sexta-feira, abril 30, 2010

Taça Tahiti - Final

Realiza-se nesta jornada 29, a final da Taça Tahiti. Coral SC e Redheart's Corner disputam a segunda competição mais apetecível da época. Embora as classificações na Liga sejam opostas, a Taça é uma competição de surpresas, onde tudo pode acontecer. A estreante Filipa Correia, a realizar uma época brilhante, consegue chegar à final da Taça pela primeira vez, onde irá defrontar o actual detentor do troféu, Fábio Ferreira, que volta a marcar presença na final, pese embora o mau campeonato até agora efectuado. Na sondagem que está a ser realizada, a maioria aposta na vitória de Coral SC, embora a distância para o adversário não seja muito díspar. Curiosamente, ainda não houve votos na hipótese "Finalíssima", o que leva a crer que todos acreditam que o troféu será entregue no final da ronda 26. Assim, espera-se uma final equilibrada, onde qualquer uma das equipas poderá ganhar a competição. De seguida, apresentamos o trajecto das duas equipas até à final.
Redheart's Corner
Grupo Playoff - 2ª Classificada - 12 Pontos
Grupo D (Selvagens) - 1ª Classificada - 7 Pontos
Quartos de Final (Agg.)
Redheart's Corner 100 - 76 Apito Queimado
Meias Finais (Agg.)
Redheart's Corner 80 - 74 Estreitos Unidos

Coral SC
Grupo D (Selvagens) - 2º Classificado - 6 Pontos
Quartos de Final (Agg.)
Coral SC 91 - 75 Ganita FC
Meias Finais (Agg.)
Madeira Livre FC 28 - 58 Coral SC

Final
Redheart's Corner x Coral SC

25ª Ronda - Classificação Liga dos Campeões

quinta-feira, abril 29, 2010

Liga Sagres

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou, na passada Segunda-Feira, que todos os jogos referentes à 29ª jornada da Liga Sagres, serão realizados Domingo às 20h15.
A decisão parece-nos estranha, visto o dia e a hora em que foram marcados. Numa jornada que pode ser de muitas decisões, aceita-se que a Liga marque os jogos à mesma hora das equipas que competem directamente entre si, como, por exemplo, das partidas FCPorto x SLBenfica, SCBraga x P. Ferreira e Olhanense x Leixões, Marítimo x V. Setúbal. Errado é, a hora e o dia que escolheram para a realização dos mesmos. Marcar jogos num Domingo à noite, contraria tudo o que a Liga diz pretender. Estádios cheios. Num fim-de-semana de clássico, que poderá decidir o futuro campeão, a decisão do organismo que gere as ligas profissionais de futebol, só irá contribuir para a não mobilização dos adeptos aos estádios para apoiar as suas equipas, pois sabem que no dia seguinte há trabalho, escola. Sabendo que os regulamentos ditam que as partidas das duas últimas jornadas devem disputar-se ao mesmo tempo, exceptuando os casos em que não interfira com os objectivos das equipas envolvidas, porque não marcar os jogos no Sábado ou até mesmo Domingo à tarde? Os direitos televisivos não deviam influenciar na escolha da data e hora para a realização da jornada. Mas neste caso, parece ser o que mais importou para a LPFP. Enquanto as televisões ganham milhões, a Liga retira assim espectadores dos estádios portugueses, isto quando muito ainda está por decidir..no topo, no meio e no fim da classificação. Não deveriam antes promover uma modalidade que move massas, fazendo com que milhões gastos nos investimentos em estádios, tivessem agora alguma rentabilidade?

Ronda 25 - Classificação - Jornada 28

Não existe melhor forma de colocar um ponto final na crise do que a apresentada por Madeira Livre FC. O terceiro hat trick da época de Cardozo proporcionou ao treinador José Pedro Pereira novo fôlego na luta pelas posições cimeiras. A soma de 82 pontos quase que não era suficiente para vencer a jornada, uma vez que o líder não baixa os braços, mesmo vendo a concorrência a léguas de distância, somou desta vez 80 pontos. Redheart's Corner deu um importante passo na luta pelo segundo lugar aumentando a sua vantagem para trinta pontos. A equipa em questão é perseguida por um trio, Club Sport Monte, Madeira Livre FC e Los Mariachis.pt que ainda almejam o lugar de acesso às ''competições europeias''. Destaque também para Tinterra que após esta jornada, apesar de manter o décimo lugar na classificação, salta para a luta que parecia destinada a Jack Daniel's e Carvalheiro FC pela oitava posição. No fundo, os treinadores mais bem posicionados ganharam vantagem aos seus mais directos perseguidores. Espírito Santo, foi o pior da jornada, está irremediavelmente condenado.

quarta-feira, abril 28, 2010

Será pago?

E se não conseguir resolver todos os seus problemas em 24 horas, pode sempre dar a volta à rotunda e voltar a estacionar.

100 Verde-Rubros Anos - Capítulo VI, Parte 3


Confronto em Luanda

A 24 de Setembro, praticamente um mês depois de ter deixado o Funchal, o Marítimo cumpre o seu sexto jogo em terras de África. O adversário dá-se pelo nome de ‘Ferroviário’, campeão de Luanda. A vitória, desta feita, faz-se com dois golos sem resposta. Um resultado considerado escasso, face ao domínio exercido pelos maritimistas, mas também justificado pela actuação do guarda- redes contrário. O ‘Província de Angola’ regista que o Marítimo é uma excelente equipa, considerando o valor dos seus jogadores equilibrado. Mas critica que o poder de remate da equipa não tivesse sido utilizado devidamente…
Machimbombo do Lobito

Nova viagem de avião, desta feita para o Lobito. À chegada à cidade, tal qual vem acontecendo por todos os sítios onde o Marítimo tem passado, sucedem-se os gestos de simpatia. Desta feita, o presidente do Município põe à disposição da caravana um «machimbombo» (camioneta), que servirá para as visitas ao Lobito e para a deslocação à cidade de Benguela. Esta última cidade tinha sido designada sede das recepções e festas organizadas em honra do Marítimo e é nela que a caravana verde-rubra fica alojada.
Mais duas vitórias

A 30 de Setembro, o Marítimo bate a Selecção de Benguela por 3-0. No dia seguinte, no Lobito, volta a triunfar, desta feita por 2-1, sobre a selecção local. Esta partida é antecedida de um amistoso entre os madeirenses residentes no Lobito e a selecção B da cidade. A equipa madeirense, reforçada por três jogadores do Marítimo e trajando equipamento igual ao do clube, vence por 2-0. Os encontros realizados pela equipa principal do Marítimo tiveram graus de dificuldade diferentes. Na primeira, a vitória aconteceu com naturalidade, dada a superioridade da equipa madeirense. No encontro do Lobito, disputado perante um grupo tradicionalmente aguerrido e num campo menos bem tratado que o do jogo da véspera, a vitória tangencial exigiu o melhor dos esforços dos verde-rubros. No plano social, todas as manifestações situam-se num elevado plano de amizade, com particular destaque para os intensos contactos entre a colónia madeirense e os jogadores do Marítimo. Registo particular merece a palestra do padre Telésforo, proferida no Sindicato do Empregados de Comércio, subordinada ao tema «O Homem e o Desporto».
Ida a Malange

Fora de programa, a ida a Malange acaba por acontecer por convite e insistência dos colonos da cidade, ansiosos pelo contacto, que anteviam positivo, com a comitiva madeirense. A 5 de Outubro acontece o encontro desportivo. O Marítimo bate a selecção local por sete bolas a uma. O fraco nível do opositor não colocou qualquer tipo de problemas à formação verde-rubra. Mas essa debilidade desportiva foi largamente compensada pela forma entusiástica e dedicada com que os organizadores da visita qui-seram receber o Marítimo e, por ele, relembrarem a Madeira e o Continente.

terça-feira, abril 27, 2010

O Cão Bebé

Não existem limites para a utilidade de uma carroçaria. Neste caso, serviu para transportar um bebé.. ou será um cão?

