Pontos - Dif. +24 - 2 Jogos
3º Estafetas - 3 Pontos - Dif. -61 - 3 Jogos
Grupo B - Porto Santo
2º Los mariachis.pt - 3 Pontos - Dif. +7 - 2 Jogos
3º Diabos à Solta - 3 Pontos - Dif. -8 - 3 Jogos
Grupo C - Desertas
2º Apito Queimado - 3 Pontos - Dif. +5 - 2 Jogos
3º Clube Desportivo 48 - 3 Pontos - Dif. -12 - 3 Jogos
Grupo D - Selvagens
1º Coral SC - 6 Pontos - Dif. +23 - 2 Jogos (APURADO)
2º Redheart's Corner - 4 Pontos - Dif. +14 - 3 Jogos
3º Club Sport Monte - 1 Ponto - Dif. -37 - 3 Jogos
quarta-feira, fevereiro 17, 2010
100 Verde Rubros Anos - Capítulo I, Parte 4
... capazes de vencer os ‘manatas’, alcunha usada pelos marítimos para distinguir os que viviam para além do Largo do Pelourinho. Era uma ambição profunda, enraizada na classe, com uma dupla significação. Em primeiro lugar, a da criação de uma equipa própria; depois a da vontade de se opor aos ‘invasores’ que, sem viverem na parte mais velha da cidade, dela faziam o espaço predilecto para os seus divertimentos desportivos. Aos quais (ainda) não tinham acesso os marítimos. Mas, ainda antes de surgir uma única equipa da classe, duas formações de marítimos disputam animados jogos entre si. Essas equipas são chefiadas por João da Costa (Meliça ou João da Meliça) e João de Castro (Bife). Ambos vão tomar parte das iniciativas que darão origem ao Club Sport Marítimo.
"Este clube de foot-ball, fundado há pouco nesta cidade, conta entre outros os seguintes elementos:Direcção: Dionízio da Câmara Lomelino, juiz; Cândido Fernandes Gouveia, secretário; João da Costa, capitão do jôgo; José Rodrigues, Augusto Viveiros, António Fernandes, José C. Pimenta, Júlio Jesus Drumond, Luís F. Gouveia, Vasco de Castro, José B. Freitas, Manuel da Costa e Carlos da Silva, são os nomes do grupo Club Português de Sport Marítimo, que tomou parte no match de foot-ball na quinta-feira última no qual ficou vencedor por dois goals".
Esta vitória foi alcançada sobre uma equipa constituída entre os marinheiros do cruzador português Adamastor. O feito ficou a dever-se, ainda segundo o Heraldo, à "notável coragem" dos marítimos, que jogam "ansiando sempre a vitória licitamente".
Por seu turno, o Club Sports Madeira já tinha organizado, a 5 de Setembro do ano anterior (1909), um jogo de futebol entre duas equipas do clube. Uma dessas equipas era capitaneada por Humberto Passos Freitas, regressado nesse mesmo ano do estrangeiro, donde trouxe uma bola; a outra formação ficou sob o comando de George Gordon. O prélio, que entre populares e membros da alta sociedade cativou a atenção de muitos curiosos, disputou-se na Praça de Rainha... O coreto serve para uma das balizas, ficando a outra situada em parte do barracão dos bilhares também ali localizado.
Club Sport Marítimo
A única certeza de que o Club Sport Marítimo foi fundado a 20 de Setembro de 1910 advém dessa ter sido a data em que, logo a partir do segundo ano de existência, se passou a comemorar a passagem dos aniversários da colectividade. Não está identificado qualquer elemento de outra natureza que permita negar a veracidade dessa data, consolidada pelas tradições clubísticas.