Onze da Jornada 28

Óscar "Tacuara" Cardozo é o Jogador da Jornada. O paraguaio marcou um hat trick na goleada frente ao Olhanense, deixando assim a equipa encarnada a um ponto da conquista do campeonato.

G - Nilson (V. Guimarães) - 7 Pontos
D - Paulão (Braga) - 9 Pontos
D - Andrézinho (V. Guimarães) - 8 Pontos
D - Maicon (FCPorto) - 7 Pontos
M - Luís Aguiar (Braga) - 14 Pontos
M - Diogo Gomes (Académica) - 8 Pontos
M - Guarín (FCPorto) - 8 Pontos
M - Nuno Assis (V. Guimarães) - 8 Pontos
A - Cardozo (Benfica) - 24 Pontos
A - Di Maria (Benfica) - 10 Pontos
A - Falcão (FCPorto) - 9 Pontos

Pontos Totais (sem capitão) - 112 Pontos
Pontos Totais (com Cardozo a capitão) - 136 Pontos

segunda-feira, abril 26, 2010

Suécia 1958 - Nomes & Números

Anfitrião: Suécia
Vencedor: Brasil
2º Lugar: Suécia
3º Lugar: França
4º Lugar: RFA

Números da Prova
16 Países
35 Jogos
126 Golos
3.60 Média de golos por jogo
868 000 Espectadores
24 800 Média de Espectadores por Jogo
3 Expulsões
0 Auto Golos

Participantes
Europa: Áustria, Checoslováquia, Escócia, França, Gales, Hungria, Inglaterra, Irlanda do Norte, Jugoslávia, RFA, Suécia e URSS
América do Sul: Argentina, Brasil e Paraguai
América do Norte, Central e Caraíbas: México

Dream Team do Mundial 1958
Gilmar (BRA);
Nilton Santos (BRA), Bellini (BRA) e Bergmark (SUE);
Kopa (FRA), Zito (BRA) e Didi (BRA);
Garrincha (BRA), Pelé (BRA), Fontaine (FRA) e Hamrin (SUE).

Melhor Marcador
Fontaine (FRA) - 13 Golos

Onze Base do Campeão Brasil

Suécia 1958 - O que dizem as bilhardeiras?


"Eu não imaginava que seria convocado"

Pelé, com apenas 17 anos

100 Verde-Rubros Anos - Capítulo VI, Parte 2

Primeiras Vitórias

No dia 9 de Setembro realiza-se o primeiro dos 13 encontros ‘africanos’ do Marítimo. O adversário é o Sporting Clube de Lourenço Marques e a taça em disputa chama-se, significativamente, ‘João Gonçalves Zarco’. Apesar do clube local possuir uma equipa forte e evoluída, o Marítimo impõe-se por 4-1. No dia seguinte, nova vitória, desta feita sobre a Selecção de Durban, uma formação considerada superior ao Sporting local, mas que é derrotada pelos mesmos números. Os planos iniciais da digressão estabeleciam que, dos quatro jogos a realizar em Moçambique, dois seriam em Lourenço Marques e outros dois na cidade da Beira. Porém, limitações de diversa ordem obrigaram a que a totalidade desse encontros tivessem lugar na capital moçambicana.
Derrota sofrida

Assim, o terceiro encontro, disputado no dia 16, opõe aos maritimistas os ‘Naturais de Moçambique’. Este conjunto vai impor a única derrota que o Marítimo conhecerá em toda a digressão, como de resto fizera, um mês antes, ao Sport Lisboa e Benfica, a quem derrotara por 3-1. Este jogo ‘Naturais de Moçambique’ – Marítimo acaba com o marcador a assinalar 5-4 para os locais. Os jogadores queixaram-se da arbitragem; os directores preferem colocar a ênfase no valor do adversário. Mas a verdade é que o clube foi prejudicado. Como relatou, na apreciação ao jogo, o jornal ‘União’:

"Pelo jogo desenvolvido o triunfo foi justo. Mas há que ter em consideração diversos factores, que influíram poderosamente no ânimo dos visitantes que, estando a ganhar por 2-1, viram o esférico transpor o risco fatal da baliza adversária, sem que o árbitro assinalasse tento, para depois validar um outro obtido, parece, depois dos 45 minutos iniciais regulamentares. Porém, o cúmulo, foi a validação dum suposto terceiro ponto, que levou um conceituado crítico desportivo local a escrever no seu jornal, o «Lourenço Marques Guardian», o seguinte: ‘A arbitragem, além da validação do terceiro golo (e não se admite que o árbitro não tenha visto uma jogada como aquela, em que dois homens estavam bem para lá da linha defensiva) pecou por bairrismo notório ..."
Sentindo-se injustiçados, os jogadores verde-rubros aplicam-se a fundo para, no dia seguinte, derrotar, por quatro bolas sem resposta, a mesma equipa dos ‘Naturais de Moçambique’, reforçada por três naturais da ‘metrópole’.
Alegria Madeirense

Das inúmeras manifestações de amizade e simpatia que rodearam a presença do Marítimo em Moçambique, o maior destaque foi para o banquete de confraternização organizado pela Casa da Madeira de Lourenço Marques. A grande maioria dos madeirenses que vivem na capital e arredores juntam- se à comitiva, dando continuidade aos emocionados contactos que se tinham iniciado na recepção oferecida pela mesma entidade. Fala-se da terra-mãe. À medida que se descobrem laços de familiaridade e se confirmam notícias das raízes deixadas na Ilha, não são poucos, entre visitantes e visitados, os que choram.
Nova Lisboa

Cumprida a missão em Moçambique, a caravana verde-rubra inicia o regresso a Angola. O destino mais exacto é Nova Lisboa, no planalto de Benguela, onde a 21 de Setembro se realiza um jogo entre a Selecção local e o Marítimo. A vitória verde-rubra (4-2) é incontestada mas difícil. Os jogadores madeirenses experimentam dificuldades para jogar num campo situado 1800 metros acima do nível do mar, para mais tendo pela frente um conjunto adaptado a essas circunstâncias. O programa social reveste-se da onda de simpatia que o Marítimo encontra em toda a digressão. Colonos madeirenses e de outras partes do país, com particular destaque para aqueles que estão directamente vinculados à organização, honram a embaixada madeirense com gestos de simpatia.

domingo, abril 25, 2010

Benfica Campeão Europeu de Futsal

O Benfica sagrou-se hoje campeão europeu de futsal, após derrotar na final da Uefa Futsal Cup, os espanhóis do Interviú Madrid, por 3-2 após prolongamento (2-2 no final do tempo regulamentar). As águias, comandadas por André Lima, alcançaram o maior feito do futsal português, vencendo a fase final da principal prova europeia de clubes, que teve o Pavilhão Atlântico, em Lisboa, como palco. Os encarnados, tricampeões nacionais, conseguiram superiorizar-se àquela que é conotada como a melhor equipa do mundo e que se apresentou na capital para defender o título europeu. Assim sendo, é de realçar esta conquista por parte do SLBenfica, que assim elevou o nome de Portugal ao mais alto nível.

E vão 9!

O FCPorto sagrou-se ontem, pela nona vez consecutiva, campeão português de hóquei em patins. A cinco jornadas do termino do campeonato, a equipa azul e branca festejou a conquista do título após vitória sobre a Oliveirense, 5-7, quando apenas necessitavam de um empate para garantir a vitória do mesmo. Os dragões entram assim para a história da modalidade, visto nenhum outro clube em Portugal ter conseguido conquistar nove títulos consecutivos. É obra!

Suécia 1958 - A Figura

Pelé (Brasil)

Quando o Suécia 1958 terminou, o pequeno Edson Arantes do Nascimento tinha apenas 17 anos e 239 dias, algo que fazia dele o mais jovem campeão mundial, recorde que ainda detêm. Não foi, porém, pela tenra idade que Pelé ficou na história deste campeonato, ou sequer devido a esse recorde de juventude que entrou na história da modalidade. Mais, porque começou aí a escrever uma das mais douradas páginas do próprio futebol, e com a sua surpreendente entrada em cena, nasceu também um mito, quiça um dos maiores do próprio desporto.

Dois primeiros jogos algo insipidos, incluíndo o empate a zero com Inglaterra, levaram Vicente Feola, o seleccionador canarinho, a efectuar algumas mudanças na equipa. Dessa feita, Pelé já jogou na vitória por 2-0 frente à URSS e nunca mais saíria da equipa até à final, fazendo entretanto o gosto ao pé por seis vezes, duas das quais frente ao jogo decisivo contra a anfitriã Suécia. Aqueles que, e foram muitos, tanto contestaram a convocação do jovem Pelé, metiam a "viola no saco" e passavam a estar na primeira fila a idolatrá-lo. Afinal, foi preciso "nascer" este génio para o Brasil conseguir finalmente um título mundial. Por isso se diz no seu país que existia um escrete antes de Pelé, e outro depois, o que aprendeu a juntar títulos ao futebol de superior qualidade que, indiscutivelmente sempre praticou.

Danger - Keep Out

Este blog encontra-se em quarentena por período indefinido.

100 Verde Rubros Anos - Capítulo VI, Parte 1


Triunfo Africano
O campeão de Portugal, das Ilhas e da Madeira, vividos que estavam os seus primeiros 40 anos, interpreta uma das mais fantásticas digressões alguma vez realizada por um clube português. Estamos em 1950. O pretexto é levar o abraço da terra- -mãe aos colonos madeirenses que se tinham espalhado pelas terras africanas de Angola e Moçambique. Mas se esse era o pretexto, a razão de fundo inscrevia-se na tradicional apetência do Marítimo para ultrapassar os limites da insularidade e demonstrar, pelo seu futebol, que aqui vivia gente capaz das maiores proezas, a tanto lhe fosse dada oportunidade. Serão 70 dias fora da Ilha, fazendo matar a saudade dos que tinham partido em busca de melhor vida. Mas nem por isso se baixará a bandeira verderubra. Em 13 jogos, alcançam- -se 12 vitórias e apenas por uma vez os madeirenses conhecerão a derrota. É verdade que nem todos os opositores tinham atingido um nível futebolístico apreciável. Mas também é verdade que, quando em confronto com o Marítimo, são derrotadas formações que anteriormente se ti-nham imposto a outros clubes da parte continental do país. Na chegada ao Funchal, a 4 de Novembro, a cidade vai viver momentos idênticos àqueles de quando o Marítimo conquistou o título de Campeão de Portugal. A cidade enche-se de gente e alegria, para glorificar o triunfo africano. E canta-se, pela primeira vez, a marcha mais conhecida do clube: ‘Lá vêm, lá vêm, os nossos ‘maravilhas’, os ‘endiabrados’, campeões das Ilhas ...’

Preparativos

A digressão do Marítimo a África começou a ser preparada com praticamente um ano de antecedência. A ideia original do Futebol Clube de Luanda, em Novembro de 1949, é a organização de uma deslocação a Angola, a ficar mais ou menos confinada à zona de Luanda. A evolução das negociações entre as partes permitiu chegar a um acordo mais vasto, que fará o Marítimo chegar à costa oriental africana, visitando Moçambique, bem como alargar os planos iniciais a mais regiões angolanas. Todos os pormenores merecem a melhor das atenções. Ficam estabelecidas as responsabilidades das partes envolvidas e nas cidades a visitar são organizadas ‘comissões de honra’, responsáveis pela recepção e instalação Cumprida a missão em Moçambique, a caravana verde-rubra inicia o regresso a Angola. O destino mais exacto é Nova Lisboa, no planalto de Benguela, onde a 21 de Setembro se realiza um jogo entre a da caravana madeirense, bem como pela organização dos programas desportivo e social.
Marítimo Reforçado

A 26 de Agosto, a caravana madeirense embarca no vapor Moçambique. É composta por 22 elementos. Só três não são jogadores – o padre Telésforo Rafael Afonso, Adelino Rodrigues e Francisco Silva; os dois primeiros são dirigentes do clube; o terceiro é o massagista e homem responsável também pelos equipamentos. Dos 19 jogadores, dois não pertencem aos quadro do Marítimo: João Maciel e António Correia. O primeiro é açoriano, guarda-redes do Micaelense F.C.; o segundo é médio e alinha no Sporting Clube da Madeira. Ambos integram a caravana com autorização dos respectivos clubes. Os 17 verde-rubros de ‘raiz’ que entraram no ‘Moçambique’ eram Armando Silvestre Silva, Américo Teodoro Fernandes, Francisco Rodrigues (Tabaca), Jaime Freitas Sousa (Albino), João Correia (Calinhos), José Santos Viveiros (Farruca), José de Abreu (Checa), António Alves Tremura (Chino), Raúl Alves Tremura, Eduardo Vicente da Silva, Eduardo Silvestre de Sousa (Joanito), Alberto Gomes Carvalho (Faiamane), Ernesto José Gomes Silva, Mário da Paixão, Fernando Rodrigues (Gato), Joel Casimiro Ferreira e Elisiário Lucas Oliveira (Titaia).
Para Moçambique