Do Sonho à Realidade
Cândido Gouveia, que como se viu esteve embrenhado nos primeiros ‘pontapés na bola’ madeirenses e vinculado ao Club Português de Sport Marítimo, é um elemento-chave na constituição do novel Club Sport Marítimo. Merecedor de consideração por parte dos marítimos, foi o principal entusiasta de dar corpo à ideia que estava latente há muito na classe e cuja forma mais aproximada fora o tal Clube Português de Sport Marítimo. O seu nome figurará como fundador ‘número um’ do Marítimo. Uma posição compreensível, se se entender que ele tinha sido também o principal dinamizador dos jogos realizados pelas equipas dos nossos já conhecidos ‘Meliça’ e ‘Bife’. ‘Candinho’ rodeia-se dos elementos que se tinham empenhado nos primeiros passos do futebol dos marítimos e, no estabelecimento que possuía na zona velha da cidade (o ‘Aurora’), determina as condições que vão permitir a ansiada instituição de um clube madeirense, da classe dos marítimos, vinculado à propaganda da vindoura República.Era a materialização de um sonho. Mas também uma resposta à fundação do Club Sports Madeira, que acontecera pouco tempo antes e que, como já se viu, perseguia o mesmo objectivo de fundar uma equipa onde os madeirenses também tivessem lugar, fosse para organizar jogos entre os grupos locais, fosse para defrontar as equipas de estrangeiros residentes ou turistas.
terça-feira, fevereiro 16, 2010
Onze da Jornada 19
G - Quim (Benfica) - 6 Pontos
D - Maxi Pereira (Benfica) - 5 Pontos
D - Luisão (Benfica) - 5 Pontos
D - Collin (V. Setúbal) - 4 Pontos
M - Luís Aguiar (Sp. Braga) - 13 Pontos
M - Wires (Rio Ave) - 7 Pontos
M - Kazmierczak (V. Setúbal) - 7 Pontos
M - Hugo Viana (Sp. Braga) - 5 Pontos
A - Cássio (U. Leiria) - 8 Pontos
A - Meyong (Sp. Braga) - 6 Pontos
A - Cardozo (Benfica) - 6 Pontos
Pontos Totais (sem capitão) - 72 Pontos
Pontos Totais (com Luís Aguiar a capitão) - 85 Pontos
Estádios do Mundial'2010 - Loftus Versfeld
A sua primeira estrutura de concreto foi construída pela Câmara Municipal de Pretória e podia receber apenas 2 mil pessoas, mas, desde 1948, o estádio já passou por sucessivas melhorias.
Além do futebol, a bola oval também tem vez no estádio, lar dos Blue Bulls, uma das principais equipas de raguebi do país. Com capacidade actual para 50 mil pessoas e situado bem no coração de Tshwane/Pretória, o Loftus Versfeld já recebeu várias competições importantes, como o Mundial de raguebi em 1995 e a Taça das Nações Africanas em 1996. Actualmente, o estádio é também a casa das equipas de futebol Mamelodi Sundowns e SuperSport United.
A selecção sul-africana tem uma boa lembrança do Loftus Versfeld. Foi neste estádio que, em 1999, os Bafana Bafana derrotou a Suécia por 1 a 0, comemorando a primeira vitória da sua história contra uma seleção europeia.
13 Junho 15:00 - (Grupo D) Sérvia - Gana
16 Junho 19:30 - (Grupo A) África do Sul - Uruguai
19 Junho 19:30 - (Grupo E) Camarões - Dinamarca
23 Junho 15:00 - (Grupo C) EUA - Argélia
25 Junho 19:30 - (Grupo H) Chile - Espanha
29 Junho 15:00 - (Oitavos de Final) 1º Grupo F - 2º Grupo E
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
Claques - Diabos Vermelhos
É na época 82/83 que surge a designação do grupo "Diabos Vermelhos", tal como a sua primeira faixa e também as primeiras bandeiras.
Incentivada pela excelente prestação do Benfica na Taça Uefa dessa época (finalista em 82/83) e contando com o factor "novidade", rapidamente juntou muitos jovens adeptos.
Caras pintadas (por vezes até o cabelo), muitas dezenas de bandeiras, faixas com o nome da claque com os mais variados símbolos (destaque para os símbolos britânicos como a conhecida e tradicional bandeira inglesa ou a "Union Jack"), eram as suas características iniciais. As coreografias, apesar de não serem muito originais, davam nas vistas pelo "excesso" que parecia ser o lema da altura, dezenas de tochas e potes coloriam o "sector ultras" do Estádio da Luz. No apoio vocal eram considerados uma claque ruidosa, mas tal como nas outras claques existentes na altura em Portugal (poucas), os cânticos baseavam-se em gritar pelo nome do clube ou insultar a equipa adversária.