A comitiva madeirense chega a Luanda a 5 de Setembro, dez dias após a partida do Funchal, já depois de ter feito escala em São Tomé. Dois dias depois, chegará a Moçambique, para cuja capital viajou de avião a partir da capital angolana. A breve estada em Luanda envolve a caravana de carinho e atenções. Mas no plano organizativo as coisas não começam da melhor maneira – a disponibilidade da lotação do avião que leva os madeirenses para Moçambique obriga a que dois jogadores tenham de ficar em Luanda. A difícil escolha recai sobre Mário da Paixão e Alberto Gomes Carvalho (Faiamane). À chegada a Lourenço Marques um numeroso grupo de madeirenses radicados na colónia faz, da sessão de boas-vindas ao Marítimo, uma festa. Em abraços e palavras emocionadas matam-se saudades da terra.

sábado, abril 24, 2010

Suécia 1958 - Um Tal de Edson Arantes

Não é possível falar do Suécia'58 sem destacar Pelé, são indissociáveis, foi em solo sueco que um tal de Edson Arantes do Nascimento iniciou o reinado como um dos melhores jogadores de sempre do futebol mundial. Para além deste ser o Campeonato de Pelé, foi também o Mundial da Televisão, o primeiro com transmissões televisivas de vários jogos para todo o mundo, da estabilidade do formato competitivo, da entrada em cena da URSS de Yashin e do regresso da Argentina.


A equipa anfitriã que atingiu a final.

Na fase de Grupos, a Irlanda do Norte (Grupo 1) surpreendeu, deixando para trás as equipas da Checoslováquia e Argentina. No Grupo 2, a França de Fontaine e Kopa, em excelente forma lidera o grupo de forma fácil. A Suécia, no Grupo 3, com o seu futebol vistoso também não teve dificuldade em apurar-se para os quartos de final. Nos três primeiros grupos passaram também RFA, Jugoslávia e País de Gales.


Brasil - URSS, o jogo em que o Brasil começou a correr para o título.

No Grupo 4, os dois primeiros jogos do Brasil foram complicados, uma vitória sobre a Áustria e um empate com a Inglaterra, colocavam a nu as deficiências de sempre do escrete que continuava sem conseguir aliar objectividade a um futebol de fino recorte. Cedendo a várias pressões, o treinador Feola efectuou algumas mudanças no onze. Entre outras alterações, saltaram fora Dida e Joel, dando lugar a dois jovens desconhecidos, nada mais, nada menos, do que Garrincha e Pelé. Garrincha fez de gato sapato os defesas soviéticos, mas Pelé seria a estrela maior. Entrou tímido contra a URSS, mas rebentou para a glória nos quartos de final com o golo decisivo sobre o País de Gales e com um hat trick contra a França. Na final a canarinha defrontaria a Suécia, que havia eliminado a URSS e a RFA.



Conduzidos por Pelé, finalmente, o Brasil seria campeão do mundo

Na final, a Suécia entrou a ganhar com um golo de Lindholm aos 3 minutos, mas o Brasil respondeu com golos de Vavá (2), Pelé (2) e Zagallo, fazendo com que o outro tento sueco pouco valesse para assustar o poderio brasileiro. O jogo termina e o Brasil é finalmente campeão do mundo e Pelé, o grande responsável pelo primeiro desfecho dourado do futebol canarinho, sai em ombros dos companheiros. O capitão Bellini recebe a Taça Jules Rimet das mãos do Rei Gustavo da Suécia e ergue-a pela primeira vez aos céus, o gesto haveria de perdurar para todo o sempre, imitado por todos os capitães campeões do mundo.

Final, 29 de Junho de 1954, Estocolmo
Brasil 5-2 Suécia
Vavá 9', 32', Pelé 55', 90', Zagallo 67'; Liedholm 3', Simonsson 80'

Pina de Ouro

João Pina é campeão europeu de judo. O português venceu ontem a final na categoria de - 73 kg, em Viena(Áustria), frente ao russo Batradz Kaitmazov. Pina, aos 28 anos, ganha assim a sua primeira medalha numa prova sénior. De realçar ainda, a medalha de bronze conquistada pela Telma Monteiro(categoria de - 57 kg), que embora não tenha revalidado o título, deixou novamente uma excelente imagem. Parabéns aos judocas portugueses.

Repórter Tahiti TV - XV - Cidade de Coimbra (parte 2)

Académica 2 - 3 Benfica (vídeo da autoria de Artur Rodrigues)

24ª Ronda - Classificação Liga de Portugal

sexta-feira, abril 23, 2010

Repórter Tahiti TV - XV - Cidade de Coimbra (parte 1)

Académica 2 - 3 Benfica (vídeo da autoria de Artur Rodrigues)

O estádio Cidade de Coimbra registou no passado fim-de-semana a maior assistência da época, 21724 espectadores, número para o qual em muito contribuíram os benfiquistas, que estavam em clara maioria no estádio. Pese embora o elevado custo dos bilhetes, a euforia encarnada marcou presença em Coimbra, ajudando assim a equipa da Luz a conseguir nova vitória rumo ao título de campeão português.

24ª Ronda - Classificação Liga dos Campeões

quinta-feira, abril 22, 2010

Taça Tahiti - Meias Finais - 2ª Mão

Meias Finais - 2ª Mão
Madeira Livre FC 24 x 34 Coral SC (agg. 28 - 60)
Estreitos Unidos 44 x 48 Redheart's Corner (agg. 74 - 80)
Após a 2ª mão das meias finais, Coral SC e Redheart's Corner confirmaram a presença na final da Taça Tahiti, após nova vitória nos respectivos encontros. A final, essa, será disputada na "escaldante" jornada 29 da Liga Sagres.

Ronda 24 - Classificação - Jornada 27


Tiago Camacho foi o vencedor da jornada pela primeira vez esta época. Los Mariachis.pt alcançaram cinquenta e um pontos, subindo assim ao quarto lugar da classificação relançando a luta pelas posições cimeiras. O líder está de pedra e cal. Redheart's Corner ultrapassou a fasquia dos mil pontos após nova excelente prestação na jornada, voltou a ganhar terreno aos seus mais directos adversários cimentando o segundo lugar. Clube Desportivo 48 voltou a estar em baixo de forma, Madeira (em queda) Livre FC, já se encontra no sexto lugar da classificação, após três jornadas consecutivas como o pior da semana. O campeão em título parece ter acordado definitivamente, as ultimas boas prestações permitiram-lhe distanciar-se dos seus perseguidores e colar-se ao grupo da frente, terá certamente que redefinir objectivos até ao final da época. Na outra metade da tabela, Jack Daniel's e Carvalheiro FC disputam o oitavo lugar, estando quase posta de parte qualquer tentativa de alcançar a metade superior da tabela. Os Tinterra voltaram a ser os mais fortes do último grupo, ganhando algum espaço na décima posiçao. Diabos á Solta e Coral SC continuam muito juntos, mas já quase sem pressão de Os Estafetas, que ainda não conseguiram esboçar uma recuperação. Ganita FC continua lanterna vermelha, dificilmente conseguirá sair dessa posição. As opções no final de época revelam-se sempre mais dificeis, com apenas três jornadas por disputar, qualquer deslize pode ser fatal, mas quem não arrisca não petisca. Treinadores ambiciosos, precisam-se.

quarta-feira, abril 21, 2010

Grande Avenida.


Nas ruas da cidade existem novas caixas de correio, segundo uma visão bem humorada. Depois do correio azul e o correio normal, nas ruas... vem o correio verde.

100 Verde Rubros Anos - Capítulo V, Parte 6


Intercâmbio Insular

Outra das vertentes da actividade futebolística do Marítimo está, desde sempre, localizada nos contactos com os Açores e as Ilhas Canárias. Fosse na recepção a formações dali oriundas, fosse na visita às mesmas, o saldo também se apresenta, apesar das derrotas e dissabores, favorável aos verderubros. Angústias A.C. (Ilha do Faial), Lusitânia S.C. (Ilha Terceira), Santa Clara (Ilha de S. Miguel) são visitantes e anfitriões do Marítimo, em provas oficiais e particulares. O saldo dos resultados é claramente ‘verde-rubro’. O mesmo se pode dizer dos confrontos com formações canarianas. C.D. Tenerife, Marino F.C. e Atlético de Grã-Canária, são igualmente anfitriões e visitantes do Marítimo. Com as contas a ‘penderem’ para de novo para a Madeira.
Jogadores Internacionais
Ao longo deste período o valor dos futebolistas madeirenses começa a ser mais reconhecido. Surgem as internacionalizações de jogadores do Marítimo, como que a confirmar a de José Ramos (Zé Pequeno), acontecida em 1925/26. Artur de Sousa (Pinga), Manuel Ramos (Janota), António Teixeira (Camarão) Carlos Pereira e José da Mota (Gesso), todos nado-criados no Marítimo, atingem, com notoriedade diversa, a principal selecção portuguesa de futebol. E não falta quem, ainda hoje em dia, lamente que idênticas oportunidades não tenham sido dadas a outros tantos jogadores das equipas verde-rubras que, quando em confronto com muitos dos ‘craques’ com que eram constituídas essas selecções nacionais, demonstravam classe suficiente para a elas serem chamados. Mas a Madeira ficava ‘longe’…
Hegemonia Regional

Entre a conquista do título de campeão de Portugal e a digressão a África, a hegemonia do Marítimo consolidou- se fortemente. Nos títulos oficiais e nos inúmeros jogos particulares, o clube continuou a destacar-se, pelas vitórias alcançadas, dos restantes competidores locais. Merecem particular destaque duas circunstâncias -- a da solicitação constante da presença do Marítimo nos encontros particulares; a aderência significativa da massa adepta do Clube nesses mesmos encontros. Não admira, assim, que a generalidade das iniciativas com fins de benemerência exigissem a presença das equipas do Msrítimo - para assegurar as receitas que a presença seus apaniguados fazia crescer.
Bom prenúncio

Foram ‘loucos’, estes anos de 1949 e 1950. O Marítimo vence todas as provas regionais. Com os clubes forasteiros, o ‘saldo’ também é positivo - 11-1 ao Santa Clara (na festa de homenagem a Calinhos); empate com o Sporting lisboeta (1-1), depois de uma vitória de 4-2 sobre o Benfica (na desforra de um 2-3); o Setúbal sofre duas derrotas (4-2 e 5-2); o Porto, cheio de internacionais ‘AA’ também perde: 4-2. A excepção é a derrota com a Associação Atlética Portuguesa, do Brasil, por 3-1. Este último resultado não apaga a pergunta que anda na boca dos maritimistas e dos desportistas do país em geral: até onde pode ir este Marítimo, se o deixarem voar?

terça-feira, abril 20, 2010

Onze da Jornada 27

Weldon é o Jogador da Jornada. O avançado benfiquista bisou na partida frente à Académica, sendo assim decisivo na conquista dos três pontos por parte da equipa encarnada. Assim, quando faltam cumprir três jogos para o termino do campeonato, o Benfica consolidou a primeira posição, podendo mesmo festejar a conquista do 32º título de campeão português já na próxima jornada.

G - Bracalli (Nacional) - 9 Pontos
D - Moisés (Braga) - 7 Pontos
D - João Real (Naval) - 6 Pontos
D - Felipe Lopes (Nacional) - 6 Pontos
M - Rúben Amorim (Benfica) - 7 Pontos
M - Guarín (FCPorto) - 7 Pontos
M - Diogo Gomes (Académica) - 6 Pontos
M - Tiero (Académica) - 6 Pontos
A - Weldon (Benfica) - 14 Pontos
A - Alan (Braga) - 9 Pontos
A - Diego Barcelos (Nacional) - 7 Pontos

Pontos Totais (sem capitão) - 84 Pontos
Pontos Totais (com Weldon a capitão) - 98 Pontos

segunda-feira, abril 19, 2010

O abominável homem das neves

O alpinista João Garcia conquistou, pela décima quarta vez, os céus do nosso planeta. Aos 43 anos, o português atingiu sábado o cume do monte nepalês Annapurna, situado a 8091 metros de altitude, a última das 14 montanhas do mundo acima dos 8000 metros que se propôs escalar. É o primeiro alpinista português e o nono do mundo a completar os 14 picos do planeta acima dos 8000 metros sem ajuda de oxigénio artificial. Iniciou em 1993 o seu projecto, quando escalou o monte Cho Oyu(8201 metros), entre o Nepal e o Tibete. Em 1999, Garcia subiu ao cume do monte Everest(maior montanha do mundo, com 8844 metros), escalada que deixou em si várias marcas e o obrigaria a vários meses de recuperação. Entre outras difíceis subidas, João Garcia, 17 anos depois, vê o seu trabalho ter um fim. Os vários triunfos do português, são uma lição de persistência e perseverança, não deixando de ser uma lição para todos os portugueses que, tantas vezes, ao primeiro obstáculo desistem dos seus projectos. Garcia é a prova de que, com ambição, esforço, planeamento e persistência, todos os objectivos da nossa vida podem ser concretizados, por mais difíceis que sejam.

domingo, abril 18, 2010

Beija-me na boca e chama-me...

...Herói, na vitória do United no derby de Manchester, o veterano Paul Scholes recebe um cumprimento especial de outro histórico do actual campeão inglês. Será o início de uma amizade colorida?