Com o passar do tempo e já com os DV no 1º anel da central, a claque juntava muita gente na Luz bem como nas suas deslocações, nas quais por vezes ocorriam incidentes, nunca com finais trágicos pois nessa altura as lutas eram espontâneas e leais, não eram premeditadas e baseavam-se na luta corpo a corpo.
Em 1992, numa fase em que a claque contava com excelentes apoios da direcção do clube, criou-se uma ruptura no seio do grupo que deu origem a outra claque, os No Name Boys, e que quase ditou o fim dos DV.
Na época 92/93 perdem o apoio financeiro da direcção do clube por terem utilizado por várias vezes bandeiras com cruzes suásticas e por muitos dos seus membros serem skinheads e se conectarem com a extrema direita. Apesar dos símbolos terem desaparecido, o apoio jamais voltou.
"Connosco quem quiser, contra nós quem puder", este lema levado à risca criou um espírito de união tão forte que o grupo fechou-se sobre si próprio e foi isto que o susteve, o facto de não haver preocupação se eram 20 pessoas ou 200, ou se jogavam contra um grande ou pequeno, as palavras de ordem do seu lema diziam tudo.
As relações com a outra claque do Benfica não eram as melhores no início do novo milénio e quando o crescimento dos DV era mais visível que nunca, a sua sede seria incendiada.
Na época 2003-2004 mudam-se para os sectores 21 e 22 do piso 0 da bancada Coca-Cola do novo Estádio da Luz e graças às novas condições da bancada, passava a ser possível realizar melhores e maiores coreografias.
Quando tudo apontava para a estabilidade interna, eis que, por divergências internas na época de 2004-2005, saí o líder dos Diabos e uma nova direcção é formada. Porém estes não se deixaram desmotivar e largaram mãos à obra numa época que jamais será esquecida.
Grandes e majestosas coreografias são concretizadas, fumaradas de grande intensidade são realizadas na Luz fazendo renascer o mito do inferno da Luz, mas alguns problemas com a polícia, escaramuças internas, e uma nova política de venda de bilhetes fez com que muita gente deixasse de acompanhar a claque. Uma vez que o Benfica havia-se sagrado campeão nessa época, tal realidade não havia sido sentida tão intensamente, porém estava dado o alerta e uma reestruturação interna era necessária.
Assim durante a pré-época é feita uma recontagem do número de sócios, e o grupo desce dos 5 mil associados para um pouco mais de 1,5 mil.
sábado, fevereiro 13, 2010
sexta-feira, fevereiro 12, 2010
quinta-feira, fevereiro 11, 2010
Taça Tahiti - Classificação Grupos - Day 3
Grupo A - Estafetas 50 x 48 Jack Daniel's
Grupo B - Diabos à Solta 48 x 33 Los mariachis.pt
Grupo C - GanitaFC 50 x 46 Apito Queimado
Grupo D - Club Sport Monte 29 x 50 Coral SC
Grupo A - Madeira
1º Jack Daniel's - 3 Pontos - Dif. +24 - 2 Jogos
2º Madeira Livre FC - 3 Pontos - Dif. +17 - 2 Jogos
3º Estafetas - 3 Pontos - Dif. -41 - 2 Jogos
Grupo B - Porto Santo
1º Los mariachis.pt - 3 Pontos - Dif. +7 - 2 Jogos
2º Diabos à Solta - 3 Pontos - Dif. -3 - 2 Jogos
Grupo C - Desertas
1º Apito Queimado - 3 Pontos - Dif. +5 - 2 Jogos
3º Clube Desportivo 48 - 3 Pontos - Dif. -6 - 2 Jogos
Grupo D - Selvagens
2º Redheart's Corner - 3 Pontos - Dif. +14 - 2 Jogos
3º Club Sport Monte - 0 Pontos - Dif. -37 - 2 Jogos
quarta-feira, fevereiro 10, 2010
100 Verde Rubros Anos - Capítulo I, Parte 4
Raízes Ancestrais
Negócio de "Chicago''
Brincadeiras do "Candinho"
Jogam os Madeirenses
Bola de Cabeça
Mas foi preciso convencer os jogadores de que o peso do esférico não seria, mesmo em retorno do seu voo, muito mais do que aquele que ele tinha junto ao solo. Esse receio foi vencido. Mas continuou-se a jogar aos repelões, um pouco às cegas, com a bola impelida quase sempre ao primeiro shoot, como se assim fosse possível chegar rapidamente ao goal do adversário e... escapar às pisadelas que o momentâneo domínio de bola inevitavelmente acarretava, pela chusma de adversários emesmo colegas de equipa que ansiavam pontapear o esférico. Joga-se assim, nestas ‘brincadeiras do Candinho’. As formações são constituídas por membros da classe comercial e outros elementos de categoria social assinalável.