100 Verde Rubros Anos - Capítulo V, Parte 5


Embaixador e Anfitrião

Ao longo destas duas dúzias de anos que medeiam entra a conquista do título de Campeão de Portugal e a Digressão a África, o Marítimo, malgrado as vicissitudes que passou, manteve- se, na linha das suas melhores tradições, como melhor embaixador e anfitrião da vida desportiva madeirense. Por aí também se solidificaram as raízes que alimentavam o campeão de Portugal e das Ilhas. Nem sempre os desfechos foram os melhores. Nem sempre os resultados económicos foram os desejados. Mas esteve sempre presente a vontade indomável de rasgar o isolamento e afirmar esse orgulho de ser madeirense. A generalidade daquelas que se foram transformando em ‘grandes’ equipas nacionais passaram pelo Funchal. E nas mais das vezes ficaram a conhecer as vagas impetuosas de que continuava a ser feito esse futebol do Marítimo. O clube madeirense já não ganha sempre – mas vencê-lo na Madeira é obra rara e só ao alcance dos melhores.
Para todos os gostos

Benfica (1936 e 1949), Porto (1942 e 1950) e Sporting (1950), foram os mais desejados e apreciados intérpretes desses confrontos. Da derrota imposta aos encarnados em 1936 já se falou atrás; em 1949, depois de 1-1 com o Nacional (clube também organizador da deslocação), os benfiquistas batem o Marítimo por 3-2, num jogo memorável. A ‘desforra’ fica marcada para três dias depois. O campo dos Barreiros regista a maior enchente até então. O Marítimo vence por 4-2. Lança Moreira, jornalista d ´ A Bola escreve: "O Marítimo foi, sem dúvida, mais igual em toda a partida. (...) Vitória limpa e certa. Albino, João Correia, Paixão, Raul e Carvalho, foram, pela ordem, os jogadores que mais impressionaram".
Nem com Pinga

Os portistas de 1942 trazem na caravana ‘Pinga’, o internacional português e capitão da selecção nacional que o Marítimo ‘criara’ nas suas escolas. Mas não impedem duas derrotas com o Marítimo (2-0 e 4-1). O Nacional (co-organizador da visita) empata um jogo (1-1) e vence outro (1-0). Em 1950, os nortenhos escalam no Funchal de passagem para os Açores. Em desafio previamente acertado com o Marítimo, sofrem uma derrota expressiva: 4-2. Cinco dos titulares dos ‘azuis e brancos’ eram internacionais ‘AA’ … Quanto ao Sporting, apresenta-se no Funchal a 1 de Janeiro de 1950. A despeito da sua fortíssima formação, o Marítimo luta até à exaustão por um resultado digno. 1-1 foi o desfecho final. Para surpresa lisboeta e satisfação madeirense.
Outros visitantes

Muitas outras formações passaram pelo Funchal, sempre com o intuito de defrontar o ‘maior das ilhas’, como este Marítimo vai ficando conhecido. Vitória de Setúbal (1927), Belenenses (1928, 1948 e 1949), Académica (1936 e 1937), Estoril Praia (1949), são os principais desses grupos continentais que nos visitam. Claro que também houve dissabores. Derrotas inesperadas. Algumas até pesadas. Mas elas são a excepção que vai confirmando essa regra que está ‘em vigor’ desde que o clube se fundou – para ganhar o Marítimo é preciso lutar muito.

sexta-feira, abril 16, 2010

Taça Tahiti - Meias Finais - 2ª Mão

Meias Finais - 2ª Mão (Jornada 27)
MF 1 - Madeira Livre FC x Coral SC (agg. 4 - 26)
MF 2 - Estreitos Unidos x Redheart's Corner (agg. 30 - 32)

23ª Ronda - Classificação Liga dos Campeões

Apito Queimado venceu a ronda 23 na Liga dos Campeões. A equipa liderada pelo actual campeão tahitiano, Hélder Teixeira, apesar da má classificação geral, venceu pela primeira vez uma jornada na principal liga privada. Facto esse que merece todo o destaque, visto que assim elevou o nome da nossa Liga ao mais alto nível.

quinta-feira, abril 15, 2010

Taça Tahiti - Meias Finais - 1ª Mão

Meias Finais - 1ª Mão
Coral SC 26 x 4 Madeira Livre FC
Redheart's Corner 32 x 30 Estreitos Unidos

Após a 1ª mão das meias finais, tudo continua em aberto. Madeira Livre FC tem uma missão complicada para inverter o mau resultado, ainda assim, nada é impossível. No outro encontro, destaque para o resultado equilibrado entre as duas equipas. Tudo para decidir na jornada 27 da Liga Sagres.

Ronda 23 - Classificação - Jornada 26


Ganita FC ganha novo folego na fuga á ultima posição. A jornada foi disputada ao ponto, a diferença foi minima, Ganita FC venceu com 47 pontos. Numa jornada marcada pela opção de férias de alguns treinadores, destaque negativo para o facto de a alteração do clássico ter tido influencia directa na queda de Madeira Livre FC para o 4ºlugar. A luta na frente, exceptuando o 1º lugar, quase garantido, teve assim novas mexidas, Redheart's Corner alcança o segundo lugar levando no seu encalço Club Sport Monte. As pontuações equilibradas nao permitiram grandes alterações na classificação.

quarta-feira, abril 14, 2010

100 Verde Rubros Anos - Capítulo V, Parte 4


Consequências nefastas

Não ter reconhecido legitimidade à direcção associativa para organizar as provas oficiais e ter acreditado que a resolução federativa lhe seria favorável, foi um tremendo erro. Impunha-se o reconhecimento da necessidade das provas se realizarem dentro de determinados prazos. E o bom-senso de que não bastava ter razão – era de todo conveniente que a ela ficassem cativos aliados fortes. Incluindo antigos e actuais dirigentes, jogadores e sócios do clube, que reagem com perplexidade à situação para que o Marítimo é conduzido. As consequências viriam a ser (quase) catastróficas. Por ausência, perdem-se os títulos que em campo dificilmente escapariam. Libertam-se jogadores que só pela não comparência do clube aceitam envergar outra camisola. Os sócios criticam a situação. Desanimam. Em menos de um ano, todo o espólio do clube muda de casa por três vezes. E, como golpe final, o campo Almirante Reis é interdito pela Federação, por alegada falta de condições regulamentares. Os adversários põem a correr o boato que o Marítimo ‘fechou’...
Reconstrução

Todavia, tal qual acontecera nos princípios de 1914, vão surgir forças suficientes para evitar a derrocada total. Joaquim da Mota, João de Gouveia, António Nóbrega, Barnabé de Jesus, João da Silva Marques, outros antigos jogadores e até o ‘Francisquinho’, empregado do clube, deitam mãos à reconstrução. Contrariando os que tinham decretado o ‘fim’ do Marítimo. Esse processo vai iniciar-se com ‘um regresso às origens’ – a sede do Marítimo, agora mais modesta e paga com quotização semanal dos que não se deixaram vencer, fica localizada em parte do prédio situado na Rua D. Carlos, 17, onde permanecerá, com diversas adaptações, até à década de 90. Em 1934/35 dá-se o regresso dos verde-rubros ao futebol oficial. Os jogadores que tinham alinhado no ‘Automobilista’ voltam sem qualquer contrapartida, pois a sua inscrição por esse clube fora assim estabelecida previamente. Os que tinham passado pelo União são resgatados a peso de ouro, que força a contracção de um empréstimo para pagar as ‘cartas de desobriga’. Os que tinham vestido a camisola do Nacional ‘aguentam’ uma época sem jogar, para voltarem a ficar livres e regressarem ao seu clube. Os resultados que se vão seguir ainda não são os do ‘campeão’, mas são animadores...
Proeza inigualável
Deste esforço resultou uma façanha de que poucos se podem orgulhar: no final da época 1935/36, o Marítimo regista os seguintes resultados nas provas oficiais da Associação: campeão da Madeira nas categorias de Honra e das Reservas; vencedor da Taça ‘António Costa’ e do Torneio de Classificação ao campeonato de Portugal. Os ‘piores’ resultados são o segundo lugar no campeonato da Madeira da 2ª Categoria e a eliminação da Taça ‘Cândido Freitas’. Nesta época, o União traz o Benfica à Madeira. Os lisboetas ganham três jogos (5-1 ao União, 3-2 ao Nacional e 2-1 ao Marítimo) e perdem um – o último que realizam com o Marítimo (2-0). Em conjunto com os títulos oficiais, esta vitória selou o relançamento total do Marítimo. Não podiam ter sido melhores os festejos das Bodas de Prata. Por isso se lhe juntaram apenas uma exposição dos troféus, a edição de um opúsculo com relato da vida do clube e um jantar de confraternização.
Aumentando O Fosso

Já se sabe que a partir da época de 1939/40 a Madeira deixa de ter acesso ao campeonato de Portugal. As dificuldades de diversa ordem que se levantavam à participação de uma equipa insular na prova regular agora instituída a nível nacional é o precioso ‘argumento’ que faltava para deixar os ilhéus portugueses de fora. O ‘remendo’ foi a Taça de Portugal. O Marítimo encara a solução com desagrado e reserva. Todavia, impotente para definir uma outra solução, assume a luta pela participação possível com todas as suas energias. Sem esquecer, todavia, que o afastamento de um campeonato ‘nacional’ regular iria estrangular a ambição que sempre caracterizara a sua actividade, e permitir que adversários, até então do mesmo plano, tivessem, agora, meios de desenvolvimento que não eram proporcionados ao futebol madeirense. Para mais, o eclodir da II Grande Guerra vai levar a que esse direito de participação na Taça de Portugal venha a ser declarado suspenso pela Federação em 1941/42. O Marítimo vê a sua actividade confinada às provas regionais. Só em 1947/48, após sete anos de interrupção, é reatada a presença madeirense a nível nacional. Através do Marítimo, qualificado para a prova.

terça-feira, abril 13, 2010

Onze da Jornada 26

Wason Rentería é o Jogador da Jornada. O avançado bracarense marcou o segundo golo na vitória frente à União de Leiria, sendo assim decisivo na conquista dos três pontos por parte da equipa minhota. Assim, o SCBraga mantém pressão sobre o Benfica e a distância pontual para o terceiro classificado.

G - Berger (Leixões) - 7 Pontos
D - Fernando Cardozo (Leixões) - 6 Pontos
D - Rúben (Leixões) - 5 Pontos
D - Jean Sony (Leixões) - 5 Pontos
D - Antunes (Leixões) - 5 Pontos
M - Rafael Miranda (Marítimo) - 6 Pontos
M - Rui Miguel (V. Guimarães) - 6 Pontos
M - Fernando Alexandre (Leixões) - 5 Pontos
A - Rentería (SCBraga) - 11 Pontos
A - Zé Manuel (Leixões) - 7 Pontos
A - Farías (FCPorto) - 7 Pontos

Pontos Totais (sem capitão) - 70 Pontos
Pontos Totais (com Rentería a capitão) - 81 Pontos

domingo, abril 11, 2010

100 Verde Rubros Anos - Capítulo V, Parte 3


Confrontos animados

Apesar de derrotado na primeira eliminatória, as restantes presenças do Marítimo no campeonato de Portugal foram quase sempre animados confrontos com as formações continentais. Quanto à eliminatória insular, registe- se que o Marítimo dela saiu sempre vencedor. Um Vitória de Setúbal em crescendo afasta os verde-rubros em 1928/29 (0-3); um temível Porto impõe-se, após um nulo em Lisboa, por 3-2, na sua ‘casa’ (1931/32); em 1936/37, um Benfica forte só desfaz dúvidas na segunda mão (2-3 e 0-3); um Sporting ganhador vence por 3-1, mas sofre para evitar o jogo de desempate – o Marítimo vence a ‘segunda mão’ por 1-0. Em 1929/30 a presença na meia- -final só escapou ao clube por razões extraordinárias. O adversário foi o Belenenses. Ao empate a zeros da primeira mão, segue-se a vitória lisboeta por 2-1. Mas os árbitros de ambas as partidas prejudicaram o Marítimo de forma escandalosa. No primeiro jogos anulam-se-lhe dois golos limpos; no segundo, o avançado lisboeta Pepe garante a vitória com a mão.
Resistindo à crise
Voltemos ao futebol que se vai fazendo na Madeira. Fruto natural da evolução, os adversários locais estavam agora melhor preparados. Todos faziam do Marítimo, compreensiva e legitimamente, o ‘alvo desportivo’ a abater. E da parte do clube nem sempre houve capacidade para dar as melhores respostas às batalhas que se impunha travar. Assim se compreende que o clube sofra, na época que antecede as suas Bodas de Prata, uma profunda crise. As raízes dessa crise mergulham na polémica à volta da construção de um campo que substituísse o campo Almirante Reis. Essa era uma expectativa que animava a totalidade dos dirigentes dos clubes da Madeira. Apesar dessa vontade colectiva, o Nacional decide avançar isolado para essa construção. E não só vai conclui-la como conseguir torná-la ‘campo oficial’ de todos os jogos das provas regionais. Esta situação contrastava com a do campo Almirante Reis, que não era propriedade de nenhum clube e cuja utilização não tinha encargos adicionais. Ao contrário, o novo campo dos Barreiros é ‘alugado’ à Associação de Futebol para a realização de jogos oficiais a troco de contrapartidas que chegam a ser de 35% das receitas. A situação económica dos clubes agrava- -se, mercê dos encargos advindos da deslocação de jogadores e materiais para um local afastado do centro da cidade. Para já não se falar da diminuição do número de assistentes às partidas, com a consequente quebra de receitas.
Reacção compreensivel