A classe dos marítimos está cada vez mais desejosa de dispor de uma formação própria, onde pudessem alinhar os seus elementos mais dotados...
Repórter Tahiti TV - XII - Alvalade
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Onze da Jornada 18
G - Eduardo (Sp. Braga) - 13 Pontos
D - Orlando (Académica) - 8 Pontos
D - Ózeia (P. Ferreira) - 8 Pontos
D - Valdomiro (V. Guimarães) - 6 Pontos
D - Gaspar (Rio Ave) - 6 Pontos
M - Tomás Costa (FCPorto) - 8 Pontos
M - Maykon (P. Ferreira) - 8 Pontos
M - João Moutinho (Sporting) - 6 Pontos
A - Bruno Gama (Rio Ave) - 12 Pontos
A - Kléber (Marítimo) - 7 Pontos
A - João Ribeiro (Académica) - 7 Pontos
Pontos Totais (sem capitão) - 89 Pontos
Pontos Totais (com Eduardo a capitão) - 102 Pontos
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
Estádios do Mundial'2010 - Royal Bakofeng
Em 1999, os bafokeng saíram vitoriosos de uma batalha judicial em que conquistaram direitos sobre 20% da platina obtida nas minas localizadas na terra onde fizeram a sua história. Assim, eles são co-proprietários da mineração de platina na região. Depois de concluído, o estádio terá capacidade para 42 mil espectadores sentados.
A selecção da África do Sul disputou no Estádio Royal Bafokeng uma partida das eliminatórias para a Copa do Mundo da FIFA contra o Burkina Fasso em 2001 e venceu por 2 a 1. Desde então, a arena já recebeu diversos jogos da primeira divisão sul-africana apesar de Rustemburgo não ter a sua própria equipa.
O estádio fica a somente 25 minutos de carro de Sun City e a 30 minutos de Pilansberg, a 12 quilômetros do centro de Rustemburgo.
in fifa.com
15 Junho 12:30 - (Grupo F) Nova Zelândia - Eslováquia
15 Junho 12:30 - (Grupo D) Gana - Austrália
22 Junho 15:00 - (Grupo A) México - Uruguai
24 Junho 19:30 - (Grupo E) Dinamarca - Japão
26 Junho 19:30 - (Oitavos de Final) 1º Grupo C - 2º Grupo D
Repórter Tahiti TV - XI - Barreiros
domingo, fevereiro 07, 2010
Qualificação - Euro 2012
* Portugal
* Dinamarca
* Noruega
* Chipre
* Islândia
100 Verde-Rubros Anos - Capítulo I, Parte 3
Os sectores mais abastados da população local, que também alimentavam o ideal de dispor de uma equipa que os integrasse no jogo, tinham já encontrado uma organização própria, distinta da dos ingleses – o Club Sports Madeira, fundado pouco tempo antes do Marítimo. A fundação deste clube em data anterior à do Marítimo corresponde mais a uma superior capacidade organizadora dos elementos que lhe vão dar origem, que propriamente a uma adesão ao futebol anterior à classe dos marítimos. E os primeiros tempos do Futebol organizado na Madeira vai fazer-se, em muito, à volta dos jogos entre estes dois Clubes – um Marítimo, dos bomboteiros, popular, republicano e um Madeira, das classes abastadas, nobre, monárquico.
Primitiva formação do Club Sports Madeira. Só um elemento usa a camisola às listas azuis e brancas