É neste contexto de dificuldades e na comprovada inviabilidade da obra nacionalista, que Marítimo, União e Império se põem de acordo para a eleição de elementos para a direcção da Associação de Futebol que defendam a reabertura do campo Almirante Reis aos treinos dos clubes e a jogos oficiais. Pelo caminho os unionistas mudam de opinião e juntam-se ao Nacional. A 29 de Setembro de 1933 realizam-se as ditas eleições. Não se conseguem eleger três elementos, por empate de votos. Só em Novembro desse ano o problema será resolvido. A favor da aliança Nacional-União. Marítimo e Império questionam a legalidade da Assembleia que elege os dirigentes em falta, uma vez que essa eleição acontece na sua ausência, o que levantava a questão da existência de quorum. Os dois clubes, convencidos da sua razão, recorrem para a Federação, através de missiva que a direcção associativa em funções retém por tempo exagerado. Mais tarde, a Federação viria a declarar improcedente a petição de Marítimo e Império, e a recomendar a conciliação das partes em litígio.
Jogadores a saque

Entretanto, já tinha sido disputado um ‘campeonato da Madeira’, com a participação exclusiva de Nacional e União – sem a participação de Marítimo e Império. E com uma agravante: os jogadores dos dois clubes foram considerados livres e inscritos por outras colectividades. Havia ainda a possibilidade de participação nas restantes provas associativas? Marítimo e Império avaliam a disponibilidade de efectivos. Era possível organizar uma equipa verderubra. Mas do Império não. E por solidariedade, o Marítimo mantém-se de fora da competição oficial regional. As restantes provas oficiais fazem- -se com três clubes: a Nacional e União, junta-se o Automobilista, clube apressada e administrativamente promovido à divisão principal do futebol regional.

sábado, abril 10, 2010

sexta-feira, abril 09, 2010

Quero ser teu amigo...

Deixem-se de ilusões. No Facebook, quem tentar adicionar Alberto João Jardim como "amigo" come com a mensagem de lotação esgotada.

22ª Ronda - Classificação Liga dos Campeões

quinta-feira, abril 08, 2010

Taça Tahiti - Meias Finais - 1ª Mão

Meias Finais - 1ª Mão (Jornada 26)
MF 1 - Coral SC x Madeira Livre FC
MF 2 - Redheart's Corner x Estreitos Unidos

Ronda 22 - Classificação - Jornada 25


Estreitos Unidos alcançaram a fasquia dos milhares de pontos, comandam destacados com 1003 somados ao longo de 22 rondas, sendo sem dúvidas o acumulado mais forte de sempre da curta,mas gloriosa, história da Liga Tahiti. O principal destaque vai para CF Os Tinterra, a excelente pontuação obtida, 69 pontos, permitiu-lhe passar para a frente do pelotão do fundo, onde os Estafetas estão cada vez mais acomodados. Com uma pontuação na casa dos 60 pontos, Apito Queimado isolou-se no sétimo lugar, ganhando alguma vantagem para Jack Daniel's, eterno rival, e Carvalheiro FC. Tambem, Los mariachis.pt com uma pontuação bem alta, aproximou-se repentinamente do Clube Desportivo 48, que depois desta fraca jornada ficou com sérias dificuldades para enfrentar a luta pelos lugares cimeiros. Esta jornada foi propicia a muitos acontecimentos inesperados, Madeira Livre FC foi o pior da jornada e abriu novamente a luta pelo segundo lugar que parecia há muito encerrada, sendo Red Heart's Corners e Club Sport Monte verdadeiros candidatos para assumir a posição. A 5 jornadas do fim, matematicamente tudo é possivel, não vá haver algum bonitinho como o Djálo a fazer das suas diabruras.

quarta-feira, abril 07, 2010

Atenção!

VS

O jogo entre Benfica e Sporting, a contar para a jornada 26 da Liga Sagres, foi marcado para Terça-Feira(13 de Abril, 20h45). Assim sendo, este jogo não conta para a Liga Record, todos os jogadores de ambas as equipas obterão zero pontos.

100 Verde Rubros Anos - Capítulo V, Parte 2


Participações honrosas

Torna-se cada vez mais claro que, em relação ao que tinha acontecido até à conquista do título de campeão de Portugal, o Marítimo enfrenta dificuldades acrescidas para impor o seu futebol a nível nacional. Fruto da falta de contactos e oportunidades que os principais clubes continentais como das vicissitudes por que passa o futebol madeirense, o ‘Campeão das Ilhas’ está mais vulnerável. E é obrigado a jogar sempre fora de ‘casa’. Mas mantém a tradição de ‘lutar até ao fim’ e consegue participações honrosas, patentes na presença em três meias finais da prova.
Primeira Meia-Final
Na época de 1930-31 o Marítimo elimina o União Operária. É preciso ir a Santarém vencê-lo por 1-0 e voltar a derrotá-lo (6-2), em Lisboa. Segue-se o Porto. Os madeirenses são afastados da final por duas derrotas tangenciais (1-2, em Lisboa; 2-3, no Porto). No rescaldo da primeira partida, Ribeiro dos Reis escreve n´ ‘Os Sports’:
"O resultado foi injusto porque raras vezes o F.C. Porto terá feito uma exibição tão deficiente perante o público da capital, e depois porque o 1º goal de Acácio Mesquita, o que estabeleceu o empate, foi manifestamente irregular, resultando de um off-side claríssimo daquele jogador (...)."
O jornalista do ‘República’ que presenciou a partida é ainda mais contundente na apreciação:
"O resultado que ao fim dos noventa minutos se verificou foi absolutamente injusto para o Marítimo, porque os funchalenses foram superiores, porque dominaram, e ainda porque a primeira bola que sofreram foi adquirida à margem das leis do jogo."
A equipa desta participação, de transição entre a renovação e aqueles que tinham sido campeões de Portugal, era assim constituída:

Sporting afasta Marítimo

Em 1935/36 repete-se a proeza de alcançar as meias-finais. Ultrapassada a barreira açoriana (5-2 ao Sporting da Horta, na ilha do Faial), segue-se o Boavista, nos quartos-de-final. As duas vitórias (6-3 em Lisboa e 3-0 no Porto) abrem boas perspectivas para a fase seguinte da prova. Todavia, o ânimo advindo desses bons resultados não serão suficientes para vencer o Sporting, na meia-final (2-4 e 2-5). Enfrentar um adversário poderoso, que joga sempre no seu ambiente, não é tarefa fácil … A equipa desta segunda presença nas meias-finais do Campeonato de Portugal era uma formação renovada, constituída após a crise de 1934, à qual deve ser reconhecido o mérito de relançar as representações do futebol verde-rubro num plano elevado. Como se pode ver pela formação da equipa, já não resta nenhum dos jogadores que, dez anos antes, tinham alcançado o título máximo:
Antes do despedimento
1937/38 conhece a última presença do Marítimo no campeonato de Portugal. Vencido o ‘Angústias’ (2-1), de novo na ilha do Faial, elimina-se o Barreirense em três jogos (1-1 no Barreiro, 2-2 em Lisboa e 3-0 no desempate, de novo na capital). Nas meias-finais o Sporting impõe duas derrotas pesadas (1-4 e 0-6). O Marítimo – a Madeira – virá a ser afastado ‘administrativamente’ da participação no campeonato de Portugal sem que tenha conseguido impor-se perante este adversário que várias vezes lhe calhou em sorte .